segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Num mundo bombardeado por clichês e estereótipos, seres etiquetados e padronizados, ser livre requer luta e empenho. Empenho diário em ser fiel ao que existe por trás das máscaras


    Ao classificar a realidade, as pessoas e as coisas, colocamos tudo dentro de pequenos cativeiros

      Construímos prisões para os outros e nos encarceramos também. Criamos limites, celas, grades que nos separam daqueles que julgamos diferentes, e portanto, impróprios para o nosso convívio.   

    Etiquetamos nossa cor, nosso colágeno, nossa posição social, nossos bens, nossa reputação, nossa opção sexual "normal", nossa religião perfeita, nossa família ajustada, nosso partido político coerente. Não permitimos mudanças, ponderações, diferenças.

    Somos intolerantes com quem fica "em cima do muro" - como se parar para pensar fosse crime. E assim vivemos, seres perfeitos, imutáveis, imaculados, acima do bem e do mal. Subimos em nossas torres e lá observamos o "mundo perdido", sem perceber que perdidos estamos nós, solitários em nossas celas, aprisionados em nossas máscaras e cheios de opiniões...

                 Autor: Fabiola Simões

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