Um estudante negro e com problemas mentais foi alvo
de constrangimento na escola e não quer mais ir às aulas
Moradores de Capoeiras, no Agreste, a 206
quilômetros do Recife, cobram das autoridades uma resposta a um caso de
bullying na cidade.
Um grupo de
estudantes da Escola de Referência em Ensino Médio (Erem) Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro constrangeu um colega e recebeu repúdio após o ataque.
O momento,
registrado em vídeos, foi disseminado na internet e incentivou outros alunos a
irem às ruas. entretanto, não eram conhecidas ações efetivas para
responsabilizar os autores do constrangimento, e circulavam informações de que
a vítima, um garoto negro e com problemas mentais, não quer mais ir às aulas.
Nas imagens
divulgadas na internet, o adolescente vítima de bullying aparece em meio a
colegas e depois se encosta numa parede sob uma intensa gritaria. foram
divulgadas informações atribuídas a um irmão do estudante que sofreu bullying,
de que ele estaria “desmotivado e triste”.
Em nota oficial, a
Erem Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Capoeiras confirmou que um dos adolescentes
da instituição "foi vitima de
atitude constrangedora praticada por colegas e cujo vídeo está circulando nas
redes sociais". Ainda segundo a nota, o caso ocorreu no momento do almoço,
quando os professores não estavam em sala de aula e os demais funcionários
organizavam a entrada de alunos no refeitório.
"Reafirmamos o compromisso da instituição com
a formação integral do estudante e que nenhum funcionário da escola nunca foi e
nem está sendo omisso tampouco conivente com qualquer atitude discriminatória
contra alunos”, ressalta a nota, acrescentando que o colégio “está tomando
todas medidas necessárias junto à família do aluno, aos órgãos competentes de
proteção ao menor, gerência, Secretaria (Estadual) de Educação e alunos
envolvidos”.
Também em nota, o Conselho Tutelar de Capoeiras
informou que “foram tomadas as medidas cabíveis, e os encaminhamentos
necessários”, reforçando que “bullying é crime e está sujeito a punição
prescrita em lei”. Até o fechamento desta edição a Polícia Civil de Pernambuco
(PCPE) não tinha registro de ocorrência relacionada ao caso de bullying em
Capoeiras.
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