segunda-feira, 11 de março de 2019

Foto premiada pelo Unicef destaca discriminação de crianças com Deficiência


  Imagem de menino africano com próteses nas pernas ganhou
prêmio do Fundo da ONU para a Infância

                          

Entidade faz alerta para humilhações e agressões a crianças

com deficiência, além de rejeições por suas próprias famílias.

A imagem de um menino com próteses nas pernas, registrada
na República Togolesa, país africano com oito milhões de habitantes,
 pelo fotógrafo espanhol Antonio Aragón Renuncio, recebeu o
 prêmio de ‘Foto do Ano de 2018’, concedido pelo Fundo das
 Nações Unidas para a Infância (Unicef).

O Unicef afirma que ainda é comum que pessoas com deficiência 
sejam expostas a mitos e discriminações em partes da África Ocidental, especialmente crianças com deficiência intelectual ou física, alvos de humilhações, agressões e até rejeições por suas famílias.

A criança fotografada vive no Centro Saint Louis Orione, na cidade
de Bombouaka, onde 70 crianças órfãs recebem tratamento médico,
 podem brincar e não são consideradas ‘seres inferiores’.
A instituição tem o nome de um franciscano italiano que ajudou  órfãos no país a partir de 1908 até sua morte, em 1940.

“Mais de 93 milhões de crianças com deficiências moderadas e
Graves vivem em todo o mundo. Nos países em desenvolvimento, entre as principais causas para essas dificiências estão a desnutrição, a  obstetrícia inadequada e falta de vacinação, inclusive contra a pólio”, destaca o Unicef.

“Para que essas crianças consigam contar suas histórias,elas precisam ser vistas”, diz o Fundo.

     Em segundo lugar ficou o retrato de um bebê da minoria rohingya
que representa as milhares de crianças apátridas, nascidas em fuga,
sem uma certidão de nascimento. A imagem do fotógrafo Turjoy
Chowdhury mostra um bebê de 18 dias, ainda sem nome. Seus pais
fugiram de Myanmar e buscaram refúgio em Bangladesh.

                          

Pessoas sem certidão de nascimento e nacionalidades encontram barreiras à educação, seguridade social, direito de votar ou à abertura de uma conta bancária. O trabalho infantil, o

 recrutamento como soldados mirins e condenações sob direto
 penal adulto são alguns dos perigos para os jovens que não
 conseguem comprovar sua idade.

A fotografia de Chowdhury faz parte de uma série de retratos tirados
num acampamento de refugiados em Cox’s Bazar, no sul de
Bangladesh.


Também recebeu a premiação, na terceira colocação, a imagem da
fotógrafa israelense Rina Castelnuovo que mostra Mohammed,
um menino palestino nascido na Faixa de Gaza em 2009, filho de
um ativista do Hamas. A criança tem uma doença autoimune que
 pode ser tratada em Gaza. Na foto, ele está acompanhado de seu
avô e de um ativista israelense.


A mãe decidiu entregar o menino quando ele três meses de vida
aos cuidados de médicos em Israel. Apenas seu avô Abu Naim foi autorizado a acompanhá-lo. Uma infecção no corpo do garoto obrigou os médicos a amputar seus antebraços e pernas. O pano de fundo dessa história é o conflito entre israelenses e palestinos.



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