quarta-feira, 9 de maio de 2018

ACONTECEU COMIGO: Chefe de Cozinha dono da Cantina Italiana Braziliani traz para nos massa artesanal deliciosa das Tradicionais Nonas italianas


























Gabriel De Lucca é jornalista criador do projetobollying e também autor responsável
pelos textos dessa coluna .

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     Jean Carlo Cassione, um construtor na arte das Massas Artesanais Italianas

Escrito por Gabriel De Lucca

                   



                                      
Como em todo final do mês na Cantina Brasiliani, que fica no bairro da Vila Romana, há a festa conhecida como Baderna italiana, onde são oferecidos pratos diferentes junto com a boa música italiana e muita alegria característica do povo italiano.


                                                 


    Com o convite de um amigo para serem sócios de um restaurante para happy hour, Jean foi despertado pelo grande amor dos tempos da juventude a cozinha, depois de um tempo transformou o restaurante em uma cantina Italiana, por conta dos moradores do bairro, muitos de origem do pais da bota, sua terra natal.
               
Em 2003 foi criada por Jean Carlo Cassione e por Mariângela Nespatti a cantina Braziliani, na Rua Marco Aurélio 102, tendo como sua principal característica a cozinha artesanal tradição das “Nonas” há 200 anos na Itália.

Chefe Jean Cassione

                              O proprietário da cantina afirma que sempre amou cozinhar artesanalmente, quando ele tinha 10 anos ele já aprendia os segredos da cozinha com sua Mamma Elvira na fazenda Camurunda do seu avô na Itália, onde ele ficava no verão. Seu avô era produtor de vinho e azeite e a família Cassone fazia a sua própria comida.

Além de ser proprietário da cantina Braziliani ele também é o principal cozinheiro deste estabelecimento utilizando os cadernos de receita de dona Elvira para recriar e criar novas massas e molhos, segundo Paulo Roberto gerente da Cantina, Jean tem o don para culinária e tem como sua principal característica a alegria de lidar com as pessoas, sendo difícil vê-lo bravo marcas do povo italiano que fazem com que elas gostem muito dele e voltem a freqüentar varias vezes o seu restaurante.
        
Segundo o Jean os pratos preferidos da clientela são Lazanha de porpetinha, Molho Al sugo, Ravióli de ricota com uva passa, nhoque mais durinho e Taliarini pratos criados por sua mãe na Itália. 



O seu estabelecimento é todo decorado com imagens de filmes e cantores italianos, suas 12 mesas são forradas com vermelho e verde cores da bandeira Italiana que ficam mais bonitas ainda quando chega o final do mês, quando acontece a festa conhecida como “baderna italiana.



          Segundo Paulo, Gerente da Cantina a única queixa que os clientes observam em relação à cantina é a respeito da demora para conseguir uma mesa para poder fazer a refeição com sua família, como o espaço é pequeno não é possível aumentar o número de mesas.                       
                
           Formação do bairro italiano e historias da vinda da família Cassione


            A Vila Romana é um bairro da zona oeste de São Paulo, localizado no distrito da Lapa, sendo ele muito pequeno e dividido entre a Lapa e Vila Pompéia, este bairro é formado por italianos e seus descendentes para trabalhar nas indústrias Matarazzo. Para não ficarem muito longe do trabalho os operários foram morar nos atuais bairros Vila Pompéia e Vila Romana. 

 A partir do século 19 houve a imigração de muitos italianos para o Brasil de diversas regiões como, por exemplo: Tiroleses, do norte da Itália, que plantavam frutas e verduras e Venezianos, que vieram de Veneza, que eram comerciantes, profissionais liberais, artesãos e sapateiros.

                Este bairro foi concebido em 1880, nos moldes das vilas romanas, que eram formadas por chácaras agrícolas, onde se criavam galinhas, plantavam verduras e tinham de área útil cerca de dez mil metros quadrados. As ruas eram de terra, não tinham asfalto, rede de esgoto ou luz elétrica, na rua principal passava um rio, onde as pessoas nadavam e pescavam. Os Italianos batizaram as principais ruas desta região têm em sua origem os nomes de imperadores, oradores, juristas, deuses romanos, como por exemplo: Tito, Espártaco, Catão, Clélia, Marco Aurélio, Camilo, Aurélia, Duílio, Fábia, Marcelina, Coriolano, Vespasiano e outras ruas.

               Depois da Segunda Guerra mundial, muitos italianos ficaram com dificuldade de obter trabalho em sua profissão e imigraram para a tão sonhada America dos panfletos, chegando em países como Estados Unidos, Colômbia, Argentina e Brasil. 
A partir do século 19 houve a imigração de muitos italianos para o Brasil de diversas regiões como, por exemplo: Tiroleses, do norte da Itália, que plantavam frutas e verduras e Venezianos, que vieram de Veneza, que eram comerciantes, profissionais liberais, artesãos e sapateiros.

                Este bairro foi concebido em 1880, nos moldes das vilas romanas, que eram formadas por chácaras agrícolas, onde se criavam galinhas, plantavam verduras e tinham de área útil cerca de dez mil metros quadrados. As ruas eram de terra, não tinham asfalto, rede de esgoto ou luz elétrica, na rua principal passava um rio, onde as pessoas nadavam e pescavam. 

Os Italianos batizaram as principais ruas desta região têm em sua origem os nomes de imperadores, oradores, juristas, deuses romanos, como por exemplo: Tito, Espártaco, Catão, Clélia, Marco Aurélio, Camilo, Aurélia, Duílio, Fábia, Marcelina, Coriolano, Vespasiano e outras ruas.

               Depois da Segunda Guerra mundial, muitos italianos ficaram com dificuldade de obter trabalho em sua profissão e imigraram para a tão sonhada America dos panfletos, chegando em países como Estados Unidos, Colômbia, Argentina e Brasil.

               A partir da década de 1950 a Vila Romana se tornou uma região altamente industrial, fazendo com que houvesse uma melhora nas condições de vida da população.  As principais indústrias ou fabricas foram: as indústrias Matarazzo, Melhoramentos, Indústria Fritz Johansen de Lápis, indústria de bolacha Petybon, empresa vidraria Santa Marina, Carne do Brasil, deposito da Romisetta, Cia. Mecânica Importadora (fabricante de tecidos e produtos de cerâmica), Fundição Progresso, Fundição Mecânica F. Bonaldi e Cia, Metalúrgica Albion, Enxadas e Implementos Agrícolas Tupy, Açougue Armour e fabrica de meias Titans.

          Tito Cassone pai de meu entrevistado Jean Carlo, é um dos exemplos de imigrantes que vieram da Itália ao Brasil em busca de oportunidades de trabalho, ele e seus irmãos Guido e Lino pedreiros e empreiteiros de profissão chegaram ao país em 3 de março de 1953 e contribuíram na construção e crescimento deste bairro propiciado pelo inicio da implantação das indústrias.
             O restante da família Cassone veio de Lazio no dia 12 de fevereiro de 1954 entre eles estava sua esposa Elvira, seus filhos Florinda, Camilo, Domenico e Jean Carlo chegaram ao largo Tito, onde era o bairro do Chapéu.
           Jean Carlo mora neste bairro há 57 anos, e diferente de sua família é formado em engenharia civil, e têm lembranças muito positivas do bairro, ele contou que na Rua Marco Aurélio, onde seu restaurante Braziliani se encontra atualmente, não tinha asfalto, a Rua Francisco Alves passava um rio que foi canalizado. Ele participou de toda esta evolução, antigamente havia muito mato, muitas áreas verdes, perto do clube Nacional, Pacaembu, era só brejo onde ele quando jovem pescava.
           Jean é formado em engenharia civil e desde muito jovem trabalha nesta profissão tendo 40 anos de carreira tendo feito muitas obras nesta região, como por exemplo, a casa de tintas na Rua Clélia e o Laicão da Rua Desembargador do Vale, sua outra grande paixão é ser cozinheiro.

           Para Jean o bairro de Vila Romana é o melhor bairro para se morar, porque foi onde sua família foi bem recebida, onde começou sua carreira de engenheiro civil e partir da criação da cantina Brasiliani ele redescobriu a sua grande paixão de infância que era ser cozinheiro. Ainda afirma que é possível fazer as compras para seu restaurante no próprio bairro ,tendo ainda  várias farmácias e vários tipos de estabelecimentos comerciais não havendo necessidade de sair da Vila.     

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