O trauma na infância pode ocorrer em
muitas situações
diferentes. Se uma criança
se sentir desamparada ou insegura,
isso pode resultar em um trauma. Isso inclui
abuso (verbal,
sexual ou físico), separação de entes
queridos, ambientes
inseguros, negligência, doença grave,
bullying e até mesmo procedimentos médicosDe acordo com o estudo "Associação da Exposição ao Trauma
Infantil com Transtornos Psiquiátricos em Adultos e Desfechos
Funcionais", publicado
por uma equipe de pesquisadores da
Associação Americana de Medicina,
quando a criança que
experimentou o trauma atinge a
idade adulta, o trauma não
desaparece. O cérebro cresce e se
desenvolve do nascimento até
os 6 anos de idade. Quando o trauma ocorre durante este crescimento
, ele não é tão facilmente removido ou esquecido.
A maioria das crianças que sofrem um trauma nem sequer sabe
como isso afetará a sua vida. Isto porque os danos estão fixados
no subconsciente. Algumas pessoas participarão de sessões de
terapia onde as memórias do
trauma ressurgirão. Este é um passo
vital para a recuperação, mas
também pode ser muito devastador.
Aqui estão cinco comportamentos adultos de alguém que sofreu
Aqui estão cinco comportamentos adultos de alguém que sofreu
algum trauma quando criança
1 Afastamento
Muitas vezes, o trauma pode contribuir para Transtornos de
Ansiedade Social
(SAD). O estudo "Uma análise do trauma inicial
no desenvolvimento de transtorno de ansiedade social e transtorno
de estresse
pós-traumático", publicado pelo Centro Nacional de
Biotecnologia, examinou
indivíduos com transtorno de ansiedade
social para encontrar uma
correlação com traumas infantis.
Abuso por parte dos pais, como palavrões, agressões verbais e
insultos, estão diretamente
relacionados ao aparecimento de
transtornos de ansiedade. Isto também se aplica à negligência
emocional.
A reclusão não é um comportamento comum. Normalmente
acontece quando alguém está
ansioso ou assustado. As pessoas
com TAS tendem a se sentir como
se estivessem sendo observados
e julgados o tempo todo. É por
isso que preferem não estar perto
de outras pessoas. Dessa forma, eles conseguem evitar os
sentimentos ruins.
2. Pânico
Tanto as pessoas com ansiedade quanto as que não são ansiosas
passam por processos de
aprendizagem. Uma pessoa ansiosa tem
problemas para lidar com esses
eventos, enquanto uma pessoa que
não tem problemas de ansiedade
não vai achar que esta é uma
tarefa difícil.
Por exemplo:Duas pessoas diferentes receberam uma avaliação do
seu desempenho, que não foi positiva. Agora, elas devem se reunir
com o gerente para discutir a situação.
A pessoa que não tem problemas com ansiedade não se sentirá
ameaçada por esse evento, a menos que seja dito que existe um
motivo para preocupação. A pessoa
que sofre com a ansiedade
provavelmente vai entrar em pânico sobre a reunião com o gerente
e receber comentários negativos adicionais.
Isso pode, eventualmente, chegar ao ponto de que a pessoa não
consegue se focar em outra coisa a não ser pensar na reunião.
O estado de pânico pode permanecer até que alguém apresente
consolo.
3. Tensão
Uma experiência traumática pode despertar a resposta de fuga ou
de luta. Exemplos desse tipo de trauma seriam estresse, agressão
e abuso. Os hormônios do
estresse, norepinefrina e cortisol,
começarão a inundar o corpo para
que a pessoa se defenda.
Quando isto acontecer, o corpo vai ficar tenso.
Um dos problemas disso é que, nem sempre a tensão desaparece
quando o estresse é resolvido. Quando o corpo fica estressado e
tenso, o sistema nervoso fica
alerta e pronto para reagir.
Não é algo que uma pessoa consiga, simplesmente, desligar.
É uma resposta automática do corpo para o desconhecido.
4. Menos bem-sucedido
O estudo "Os efeitos biológicos do trauma na infância", publicado
por Michael D. De Bellis
(Professor de Psiquiatria e Ciências
Comportamentais, na Universidade de Duke, Carolina do Norte) e
Abigail Zisk A.B. do Centro
Nacional de Biotecnologia, examina
como uma pessoa que sofreu trauma quando criança tende a ter
um desempenho inferior ao longo da vida.
Essas pessoas, geralmente, não se destacam em ambientes
acadêmicos e isso faz com que sejam apresentados com menos
oportunidades na vida do que os outros. Eles também enfrentam
realidade de ganhar um salário que não permite uma vida digna por
causa disso.
Houve também uma semelhança encontrada entre estresse traumático
e status socioeconômico. É 65%
mais provável que as pessoas que
vêm de um passado sem
oportunidades tenham sofrido traumas
quando crianças.
5. Evitar
É normal evitar as coisas que nos assustam, mas as pessoas que
sofrem traumas quando crianças, geralmente, levam isso ao extremo.
Algumas pessoas têm medo de ir ao dentista, mas mesmo assim vão.
Isto porque o seu cérebro sabe
que os benefícios superam o medo.
As pessoas que sofrem algum trauma quando crianças tendem a
deixar que o medo regule a sua
vida e a forma como vivem. Elas
podem até mesmo agendar uma
consulta no dentista porque têm
boas intenções, mas também podem ceder ao impulso e evitar ir ao
dentista. O medo deles é
paralisante. Não é algo que pode ser
evitado, o que causa uma forte
sensação de evasão assim que a
ameaça é sentida. Isto tem um efeito sério na qualidade de vida
dessas pessoas.
Assistência
Se souber de alguma criança que esteja sendo abusada ou
maltratada, contate as autoridades imediatamente ou os serviços de
proteção das crianças na sua região.
A idade não é um fator determinante, pois as feridas podem começar
a sarar em qualquer idade. Pode
parecer difícil procurar tratamento,
mas definitivamente vale a pena.
Aqui estão 4 coisas que alguém com um passado traumático pode
fazer para iniciar o processo de cura.
1. Não se isole
É necessário se conectar com outras pessoas e construir
relacionamentos. Evite ficar sozinho.
2. Exercício
Qualquer atividade física ajuda a aliviar o stress.
3. Cuide de si mesmo
Se o seu corpo está saudável, você consegue reduzir o estresse
mais facilmente.
Certifique-se de dormir o suficiente, pelo menos 7 horas por noite.
Tente não beber álcool e evite cigarros. Faça escolhas inteligentes
ao comer e tente manter um estilo
de vida equilibrado. Tudo isto
pode ajudar a reduzir o stress.
4. Regule o teu sistema nervoso
Você pode se sentir muito estressado e ansioso, mas ainda assim,
controlar seu corpo. Reduza os seus níveis de excitação controlando
a sua respiração. A meditação pode ajudar. Tente respirar 60 vezes
e concentre-se na expiração a cada inspiração
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