LILLY-JO PASSOU SEU
10º ANIVERSÁRIO NO HOSPITAL
EM RECUPERAÇÃOA britânica Jess Brown, de 27 anos, levou a filha Lilly-Jo ao hospital Worcestershire Royal, na Inglaterra,
depois da menina se recusar a comer e tomar comprimidos,
em uma tentativa de
suicídio, na noite de seu aniversário de 10 anos.
“Minha filha está lutando por sua vida por causa do
bullying”,
contou a mãe em entrevista ao Worcester News
A menina começou a estudar em uma escola nova
e depois de algumas semanas, sua mãe percebeu que ela estava
agindo de uma forma estranha.
Jess revelou que a filha sofreu
bullying de outra aluna da
escola.
“Eu percebi que Lilly não estava bem na segunda,
pois não comia e
parecia muito cansada. Foi quando ela admitiu
que tomou algumas
pílulas e eu a levei correndo para o hospital.
Pensei que minha
filha fosse morrer”, contou Jess
A mãe ainda fez um desabafo sobre o
descaso da escola com o
problema da filha. “Eu disse à escola que ela
estava sendo
intimidada, mas eles não fizeram nada para
ajudar. Ela está
com medo de voltar
para lá”.
Em um vídeo de oito minutos, gravado antes da tentativa de
suicídio,
Lilly compartilhou
todo seu sofrimento:
“Tem uma criança na
escola que está me provocando desde que
eu entrei
lá. Ela puxou meu cabelo, me empurrou, me deu um
tapa e fechou a porta
do armário na minha cabeça.
Eu chorei e ela saiu rindo
”, desabafou. Segundo
a mãe, a menina ficou triste e muito
decepcionada pela
posição da escola de não levar o bullying
a sério, mesmo após
várias tentativas de contar aos seus
professores.
“Ela ficou me encarando nos vestiários e me chamando de gorda,
estou com muito medo.
Toda vez que eu tento contar para a
escola, elas não me escutam. Ela me avisou que,
se eu não
mudar de escola,vai continuar me provocando
até eu ficar
com raiva.Eu não
quero me matar”, desabafou a menina.
Em uma tentativa de alertar outros pais sobre os perigos do bullying,
Jess postou fotos da filha no
hospital em seu perfil no Facebook.
“Você nunca espera ver sua própria filha em seu décimo aniversário
no hospital depois de
uma tentativa de suicídio.
É de partir o coração”, desabafou a mãe.
No dia seguinte à overdose de Lilly, a mãe foi até os pais
da menina
que praticou bullying com sua filha e mostrou as
fotos que havia
tirado no hospital. “Eu queria mostrar para eles
o impacto das
palavras de sua filha, mas eles apenas riram de
mim e me xingaram”.
“Nós não vamos mandá-la de volta para a escola, não vale a pena o
risco. O médico disse que se
tivéssemos deixado a Lilly lá por mais
duas semanas, ela estaria morta. E eu não vou enterrar minha
filha”,
concluiu Jess.
Saiba como identificar se se filho está sofrendo bullying
Bullying e depressão parecem
ser coisas só de adolescente, mas,
segundo Livia
Marques, psicóloga e mãe da Maria e do Miguel,
acontece na infância também, principalmente
entre crianças de
5 a 7 anos.
“É quando começam a desenvolver
discernimento, conviver com
colegas e a colocarem para fora o que pensam.”
Já Luciana Brites, psicopedagoga, uma das fundadoras do Instituto
NeuroSaber e mãe de Helô, Gustavo
e Maurício, explica que entre 1
e 7 anos, a criança está em um processo que chamam
de egocentrismo então “a capacidade de empatia é muito restrita”.
Por isso, costumam
maltratar o amigo, não ter paciência,
brigar, mas não por
maldade, mas não chega a denominar isto
como bullying.
Mas como perceber e saber diferenciar? Através de mudanças no
comportamento do seu
filho, se ele gostava de brincar e agora
fica quieto, ou fica
muito agitado, não come, não dorme,
não quer mais se relacionar com os amigos, ir
à escola,
fica agressivo… Luciana explica que “tudo isso
pode ser
sintoma que precisa
ser levado em consideração”.
E o seu papel é, antes de tudo, conversar e ouvir o que seu filho tem
a dizer. E se detectar que é preciso interferir, marcar reunião na
escola, entender o que está acontecendo, questionar para que o
problema não cresça e nem atinja
outras crianças. Dependendo do
caso, trabalhar em conjunto com a
escola e com um terapeuta,
“para as crianças viverem com
mais tranquilidade e que saibam
respeitar um ao outro”, completa
Livia.
Não é comum, mas
crianças menores podem pensar em suicídio,
sim. Livia comenta
que “hoje em dia é muito fácil ter acesso
a muitas informações
muito rápido, então sabem o que é suicídio”. Não se discute muito
sobre os casos até porque, segundo Luciana, muitos são notificados como
acidentes ao invés de suicídio,
“existe todo um cuidado na notificação de suicídio”.
Retirado do link :
https://paisefilhos.uol.com.br/crianca/eu-nao-quero-enterrar-minha-filha-diz-mae-de-menina-de-10-anos-que-tentou-suicidio-por-bullying/
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