segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Menina de 10 anos morre após ser espancada na porta da escola


O pai de Gabrielly Ximenes, a menina de 10 anos que morreu
após ser espancada por três adolescentes na saída da escola em Campo Grande (MS), disse que a discussão entre elas começou  dentro do local. A menina contou para o pai que a briga começou após uma das colegas xingar sua mãe de “prostituta”. Gabrielly morreu sete dias após as agressões, por complicações de uma cirurgia realizada na Santa Casa.

A Polícia Civil apura o caso, registrado como morte a esclarecer.
 A diretora da escola publicou em uma rede social que a instituição
 estava “de luto”, porém, ninguém se manifestou sobre o caso.
A Secretaria de Estado de Educação (SED) disse em nota que
está acompanhando as investigações, mas, como o fato ocorreu
 fora do ambiente escolar, “buscam dar suporte para a gestão
escolar o andamento dos trabalhos”.Carlos Roberto contou à
 polícia que a filha foi agredida logo após sair da aula, por volta
das 17h (de MS), a cerca de 100 metros
 da Escola Estadual Lino Villachá, onde estudava no 4º ano do
ensino fundamental. Gabrielly chegou a citar o nome de uma das
agressoras para o pai.
Ainda segundo o G1, o pai foi buscar a menina e a encontrou no
chão, sendo socorrida por comerciantes. Ele conta que a
filha disse que as meninas usaram uma mochila com um
“objeto pontudo” para atingi-la.

“Minha filha estava deitada no chão, chorando de dor, embaixo
de chuva, e falou para mim o que aconteceu, mas ela não sabia o
 que tinha dentro da mochila”, conta.
Segundo o delegado José Roberto de Oliveira Júnior, as primeiras
informações dão conta de que uma colega de sala da vítima, que
teria 9 anos, e duas adolescentes de 14 anos seriam as responsáveis
 pela agressão. Diligências estão sendo feitas para identificar as
agressoras.

O pai da garota conta que o socorro demorou em torno de uma hora
e meia. Ele acredita que houve negligência médica. “Ela tomou
aquela chuva deitada no chão. Foi levada para Santa Casa
ficando 1 dia la . Depois eles disseram que ela
não tinha mais nada, e a liberaram. Não passaram nenhum
remédio para minha filha”, relembra.
Após a agressão, a menina foi levada pelo Serviço de Atendimento
 Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa e, conforme
 o boletim de ocorrência, ficou em observação por um dia com dores
 na coluna e no quadril. Segundo a assessoria da Santa Casa,
 Gabrielly reclamava de dores de cabeça e passou por exames,
 que não apontaram alteração. Por isso, ela foi liberada após ter
sido medicada.

De acordo com Carlos, , a filha voltou da escola e disse que
estava sentindo muita dor na perna e que não estava conseguindo
 andar. Ele conta que a levou para a UPA do bairro Coronel Antonino
e, após um raio-x, a médica disse que a menina “não tinha nada”,
mas encaminhou-a para o Centro de Especialidades Médicas
da capital: “Lá, um ortopedista disse que aparecia um ‘risco preto’
no raio-x, e que aquilo não estava certo, então fomos para a
Santa Casa”, conta o pai.

“Quando chegamos no hospital, o estado dela já era grave, e já
 foi internada às pressas. A menina gritava e chorava de dor.
Eles [médicos] disseram que deveriam fazer uma cirurgia para
 tirar uma secreção da perna dela, que atingiu os pulmões.
 Ela teve 7 paradas, e ela não aguentou”, lamenta.

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