segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Violência psicológica é a forma mais subjetiva de agressão contra a mulher;



  Diferente do que se imagina, não é preciso ser agredida
 fisicamente para estar em uma relação violenta. Algumas
palavras e atitudes podem ferir a autoestima de uma mulher tanto quanto. E isso tem nome: violência psicológica. Esta é a forma mais subjetiva e, por isso,difícil de identificar

                               
Para romper esse silêncio, desde 1981 o movimento feminista

comemora em 25 de novembro, o Dia Internacional da Não Violência
 contra a Mulher.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde)
divulgados na última semana, uma em cada três mulheres é vítima
de violência no mundo. E esta violência, de tão latente, chega a ser
classificada entre: física, sexual, moral e psicológica.

Por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, a violência
psicológica, na maioria dos casos, é negligenciada até por quem
sofre – por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelo
ciúmes, controle, humilhações, ironias e ofensas.

Segundo definição da OMS ela é entendida como:

Qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição
da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
 desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento,
 vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
 ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e
 à autodeterminação.

“Em uma briga de casal, o agressor normalmente usa essa tática
para fazer com que a parceira se sinta acuada e insegura, sem
 chance de reagir. Não existe respeito”, explica Maria Luiza
Bustamante, chefe do Departamento de Psicologia Clínica da

Universidade Estadual do Rio de Janeiro ao GNT.
Esse tipo de violência normalmente precede a agressão física que,
uma vez praticada e tolerada, pode se tornar constante. Na maioria
das vezes, o receio de assumir que o casamento ou o namoro
não está funcionando ainda é um motivo que leva mulheres a se
submeter à violência – entre todos os tipos e não apenas a
psicológica.

Como identificar?

Dificilmente a vítima procura ajuda externa nos casos de violência
 psicológica. A mulher tende a aceitar e justificar as atitudes do
 agressor, protelando a exposição de suas angústias até que uma
situação de violência física, muitas vezes grave, ocorra.

A violência psicológica acontece quando ele…
#1. Quer determinar o jeito como ela se veste, pensa, come ou
 se expressa.

#2. Critica qualquer coisa que ela faça; tudo passa a ser ruim ou
errado.

#3. Desqualifica as relações afetivas dela: ou seja, amigos
ou família “não prestam”.

#4. A xinga de “vadia”, “imprestável”, “retardada”, “
vagabunda”…

#5. A expõe a situações humilhantes em público.

#6. Critica o corpo dela de forma ofensiva, e considera como uma
 “brincadeira”.
…entre outras formas de violência que são subjetivas e que,
muitas vezes, passam despercebidas no dia a dia.


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