Com sua fundação nos Estados Unidos, ela desenvolveu um jogo interativo que estimula a compreensão e desenvolvimento da linguagem, um dos maiores desafios para aqueles que convivem com os autistas
Familiares e educadores que lidam com autistas recebem uma boa notícia. Eles agora podem contar com um pequeno ajudante na estimulação da linguagem e alfabetização das crianças portadoras do transtorno do espectro autista (TEA), o Brainy Mouse (Rato Inteligente ou Rato Atrevido).
Trata-se de um aplicativo para celulares
e tablets(disponível
para android e iOS), em formato de
jogo, que de forma lúdica auxilia os pequenos neste processo de aprendizagem.
A brasileira Ana Sarrizo, presidente da Brainy
Mouse Foundation, criou o aplicativo após 4 anos de pesquisa. Os
resultados em grupos testes com crianças de Belo Horizonte e São Paulo têm sido
muito satisfatórios. No mês passado, foi lançada uma versão em inglês e, agora,
disponibilizam a versão em português.
O objetivo do jogo é trabalhar o
desenvolvimento da linguagem porque
este é justamente um dos maiores desafios para a educação dos autistas, no
mundo inteiro. O jeito como pensam, assimilam e compreendem o mundo a sua volta
é peculiar de tal forma que muitas vezes nem mesmo os familiares ou os
educadores estão preparados para lidar.
“Imagine
as dificuldades que já enfrenta um adulto autista, em um mundo que não está
preparado para lidar com suas diferenças. Agora imagine um adulto autista e que
ainda por cima não sabe ler e escrever”, explica a criadora do aplicativo Ana
Sarrizo.
Estima-se
que 3 milhões de brasileiros são autistas. Este dado é um reflexo do estudo
divulgado pelo Center
of Control and Prevetion, órgão ligado ao governo dos Estados
Unidos, que aponta a incidência de 1 a cada 68 crianças. Além dos desafios da
doença, o maior entrave ainda é o preconceito. Vem dar uma olhada na interface
do jogo e se encante:
Como funciona
O game
trabalha a leitura da esquerda para direita, formação de palavras usando
sílabas, interação com cores, sons e outros “dispositivos cognitivos”, que
ajudam o usuário a trabalhar seu desenvolvimento de forma lúdica.
De forma bem
interativa, a criança pode customizar seu ratinho, além de ser desafiada a
conseguir “cheesecoin”, uma
espécie de moeda virtual.
Uma das principais apostas do game é o
dispositivo chamado “Rato Amigo”, que tem como objetivo trabalhar, de forma
inconsciente, a atitude de pedir ajuda ao próximo, e assim estimular essa ação
no dia a dia.
Como tudo começou
Em 2013, a pesquisadora Ana Sarrizo pensava
apenas em contribuir com os portadores de TEA de Belo Horizonte, sua cidade
natal. O resultado do projeto foi tão bem sucedido que um professor de Ana a
aconselhou inscrever no prêmio Santander, do qual foi vencedor entre 17mil
propostas voltadas para a educação.
Com a premiação de R$ 100 mil e uma bolsa no
curso de empreendedorismo da Babson
College, uma das mais importantes do mundo, decidiu criar a Brainy Mouse Foudation,
nos Estados Unidos, ficando mais próxima das mais importantes pesquisas sobre
autismo.
O objetivo
da Fundação é ajudar instituições do mundo inteiro, familiares e educadores,
que já trabalham com crianças e adultos com TEA, produzindo games e ferramentas
que vão auxiliá-los no seu progresso dia a dia.
Retirado do link :
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