Se eu disser que fui diagnosticada com
câncer no fígado,
por exemplo, todos se compadecerão de
mim. Muitos
se colocarão à minha disposição para
fazerem algo por mim
para que eu me sinta melhor. Mas se eu
disser que fui
diagnosticada com Depressão Recorrente
Grave, a maioria dirá
que é frescura, falta de Deus, falta de
ocupação, que é fraqueza
de espírito… que preciso sair dessa e
enfrentar a vida com
coragemO que as pessoas ignoram, é que a saúde mental é tão carente de
cuidados quanto é a saúde do
corpo. Nosso cérebro, nossa mente e
nossas emoções adoecem sim, e uma vez diagnosticado um
transtorno mental é preciso
urgentemente da ajuda de um profissional
na busca da cura, pois a
depressão grave é um risco iminente de
suicídio.
No Brasil, cerca de 11 milhões de pessoas foram diagnósticas com
depressão, quase 6% da população.
É o número 1 com maior
prevalência da doença na América Latina, o 2 nas Américas, ficando
atrás apenas dos estados unidos.
Além da dor psíquica debilitante causada pela depressão, a
doença ainda aumenta o risco de desenvolver vícios, comportamentos
suicidas, diabetes e doenças
cardíacas. A saúde mental precisa
urgentemente ser reconhecida como
umas das prioridades nas
políticas públicas. Em muitos países, programas de prevenção do
suicídio passaram a fazer parte
das políticas de saúde pública.
Na Inglaterra, o número de mortes
por suicídio está caindo em
consequência um amplo programa de tratamento de depressão.
Reduzir o suicídio é um desafio coletivo que precisa ser colocado
em debate. A indiferença, a
omissão, o silêncio, não podem ser
nossas respostas. Fazer nada é a pior decisão que podemos tomar
sobre qualquer assunto.
Como saber se estou com depressão?A depressão é na realidade
Como saber se estou com depressão?A depressão é na realidade
uma ampla família de doenças, por isso denominada Síndrome.
Há uma série de evidências que mostram alterações químicas
no cérebro do indivíduo
deprimido, principalmente com relação aos
neurotransmissores.
Sendo assim, depressão é a Sindrome
Amotivacional: uma falta de sentido para tudo. Mas é preciso
diferenciar tristeza passageira
de depressão. É muito comum dizer
que alguém está meio “deprê” e por isso não quer sair de casa:
fulano anda depressivo depois que terminou o namoro…
Entretanto, a depressão é um transtorno mental grave com risco
iminente de suicídio, e precisa
ser visto como um problema de saúde
pública.
Dentre sintomas recorrente da
depressão, e enfatizo “recorrente”,
estão:ou a pessoa tem insônia ou dorme demais;
a pessoa não tem apetite nem mesmo para as coisas que mais
a pessoa não tem apetite nem mesmo para as coisas que mais
gosta de comer: se ama mouse de limão,
nem mesmo mouse de
limão vai lhe motivar a comer;
a pessoa vivencia em si um sofrimento intenso do qual ela não
sabe a origem;
ela sente uma espécie de angustia, uma sensação de que o
ela sente uma espécie de angustia, uma sensação de que o
coração está sendo esmagado ou está inflado
constantemente;
ela tem vontade de chorar a qualquer momento, como se coisa
alguma fizesse sentido para ela, não
nunca está mental e
emocionalmente onde o seu corpo está;
ela experiencia um desânimo inexplicável, o corpo não, a mente,
o coração são todos cansaço, por mais estimulo
que a pessoa
receba, ela permanece apática mesmo
tentando não ser e é
por isso também que a pessoa tem falta de
vontade de fazer
atividades recreativas;
a pessoa começa a sentir confortável somente quando se isola
a pessoa começa a sentir confortável somente quando se isola
de tudo e de todos, e é nesse estágio
que ela tende a se cortar
ou se queimar. Em seu íntimo precisa – naquele
instante –
um alívio em sua dor psíquica e para
isso, opta pela
automutilação.
Fatores que podem aumentar as chances de desenvolver a
depressão:Abuso: Sofrer abuso físico, sexual ou emocional pode
aumentar a vulnerabilidade psicológica, agravando as chances de
desenvolver a depressão
Medicações específicas: Alguns elementos químicos, como a
Medicações específicas: Alguns elementos químicos, como a
Isotretinoína (usada para tratar
a acne), o antiviral interferon alfa,
e o uso de corticoides, podem
aumentar o risco de desenvolver
depressão.
Conflitos: A depressão em alguém que já tem predisposição genética
para a doença, pode ser resultado de conflitos pessoais ou disputas
com membros da família e amigos.
Morte ou perda: A tristeza ou luto proveniente da morte ou perda de
uma pessoa amada, por mais que
natural, pode aumentar os riscos
de desenvolver depressão.
Genética: Um histórico familiar de depressão pode aumentar as
chances de desenvolver a doença.
É de conhecimento científico
que a depressão é complexa, o que significa que podem haver
diversos genes que exercem pequenos efeitos para o surgimento
da doença, ao invés de um único gene que contribui para o quadro
clínico.
Eventos grandiosos: Eventos negativos como ficar desempregado,
divorciar-se ou se aposentar
podem ser prejudiciais. Porém, até
mesmo eventos positivos como
começar um novo emprego, formar-se ou se casar podem ocasionar a depressão.
Entretanto, é importante reiterar que a depressão não é apenas
uma simples resposta frente à momentos estressantes do cotidiano.
Outros problemas pessoais: Problemas como o isolamento,
causado por doenças mentais, ou
por ser expulso da família e de
grupos sociais, também podem contribuir para o surgimento da
depressão.
Doenças graves: Às vezes, a depressão pode coexistir com uma
grande doença, como por exemplo,
o câncer. Ou então, pode
ser estimulada pelo surgimento de
um problema de saúde
Abuso de substâncias: Aproximadamente 30% das pessoas com
Abuso de substâncias: Aproximadamente 30% das pessoas com
vícios em substâncias apresentam depressão clínica ou profunda.
O que fazer?Depois que você observou que esses sintomas são
uma constante em sua vida, você precisa de ajuda. Você até pode
sair de uma depressão sozinho, mas isso depende muito de seu
nível de força mental. Sozinho você pode correr, nadar, dançar,
pintar, escrever, cantar, tocar um instrumento, lutar, fazer musculação,
Yoga, meditação… tudo isso pode
fazer o seu cérebro produzir
oxitocina, serotonina, adrenalina… hormônios fundamentais para
que se sinta feliz, energizado e cheio de amor para ofertar.
Mas se você não conseguir fazer nada disso, não conseguir se mover
sozinho em direção a sua
autocura, não se isole na dor, busque
ajuda.
Procure um profissional da psicologia ou psiquiatria. Eles farão o
Procure um profissional da psicologia ou psiquiatria. Eles farão o
diagnóstico corretamente e
apontarão os caminhos a seguir.
Mas tenha em si mesmo que a opção medicamentosa seja a
última das suas opções. Somente
recorra a ela quando todas as
outras tiverem falhado. Uma observação importante é que somente
um psiquiatra pode prescrever antidepressivos.
Atualmente tornou-se muito comum,
os clínicos gerais, os
neurologistas, os endócrinos e etc, passarem “calmantes”
para seus pacientes. Isso é errado. Repito, a depressão é um
transtorno mental grave que deve
ser tratado por um profissional
que passou anos estudando para isso. Somente ele poderá
diagnosticar corretamente e dizer se você precisa de medicamentos
ou não. Não vamos enriquecer a indústria farmacêutica tomando
antidepressivos que causam dependência só porque o neurologista
disse que precisamos dormir
melhor para amenizar a dor.
Se ame acima de tudo. Ouça a voz interior que clama por socorro
e aceite ser ajudado. É lindo o despertar para cura, para o desejo
de ser curado. Abrace a sua dor
psíquica, cuide dela, leve-a
para ser amparada, cuidada, sarada. A culpa por estar doente das
emoções não é sua.
Você não
merece esse “câncer” em sua alma.
Você merece compreender que o seu
cérebro passa por
transformações terríveis ao longo da vida e você não pode controlar
isso. O que você pode fazer, repito, é abraçar a sua dor e cuidar
dela até que você consiga viver sem a constante presença dela.
Até que a ausência dela lhe seja
libertador.
Em suma, lembre-se do que nos ensinou Carl Jung, “o sofrimento
precisa ser superado, e o único
meio de superá-lo é suportando-o”.
Retirado do Link:https://www.sabervivermais.com/a-depressao-e-um-cancer-na-alma-mas-ninguem-se-compadece/
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