Pesquisa publicada pela Ipsos revela que as
crianças brasileiras são vítimas frequentes de hostilidade principalmente pelos
perfis nas redes sociais
O cyberbullying é o termo
usado para designar práticas de violência que acontecem principalmente pela
internet. As vítimas costumam ser crianças e adolescentes em idade escolar e
que são usuárias de redes sociais.
Uma pesquisa realizada
pelo Ipsos coloca o Brasil como o segundo país com a maior incidência de casos
de cyberbullying no mundo. Foram entrevistadas 20.793 pessoas em 28
países.
Cerca de 30% dos pais e
responsáveis brasileiros, afirmam terem tido conhecimento de pelo menos um caso
em que o filho ou a filha foi vítima de bullying. Nessa disputa, o país fica
atrás somente da Índia que tem 35%. Ambos superam bastante a média global de
17%, de acordo com a pesquisa.
É raro encontrar crianças que não fora dessa
estatística. Somente 11% dos entrevistados nunca souberam que os filhos
passaram por situação de constrangimento ou humilhação pela internet.
Passar por situação de
hostilidade, mesmo no ambiente virtual, pode trazer consequência para a vida da
criança.
"O bullying, seja ele
pela internet ou não, é um fato de estresse crônico e isso pode provocar
depressão, ansiedade e até dificultar a socialização", explica Dr.
Francisco Assunção, livre docente da faculdade de medicina da USP e professor
associado do instituto de psicologia da USP.
Segundo a pesquisa, em 65%
dos casos, as redes sociais foram usadas como ferramentas para praticar as
agressões. Em seguida, aparecem os smartphones que são usados em 45% das
ocorrências de bullying.
No Brasil, os perfis na
internet são usados em 70% das vezes que uma criança é atacada nas redes. Nesse
quesito, o país fica atrás de apenas quatro países: Peru (80%), Argentina
(74%), México (73%) e Malásia (71%).
"Os pais devem saber o que os filhos estão fazendo na internet. Elas não podem ficar muito tempo navegando pelas redes sociais sozinhas. O ideal é determinar um período para essa atividade", explica Assunção.
"Os pais devem saber o que os filhos estão fazendo na internet. Elas não podem ficar muito tempo navegando pelas redes sociais sozinhas. O ideal é determinar um período para essa atividade", explica Assunção.
Em geral, o agressor é
alguém que convive diariamente com a criança ou com o adolescente,
principalmente colegas de classe. O ambiente escolar é o local onde acontecem
51% dos casso de bullying no mundo.
"Uma vez que a
criança está sendo agredida, os pais devem entrar em contato com os pais do
agressor, considerando que as crianças não respondem por si. Dependendo do
caso, pode existir até a necessidade de tomar as providencias legais",
orienta o professor.
Na média dos países da
pesquisa, 76% dos entrevistados consideram que as políticas de conscientização
e combate ao cyberbullying é insuficiente. Uma prova disso, é que 25% dos pais
e responsáveis disseram que nunca terem ouvido falar nesse tipo de violência
virtual.
"A escola deve tratar de temas como o
respeito ao próximo independente da presença de bullying ou não", afirma o
professor.
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