Palestra no Colégio
Apoio mostra maneira muito simples, mas profunda e brilhante o tema Bullying
A pedagoga Catarina Gonçalves falou
para pais e educadores, e eu compartilho aqui o que considerei essencial para
todos, inclusive para aqueles que acham que seus filhos não praticam ou sofrem
o problema:
O bullying é um
problema de convivência, e tem que ser resolvido na convivência. Existe desde que
existe relações humanas, porém não existia a nomenclatura. Só que hoje
somos uma sociedade muito mais complexa, as relações no ambiente escolar são
bem mais mescladas.
Quantas
religiões? Quantos valores? Quantas diferenças? É natural haver mais conflitos.
E o conflito não é ruim. Para os chineses, conflito pode ser traduzido com dois
ideogramas: problema ou
oportunidade!
Principais erros:
Banalização
– Comum é diferente de natural. Banalizar é banalizar o sofrimento
sistemático.
Generalização – Não é
toda brincadeira que é bullying.
Quais
as características do Bullying?
- É um problema moral
- Presente nas
relações entre pares
- De forma
repetitiva
- Intencional
- Numa relação de
poder desequilibrada
- Com a presença
de um alvo (normalmente solitário), um autor (geralmente não está só, tem
apoiadores), e expectadores (que assistem e nada fazem)
Quem
pratica geralmente faz de modo que ninguém venha a saber, e quem sofre
dificilmente conta. A chance é muito maior de se ter a informação de um
expectador. É importante fazer nossos filhos refletirem.
Se o seu filho sofre
bullying, importante conversar, fazer ele refletir: Por que você deixa? E os
teus amigos? O que a gente pode fazer para que isso não aconteça?
Ele introjeta esse pouco valor. Ele vê os outros olhando para ele como alguém enfraquecido…
Ele introjeta esse pouco valor. Ele vê os outros olhando para ele como alguém enfraquecido…
Se o seu filho
pratica, importante questionar: O que você sente quando vê seu amigo triste?
Não se pode deixar passar em branco, estudos mostram uma relação muito estreita
da prática do bullying com a delinquência. Porque bullying é falta de moral.
A gente precisa se angustiar da
mesma maneira dos que sofrem quando é o nosso filho quem pratica o bullying.
Dever
agir moral é diferente de Querer agir moral
– Anomia:
Geralmente
a moral não se coloca, e as normas de conduta são determinadas pelas
necessidades básicas. Quando as regras são obedecidas, são seguidas pelo hábito
e não por uma consciência do que se é certo ou errado. Um bebê que chora até
que seja alimentado é um exemplo dessa fase.
– Heteronomia:
O
certo é o cumprimento da regra e qualquer interpretação diferente desta não
corresponde a uma atitude correta.
– Autonomia:
legitimação
das regras. O respeito a regras é gerado por meio de acordos mútuos. É a última
fase do desenvolvimento da moral.
Exemplo: Se eu não ultrapasso o sinal vermelho porque tem
câmeras, eu sou heterônimo. Se eu não ultrapasso porque eu ponho em risco a
vida de outras pessoas, eu sou autônomo.
O que fazer para que nossos filhos queiram agir moral?
Seis
sentimentos que eles devem ter:
1. Amor
2. Medo
3. Confiança
4. Empatia
5. Indignação
6. Culpa
O amor é o primeiro sentimento e o medo está relacionado a ele, é
o medo específico de se empobrecer diante de quem se ama. Medo de ter menos
valor, de desapontar.
A maneira como a gente explica e age com nossos filhos, gera a confiança. Exemplo:
A maneira como a gente explica e age com nossos filhos, gera a confiança. Exemplo:
Errado
– Filho, tá na hora de dormir
– Mas, você nem vai dormir agora
– Mas, eu estou mandando, e eu sou seu pai(mãe)!
– Filho, tá na hora de dormir
– Mas, você nem vai dormir agora
– Mas, eu estou mandando, e eu sou seu pai(mãe)!
Certo
– Filho, tá na hora de dormir
– Mas, você nem vai dormir agora
– Mas, criança precisa de mais horas de sono. Eu sou adulto, e você ainda está em fase de crescimento, e o sono ajuda a crescer.
– Filho, tá na hora de dormir
– Mas, você nem vai dormir agora
– Mas, criança precisa de mais horas de sono. Eu sou adulto, e você ainda está em fase de crescimento, e o sono ajuda a crescer.
A capacidade de sentir o que o outro sente se chama empatia, e
está relacionada com a compaixão – sentimento útil para desencadear boas ações
e evitar ações más.
A culpa é um sentimento necessário para alcançar a moral! O pedido
de desculpa não deve ser forçado. Des Culpa – se desfazer da culpa. Quando a
gente faz algo errado, se sente ‘menos pequeno’ quando pede desculpas.
Ninguém se torna bom porque mandamos ser bom! Ser bom
provoca uma expansão de si próprio. A criança se sente maior, empodera-se de
si!
Ser polido não é tão importante quanto ser generoso! – Aproveito
para sugerir a leitura sobre o filme Snoopy que traz essa importante
lição!!! clique aqui
Obrigar a criança dar bom dia, cumprir regras de educação, não é
tão eficaz quanto ensinar a ela o por quê de fazer aquilo: Sabia que ao dar bom
dia, você deixa as pessoas mais felizes. Repare no sorriso que você recebe!
(exemplo)
Meu pessoal nunca pode ser maior que o coletivo! (Ah, se todos no
mundo pensassem assim…)
Há dois
planos para nossos desenvolvimento como ser humano: o Moral, e o Ético – que
não dá para ficar no discurso.
Espero
que tenha conseguido passar um pouco deste presente. Todo este post foi baseado
na palestra de Catarina Gonçalves, autora, junto com Fernando Cézar
Bezerra de Andrade, do livro VIOLÊNCIAS E BULLYING NA ESCOLA: análise e
prevenção.
Retirado
do link :
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