Tão fortes que eles são. Ameaçam, batem, ridicularizam, humilham. E não mostram um pingo de compaixão pelas suas vítimas
São miúdos. São só miúdos. Como podem ser tão
violentos? Como podem assumir comportamentos capazes de arrepiar, chocar ou
enojar o comum dos mortais? Quais são as causas do bullying entre adolescentes?
INSEGURANÇA
Podem parecer fortes mas na maior parte das vezes
os agressores não passam de pessoas inseguras que procuram valorizar-se e
impor-se através destes atos de violência. Fazem-no EM GRUPO porque sozinhos
muitas vezes sentem que não valem nada. Não são capazes de o admitir, claro.
Nem esta insegurança desculpa alguma coisa. Mas
ajuda a perceber. Quando tratam um colega de escola como se fosse lixo,
sentem-se melhor consigo mesmos: poderosos, capazes.
FAMÍLIA DISFUNCIONAL
Nem todos os agressores vêm de famílias onde reine a violência. Nem uma família disfuncional é sinónimo de que uma criança ou um adolescente se transforme num agressor.
Mas os estudos mostram que grande parte dos
agressores vêm de famílias caóticas, onde os afetos não são manifestados de forma
clara. São miúdos que são frequentemente expostos a maus tratos.
PODER
Estes adolescentes precisam de sentir que têm o controlo. Buscam a sensação de poder. Há uma gratificação associada à possibilidade de exercerem o domínio sobre outra pessoa. São miúdos impulsivos, que se descontrolam com facilidade e que se sentem gratificados quando a vítima mostra medo e se esconde, por exemplo.
RECOMPENSA
Sem querer, as vítimas “recompensam” os agressores. As vítimas NÃO TÊM CULPA de nada. Mas sempre que um miúdo entrega o dinheiro do almoço, ou o telemóvel ou outra coisa qualquer – por medo – está a recompensar o agressor. Quem agride vê o seu comportamento gratificado. E também se sente recompensado pela popularidade ganha. O facto de haver quem assista a toda esta VIOLÊNCIA e lhe gabe os feitos acaba por ser uma forma de valorização.
FALTA DE EMPATIA
Na maior parte destes casos os agressores NÃO se interessam pelos sentimentos dos outros. Pode custar a acreditar mas alguns adolescentes pura e simplesmente não sentem empatia com o sofrimento alheio. Pelo contrário, podem regozijar-se com isso. Quando batem, humilham e ameaçam não se deixam influenciar pelo que a vítima possa estar a sentir. Isso NÃO significa que não saibam que o que estão a fazer está errado. SABEM.
FALTA DE CONTROLE
Estes adolescentes não sabem controlar as próprias
emoções. Qualquer adolescente já experimentou a sensação de raiva intensa. É
normal. Mas a maior parte dos miúdos acabam por controlar essa raiva. Mesmo
quando se sentem muito frustrados, a maior parte dos adolescentes ESCOLHEM
parar antes de fazer mal a alguém.
Quando não há esta capacidade para gerir as
próprias emoções, qualquer pequena frustração ou provocação pode levar a uma
reação explosiva. A vítima pode passar pelo agressor e tocar-lhe sem querer. O
facto de pedir desculpas não muda nada. O agressor pode descontrolar-se e
pontapeá-la ou esmurrá-la.
FALTA DE SUPERVISÃO
Os adolescentes que crescem em famílias em que falte disciplina e supervisão têm uma probabilidade maior de se transformarem em agressores de outros colegas. A ausência de limites claros é tão violenta (e destrutiva) quanto um ambiente familiar marcado pela punição física e pelo autoritarismo.
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