segunda-feira, 27 de maio de 2019

Ele criou luvas que convertem a linguagem de sinais em áudio



  Agora todos nós podemos entender

                    

     "Tentei imaginar como seria a vida da minha sobrinha se
tivesse as mesmas oportunidades que todos os outros na educação,
no emprego, em todos os aspectos da vida", disse Roy Allela,
proprietário das luvas da Sign-IO.

A sobrinha de seis anos de Roy Allela nasceu surda. Era difíci
se comunicar com sua família, ninguém sabia linguagem de sinais.
Então, Roy, de 25 anos, que trabalha para professores da Intel e
 da ciência da informação na Universidade de Oxford, inventou
 luvas inteligentes que transformam os movimentos da linguagem de
 sinais em áudio.

As luvas, chamadas Sign-IO, possuem sensores flexíveis costurados
 em cada dedo. Os sensores quantificam a curva dos dedos e
processam os sinais. As luvas são conectadas via Bluetooth a um
 aplicativo de celular que a Allela também desenvolveu, que então
 vocaliza as letras.

“Minha sobrinha usa as luvas, ela as usa com o telefone ou o meu,
e eu entendo o que ela está dizendo”, diz Roy Allela ao The Guardian.

O jovem testou as luvas em uma escola de necessidades especiais no
 condado rural de Migori, no sudoeste do Quênia, onde os estudantes
 reconheceram um dos aspectos mais úteis e importantes da iniciativa:
 a velocidade com que ela funciona.

“As pessoas falam em velocidades diferentes e é o mesmo que as
 pessoas que usam a linguagem de sinais: algumas são muito rápidas,
 outras são lentas, por isso integramos na aplicação móvel para que
seja confortável para qualquer um que a utilize”, assegurou Roy.

Os usuários também podem configurar a linguagem, o gênero e o
 tom da vocalização por meio do aplicativo, com resultados precisos
que chegam a 93%, diz Allela.

As luvas possuem estilos diferentes, tem de Princesa ou
Homem-Aranha. “Combate o estigma associado a ser surdo e ter um
 problema de fala. Se as luvas parecerem boas, todas as crianças vão
 querer saber por que as vestem”, disse Roy.

Agora, Roy está tentando colocar dois pares de luvas em cada escola
 de necessidades especiais no Quênia, e acredita que elas poderiam
ser usados ​​para ajudar as 34 milhões de crianças em todo o mundo
que sofrem uma perda de audição.

Retirado do link:
https://www.asomadetodosafetos.com/2019/02/ele-criou-luvas-que-convertem-a-linguagem-de-sinais-em-audio-agora-todos-nos-podemos-entender.html

Aplicativo desenvolvido na USP ajuda a treinar fala de crianças com DownSoftware reconhece sons e imagens produzidos durante os exercícios e fornece relatórios para ajudar pais, profissionais e pacientes


  Aplicativo saído dos laboratórios do Departamento de
Computação e Matemática, da Faculdade de Filosofia, Ciências
e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, treina fala de
pessoas com síndrome de Down

                    
Trata-se do SofiaFala, sistema inteligente, interativo e gratuito que
roda em celulares e tablets com Android (por enquanto) e aproxima
 pais, fonoaudiólogos e pacientes por meio de aprendizado de
 máquina e da inteligência artificial.

A novidade é uma tecnologia assistiva que pretende melhorar a
 qualidade de vida de pessoas com dificuldades de fala. O sistema
capta sons e imagens produzidos durante a execução do exercício
 fonoaudiológico e depois os analisa, oferecendo dois tipos de
 respostas sobre a performance da criança: uma lúdico-educacional,
 com orientações para o paciente e para o responsável pelo treino;
 outra, com dados métricos e estatísticos para o fonoaudiólogo
avaliar,acompanhar e orientar a evolução clínica da criança.

Especialista em sistemas de computação e uma das coordenadoras
do projeto SofiaFala, Alessandra Alaniz Macedo, professora da
 FFCLRP, adianta que um protótipo do aplicativo já está em fase de
 testes por usuários da ONG RibDown-RP, do Centro Integrado de
 Reabilitação do Hospital Estadual de Ribeirão Preto (CIR-HE) e de
 clínicas particulares.

A professora comenta que, por ser de fácil operação, o SofiaFala
pode ser utilizado pelas pessoas em suas próprias residências,
seja com supervisão dos pais ou até mesmo sozinhas. 

À medida que ela repete movimentos e sons – um beijo, um estalo
 de língua ou um sopro – e até mesmo quando articula uma
 palavra
ou uma frase, o aplicativo manipula a informação e compara com
um modelo adequado de produção desses sons. Em caso de
dúvidas,
 a criança ou o tutor pode acessar imagens, vídeos e sons de
 orientação com um simples toque.”

Enquanto os algoritmos inteligentes do SofiaFala respondem –
 reconhecendo e analisando os sons e imagens – sobre
 performance e adequação dessa criança ao desempenho do exercício, o profissional que a acompanha também é abastecido pelas informações do aplicativo. Sobre a interface de
máquina (smartphone), “o sistema é flexível e permite a criação de
 treinos que se adaptem às características do usuário (paciente),
 conforme o tratamento evolui”, diz a especialista.

Tecnologia adequada à realidade brasileira

Quando Sofia nasceu, sua mãe, a cientista da computação
Marinalva Dias Soares, se deu conta de que necessitaria de
recursos para ajudá-la. Sofia foi diagnosticada com síndrome de
Down e precisaria de tratamento fonoaudiológico, entre outras
terapias, para desenvolver a fala. Marinalva pretendia incrementar

essa terapia em sua própria casa e então procurou a professora
 Alessandra na FFCLRP.

Como as tecnologias existentes não atendiam às necessidades da
 Sofia, as duas cientistas da computação e seus colegas decidiram
 criar uma tecnologia mais adequada à realidade das famílias
brasileiras. Em 2016, o projeto SofiaFala ganhou vida com
 subsídio do CNPq e com a incumbência de desenvolver um
software inteligente de apoio à fala para crianças com síndrome de
Down (SD) nascidas no Brasil.

Para agilizar o processo, a equipe envolveu ativamente no projeto
 especialistas da área de fonoaudiologia, usuários finais
 (cuidadores e crianças com SD) e colegas da computação.

O objetivo principal dessas parcerias, segundo as cientistas,
 é fazer os pais estimularem seus filhos com o treinamento
 fonoaudiológico, usando o aplicativo em suas casas e reportando
 os resultados para a equipe de computação do projeto SofiaFala.

Com essas informações, elas acreditam que poderão aprimorar
futuras versões do aplicativo.

O trabalho é coordenado pela professora Alessandra, que divide
 responsabilidades com sua colega Patrícia Pupin Mandrá,
professora do curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina de
 Ribeirão Preto (FMRP) da USP e coordenadora do CIR-HEA, e
assessorado pela fonoaudióloga Myrian Christina Neves Botelho de
Andrade.A equipe conta ainda com outras duas dezenas de
 especialistas, particularmente de ciências da computação e
 fonoaudiologia, além de bolsistas contratados com recursos do
CNPq para atividades de pesquisa e desenvolvimento.

Auxiliar no desenvolvimento da fala e sua inteligibilidade

A taxa mundial de incidência da SD é de um para cada 700 bebês.
No Brasil, nascem por ano 4 mil bebês com SD e existem
 aproximadamente 300 mil brasileiros com SD, incluindo todas as
faixas etárias.

A SD é uma alteração genética no par do cromossomo 21 que,
dentre outros fatores, compromete o intelecto e a fala de quase
cem por cento das pessoas diagnosticadas. Porém, sabe-se
 que estímulos e terapias integradas com uma equipe multiprofissional
 favorecem o desenvolvimento da fala e da comunicação e,
consequentemente, a qualidade de vida.

As tecnologias assistivas, cada vez mais presentes na vida de
 pessoas com deficiência intelectual, motoras e psíquicas, podem
 melhorar habilidades de comunicação e de fala, mas ainda não
estão adaptadas à realidade brasileira.

Os sistemas que lhes dão
 vida rodam, principalmente, no idioma inglês, o que requer alto
custo econômico de famílias, cuidadores e equipe de cuidado.

É nesse contexto que surge o grupo de pesquisa SofiaFala, criando
 e distribuindo “um software para auxiliar no trabalho de
desenvolvimento da fala e sua inteligibilidade”, garante a
 coordenadora do grupo. 

Um aplicativo para dispositivo móvel, inteligente, gratuito e
 que apoie a criança com SD e seus cuidadores na execução
dos treinos fonoaudiológicos em casa. E, também, que ofereça
ao fonoaudiólogo mecanismos para realizar a prescrição de
 treinamentos e um acompanhamento mais eficiente da evolução da
fala das crianças com SD.

Mais informações: e-mail sofiafala.contato@gmail.com
Com colaboração de Vitória Junqueira

MENINA AUTISTA DE 5 ANOS ENCANTA O MUNDO COM A SUA ARTE


  Algumas vezes, encontramos histórias realmente inspiradoras,que nos fazem abrir os olhos e enxergar além do que estamos acostumados

                       

Os protagonistas destas histórias geralmente são pessoas vistas pela
 sociedade como diferentes, muitas vezes excluídas por não se
 encaixarem em um padrão ao qual somos ensinados a nos encaixar,
desde que chegamos a este mundo.‌

Essas pessoas, em toda a sua particularidade, nos encantam com
suas palavras e atitudes e despertam o lado mais belo e puro
de nossas almas, mudando o nosso pensamento sobre muitas
 coisas que acreditávamos serem certas, desde sempre.
 Quando se trata de crianças, então, tudo fica ainda mais especial.


Hoje, temos o prazer de falar sobre Iris Grace, uma menina autista
de 5 anos que é uma grande artista. Talentosíssima, Grace usa
a pintura para se expressar no mundo, e está se tornando muito
conhecida e motivando as pessoas a falarem e compreenderem
 melhor o autismo.

Ela se tornou conhecida quando seus quadros começaram a ser
vendidos para colecionadores de arte do Reino Unido e do mundo
inteiro. O dinheiro arrecadado com as vendas de suas obras é
 usado para cobrir as despesas de suas terapias e de sua educação,
além de também servirem como uma poupança para o seu futuro.‌

A menina tinha alguns problemas para se comunicar com o mundo
ao seu redor, mas a chegada de um novo amigo inspirou uma
 mudança positiva em sua vida. Em 2014, ela encontrou um gatinho
 e o levou para casa, o Thula. Os dois deram-se incrivelmente bem,
e o relacionamento com o gatinho fez com que Grace começasse a
se abrir mais.

A mãe da menina, Arabella Carter-Johnson, sempre foi muito
presente e incentiva a filha na pintura. Fotógrafa profissional, ela
registra os momentos e as obras de Grace e publicou um livro
 ilustrado com as fotografias da filha e as pinturas que ela produz



segunda-feira, 20 de maio de 2019

Homens de maiô: por que eles estão usando essa tradicional peça feminina?


  "Provavelmente eu tenho mais maiôs do que você".
Esta é a frase que aparece na mini-biografia do produtor culturalThum Thompson, 34, de Brasília (DF), em seu perfil no Tinder,aplicativo que usa para conhecer mulheres

                                 


O rapaz tem, em seu armário, 17 peças da roupa de banho e

 não fica acanhado em desfilar em festas e em fotos no Instagram
com maiôs em cores vibrantes. "É uma provocação. Por que eu
vestir um maiô causa tanto estranhamento?", pergunta o produtor.
"É só uma roupa, todo mundo usa". 

Thum e o produtor de moda Caio Revela, 30, do Rio de Janeiro (RJ)
são alguns dos rapazes que, independentemente da orientação
sexual, têm usado, neste verão, maiôs e bodies, itens mais comuns
no vestuário feminino. Os motivos vão desde um posicionamento
político até uma escolha fashion: de acordo com eles, a peça
representa um protesto silencioso contra o estereótipo de gênero
 e padrões de beleza, mas também é confortável, perfeito para os
 dias mais quentes.

"Eu uso isso porque eu gosto, me sinto maravilhoso", fala Caio,
em entrevista por telefone. Parte da militância plus size e apaixonado
por moda, o produtor de moda diz que se torna uma outra pessoa
quando usa uma de suas dez peças, que têm estampas como
 unicórnio, pelicanos e arco-íris. "É uma experiência. Eu,
 que sempre tive que usar roupas sem graça, sinto que mudo
completamente quando coloco um maiô". 

Caio experimentou a peça pela primeira vez no ano passado,
na gravação de um clipe da festa que ajuda a organizar, a Toda
 Grandona. "Comecei pegando emprestado os maiôs das minhas
amigas gordas, porque não sabia se iria querer continuar usando",
 afirma. Desde junho de 2018, ele tem vestido a peça em looks
para sair durante o dia, combinada com bermuda jeans, e para
 festas na piscina, quando capricha no protetor solar para não ficar
com marca. Mesmo ficando incomodado com o olhar das pessoas,
 ele diz que coloca o próprio conforto em primeiro lugar.

"O meu objetivo não é chocar os outros, mas existir como uma
 pessoa gorda, usando a roupa que eu quero usar.
Moda, acima de qualquer coisa, é você se sentir confortável.
 Se eu coloquei uma peça e eu me sinto à vontade com ela,
por que não usar?", explica. 

No caso de Thum, o maiô ganhou um espaço em seu guarda-roupa
em 2012, quando fez uma fantasia de nado sincronizado com a
 namorada da época. A partir dali, ele curtiu o visual e começou a
 adotá-lo em festas da noite de São Paulo (SP). "Sempre brinquei
com o meu corpo de uma forma política sem saber. Pintava o cabelo,
 usava vestido de chita em festa junina. Foi natural começar a usar
o maiô", conta. Logo, a peça virou sua marca registrada.

Atualmente, se ele chega em um evento sem a roupa de banho,
as pessoas já estranham. "Até brinco que alguns lugares não
 merecem que eu vista um maiô", ri. 

Para garantir o conforto, Caio Revela manda fazer seus maiôs sob
 medida. "É importante que ele seja do seu tamanho, para não
machucar na virilha nem nos ombros", diz o estilista. A parte de baixo
 também não pode ser muito cavada, para não machucar a genitália
 dos meninos. "Não recomendo os bodies e maiôs com fecho no
 fundilho", aconselha Caio. Tanto Revela como Thum não prendem
(para esconder) as partes íntimas, então eles optam por peças com
 fundo mais largo. "Também uso pochetes, blusas e lenços para dar
uma 'disfarçada' na mala", complementa Tompson. 

Ele é hétero?" A escolha do look faz, de acordo com Thum, com
 que muita gente não acredite que ele seja heterossexual. "Eu
mesmo não acreditei quando ouvi", brinca Caio. Para Tompson,
vestir um maiô não o faz duvidar em nenhum momento de
sua orientação sexual. "Inclusive quebra o gelo. Em festas,
 a menina vem falar comigo por causa dele e começamos a
conversar", diz Thum. "Algumas até brincam que nunca pensaram
 que beijariam um 'boy' de maiô no rolê". Apesar de apostar na
 roupa de banho há sete anos, o produtor cultural Thum começou
a refletir mais sobre o porquê de suas roupas chamarem tanta
atenção há pouco tempo.

"Algumas pessoas realmente se sentem incomodadas e
agredidas por me verem de maiô", fala Thum. "Antes eu questionava
 essa heteronormatividade de uma forma mais sútil, mas estou
pensando em fazer isso mais ativamente no Instagram".
Ainda assim, tanto Thompson como Caio acreditam que o fato de
curtirem usar maiô não deveria ganhar tanta atenção. "Eu não
 descobri a cura do câncer, não estou fazendo nada de excepcional.
E  só um maiô", ri Revela. 

Roberto Engler é o coordenador da Frente Parlamentar de Conscientização sobre a Síndrome de Down



  Em correspondência enviada ao deputado estadual Roberto
Engler (PSB), coordenador da Frente Parlamentar de
Conscientização sobre a Síndrome de Down, a Secretaria
Estadual da Educação promete levar em conta documento
 Produzido pela frente parlamentar na elaboração de propostas
Para o aprimoramento da educação especial no estado de São
Paulo

         
Órgãos especializados no tema elogiaram o relatório,
 enviado à secretaria no segundo semestre do ano passado.

O ofício encaminhado ao parlamentar é assinado pelo secretário
 estadual de Educação, João Cury, que deixou o cargo em dezembro, e conta com parecer endossado por servidoras do Cape (Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado)
e do Caesp (Centro de Atendimento Especializado). 

“A análise preliminar do relatório indica que está de acordo com a
Política de Inclusão e pontua melhorias bastante significativas para
 os alunos com Síndrome de Down, além de muito bem estruturado.
 O Caesp, por intermédio do Cape, manterá o documento entre
suas publicações para a elaboração de propostas para o
 aprimoramento da educação especial”, diz trecho
 da correspondência.

O deputado estadual Roberto Engler agradeceu a resposta
 enviada pela Secretaria da Educação. “Demonstra que o trabalho
 realizado por meio da frente parlamentar não é em vão e valoriza,
acima de tudo, todas as pessoas que contribuíram para produção
do documento que publicamos”, disse. 

O relatório objeto de atenção da Secretaria Estadual da Educação
 é denominado “Avaliação da Inclusão Escolar na Rede Estadual
 de Ensino Quanto ao Aluno com Síndrome de Down:

 Nele, há considerações sobre educação inclusiva, educação
especial e inclusão escolar e sobre a legislação e a realidade em
volta do tema da inclusão.
A Frente Parlamentar de Conscientização sobre a Síndrome de
Down buscou avaliar as ações de Educação Inclusiva na Rede
 Estadual de Ensino por meio de um questionário elaborado com
 apoio de especialistas em Educação Inclusiva, abordou a atual
 situação da Rede Estadual de Ensino e tentou identificar pontos
prioritários a serem aprimorados.

Três perguntas dissertativas e uma objetiva foram respondidas por
dezenas de pais e mães, professores, psicólogos, fisioterapeutas,
 educadores - entre outros profissionais - diretamente ligados à
 Educação e ao convívio diário com pessoas com Síndrome
de Down. As respostas, com suas críticas, elogios e sugestões,
 foram organizadas no relatório.

No documento, foram feitos ainda sugestões para melhorar as
ações do Governo de São Paulo. Esses apontamentos foram
 divididos em três eixos principais: a) o acesso e permanência do
aluno com Síndrome de Down na Rede Estadual de Ensino;
 b) saber fazer para fazer melhor; e c) articulação entre recursos
 humanos e seus saberes.
“Todo esse trabalho de coleta e análise se estendeu por mais
 de seis meses e o resultado foi repassado ao governador e aos
secretários de estado no ano passado”, afirmou o deputado
estadual Roberto Engler.

Cinquenta deputados estaduais fazem parte da Frente
Parlamentar de Conscientização sobre a Síndrome de Down,
 que é coordenada pelo deputado estadual Roberto Engler e tem o
 deputado estadual Carlos Neder (PT) como seu vice-coordenador. 

SOBRE A SÍNDROME DE DOWN*
A Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21,
 é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular
 durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em
 vez de dois cromossomos no par 21, possuem três.
 Não se sabe ao certo por que isso acontece.

Alterações provocadas pelo excesso de material genético no
cromossomo 21 determinam as características típicas da
 síndrome, como olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais,
 rosto arredondado, mãos menores com dedos mais curtos,
prega palmar única, orelhas pequenas, dificuldades motoras,
atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, cardiopatias.

Pode acarretar também aprendizagem mais lenta.
O diagnóstico da Síndrome de Down pode ocorrer ainda durante
 a gestação, por meio do ultra-som morfológico fetal para avaliar
 a translucência nucal, que só é confirmada pelos exames de
 amniocentese e amostra do vilo corial. Depois do nascimento, o
diagnóstico clínico é comprovado pelo exame do cariótipo
 (estudo dos cromossomos), que também ajuda a determinar o risco,
em geral baixo, de recorrência da alteração em outros filhos do casal.

 Esse risco aumenta quando a mãe tem mais de 40 anos.
Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde
o nascimento, para que sejam capazes de vencer suas limitações.
Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem,
exigem assistência profissional multidisciplinar e
atenção permanente dos pais.