segunda-feira, 13 de maio de 2019

Conheça o KiVa, o método finlandês para acabar com o bullying


 Todos sabem que as escolas finlandesas são um ótimo exemplo a ser seguido em muitos sentidos, pois se preocupam acima de tudo com a educação dos pequenos

                   
Dessa preocupação vem o KiVa, um método usado nas instituições de ensino daquele país para acabar com o bullying.

 Esta iniciativa educacional é de vital importância, pois, de acordo
com alguns estudos, 1 em cada 3 adolescentes sofre ou sofreu
 “bullying”. No final, você encontrará um bônus sobre o assédio
que será útil paratodos os pais.

O método KiVa consiste num programa anti-bullying criado pelo
 Ministério da Educação da Finlândia. KiVa é o diminutivo de
 “Kiusaamista Vastaan”, que em finlandês significa “Contra o 
bullying”. Ele nasceu em 2007 e já naquele mesmo ano reduziu o 
assédio em 40%. Atualmente, 90% das escolas finlandesas já o
 implementaram e conseguiram eliminar os casos de bullying das
salas de aula.

O KiVa procura conscientizar os alunos sobre o perigo do assédio,
tornando-os defensores daqueles que estão sendo perseguidos.
As crianças deixam de ser testemunhas passivas e sabem que,
se todas elas enfrentarem o assediador (em vez de fazerem parte
do jogo), ele não irá incomodar nenhum outro colega.

O programa baseia-se na intervenção e prevenção e o faz da
 seguinte maneira:

Usando um correio virtual. Nele, casos de assédio podem ser
 denunciados anonimamente.

Tendo um professor em quem se pode confiar, já que as crianças
 precisam de um adulto na escola que as ouça, compreenda e 
cuide delas. Na hora do recreio, os professores monitoram
seu comportamento.

Apoiando a vítima e sensibilizando as testemunhas. Haverá três
professores especialistas neste método que serão responsáveis
 ​​por tranquilizar a vítima e dialogar com o assediador até
 Resolver o problema.
Trabalhando as emoções e os valores. As crianças estudam
 como identificar o que seus colegas sentem por meio da
 linguagem não-verbal e trabalham com a empatia, o respeito
 e os sentimentos dos outros.

Os alunos que participam deste método recebem cerca de 
vinte aulas aos 7, 10 e 13 anos. Desta forma, os especialistas
 podem identificar diferentes tipos de assédio, dependendo da idade,
e trabalhar para acabar com isso.

Devido ao seu sucesso, este método foi exportado
 (e continua sendo) para outros países. Em 2015, a primeira fase
 de implementação do programa anti-bullying KiVa foi aceita na
 Argentina, Colômbia, Espanha, México e Chile. Naquela época,
o conteúdo estava disponível apenas em inglês, então começou a 
ser usado em escolas bilíngues. Outros países como Holanda,
Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Itália, Luxemburgo, Estónia, Suécia,
Nova Zelândia e Hungria também começaram a utilizar este método
em algumas das suas escolas.

Esta é a lista de algumas escolaslatino-americanas e espanholas
 que implementaram o método:
México: Mexicali Orbis International School, Instituto Pedro
Castillo, Colégio Ovidio Decroly, Colégio Erik Erikson, Colégio
 Finlandês, ColégioLa Paz.

Argentina: Colégio Inglês Bilíngue de San Juan, Escola Santa
 Rosa de Tucumán, Colégio Belgrano, Colégio Santa Maria,
 ColégioNoordwijk Montessori.
Colômbia: The English School.
Chile: Colégio José Artigas, LiceuAmanda Labarca, 
Liceu Alto del Carmen, Escola José Miguel Carrera,
Saint George’s College.
Espanha: Colégio Calasancias de Sevilla, CEIP Guernica, 
CentroLiceu La Paz, Escola Finlandesa de Fuengirola, 
Colégio Escandinavo de Madri, Colégio Britânico de Zaragoza.

Se seu filho disser que está sendo intimidado, é recomendável
seguir algumas diretrizes para ajudá-lo:

Mostre-lhe que ele pode confiar cegamente em você.
 Essa é a melhor maneira de criar um clima de diálogo e 
compreensão.

Explique que ele não tem culpa, que o culpado é o assediador e
 que, aconteça o que acontecer, você estará ao lado dele.
Incentive sua autoestima

Informe os professores dele sobre o problema. Eles devem
estar cientes do que está acontecendo em suas salas de aula e
 resolver o problema.

Além do seu apoio, às vezes também é recomendado que seu
 filho receba ajuda psicológica. Isso o ajudará a lidar com a 
situação e a enfrentá-la.

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