segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

As crianças portadoras de necessidades especiais que são adotadas necessitam de recursos e acompanhamento diferenciados


    Sendo certo que, àquelas que se encontram institucionalizadas em casas de guarda, devem ser oferecidas todas as condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento até o momento em que sejam colocadas em famílias substitutas através do processo de adoção

               

  Se fizermos uma abordagem genérica, poderemos identificar diferentes graus de necessidades, que vão desde uma criança com necessidade de acompanhamento fisioterapêutico até crianças com sérios distúrbios mentais e físicos decorrentes de patologias graves, devendo ser mensurado de maneira singular cada caso, observando as dificuldades apresentadas para que possam ser realizados os procedimentos médicos e terapêuticos coerentes com o quadro clínico apresentado.

Comumente, não é raro também ouvirmos determinadas terminologias como “excepcional”, “deficiente”, “inválido”, “incapacitado”, dentre as quais “pessoa portadora de deficiência” para Araújo (2003), traz ao ser humano uma maior valorização da “pessoa”, sendo a qualificação “deficiente”, um complemento da idéia nuclear”. Alguns dicionários possuem conceitos que dão uma idéia sobre a palavra “deficiência”, a saber: A enciclopédia virtual Wikipédia possui a seguinte definição: Deficiência é o termo usado para definir a ausência ou a disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. Diz respeito à biologia da pessoa. Este conceito foi definido pela Organização Mundial de Saúde.
 A expressão pessoa com deficiência pode ser aplicada referindo-se a qualquer pessoa que possua uma deficiência. Contudo, há que se observar que em contextos legais ela é utilizada de uma forma mais restrita e refere-se a pessoas que estão sob o amparo de uma determinada legislação.
 Para este estudo, formamos a opinião de que o conceito “portador de necessidades especiais” traduz uma terminologia que expressa um respeito maior por este grupo de pessoas, retirando até mesmo um sentimento preconceituoso causado pelas terminologias antes utilizadas.
É no contexto de criança portadora de necessidades especiais mais graves que se contextualiza o presente estudo. A realidade dessas crianças é algo que precisa ser repensada pelos entes públicos e principalmente pela sociedade, levando-se em consideração que nossas unidades de internação apresentam contingente elevado de portadores de necessidades especiais com um quadro percentual quase próximo ao índice zero no que diz respeito ao processo de adoção.
 Neste diapasão, podemos inferir que “portador de necessidades especiais” são aquelas que apresentam patologias decorrentes de déficits mentais advindos de má formação intra-uterina ou adquiridas, ocasionando perda na capacidade cognitiva e consequentemente, afetando todo o seu desenvolvimento psico-social, bem como as que possuem alguma síndrome como West e Down.
Também se enquadram neste contexto os que contraíram AIDS, seja por herança de seus pais ou, desastrosamente por alguma transfusão de sangue contaminado e que, em razão de perderem os pais para a doença logo criança, são abandonadas em orfanatos de maneira insensível pelos familiares, que bem poderiam dar a esta criança todo o amor e orientação para que pudesse crescer livre de preconceitos e ter uma vida social e familiar como todos merecem.
Diante deste quadro de total ausência de uma família é de suma importância a colocação destas crianças e adolescentes em famílias substitutas, o que é possível através do instituto da adoção, que concede ao adotado a qualidade e todos os direitos de filho legítimo, conforme prevê nosso ordenamento jurídico.
Seguiremos, de modo sucinto e objetivo, tecendo comentários e considerações sobre os procedimentos e exigências para que a adoção possa ser realizada de maneira a se constituir em um instrumento importante para diminuirmos os números de menores portadores de necessidades especiais que são em grande número em casas de guarda, não só no Estado de Mato Grosso do Sul, mas em todo o país.
                  Retirado do link:



            Vídeo complementar sobre crianças com algum tipo de deficiência que são adotadas 

                             

                              
                         

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