Várias
personalidades se unem em defesa do documentário "The Bully Project",
censurado pelo governo americano
Nem sempre o sistema de classificação de filmes é muito lógico. Nos Estados Unidos, para uma obra ser autorizada aos adolescentes a partir de 13 anos, ela pode conter apenas uma vez a temida palavra "f...", enquanto as cenas de violência e sexo podem existir em maior quantidade.
Por esta razão, o documentário The Bully Project, sobre os
atos de violência física ou psicológica entre adolescentes, foi proibido aos
menores de 17 anos - ou seja, excluindo a grande maioria do público-alvo da
obra. Como o diretor Lee Hirsch recusou cortar os palavrões,
dizendo que isso atentaria ao naturalismo do filme, a MPAA não aceitou baixar a
classificação.
Desde então, o diretor e os produtores têm organizado uma grande batalha
midiática, aparecendo em programas de televisão e distribuindo petições, para
questionar o funcionamento automático da censura americana.
Segundo o diretor, "Sem
levar em consideração a situação particular do meu filme, eu acho uma pena que
o julgamento de valores da MPAA autorize violência explícita, homofobia e
agressão contra mulheres. Todas essas coisas são autorizadas aos jovens de 13
anos, e isso não é contestado".
The Bully Project também recebeu apoios de
peso: Meryl Streep anunciou que organizará uma projeção do
filme em Nova Iorque, e Johnny Depp propôs sua ajuda. Justin
Bieber, o jogador de futebol americano Drew Brees e Gerry Lopez, presidente
da AMC Entertainment (segunda maior rede de cinemas nos Estados Unidos) também
defendem abertamente a obra.
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