projeto Bullying ,tem como objetivo conscientizar ,coibir e ajudar as pessoas que sofrem ou sofreram o bullying para que passe por esta situação da melhor forma possivel e também dar dicas a pais e educadores como perceber se um filho ou um aluno está passando por esta situação .
Os verdadeiros anjos são aqueles que aparecem do nada
e dão luz às nossas vidas Pessoas sensíveis feitas de
pureza que fazem tudo com o coração e que, apesar de terem suas almas
machucadas, nos ajudam a tornar nossa viagem mais agradável.
Porque ser sensível não é uma maneira de ser, é uma maneira de
viver e partilhar caminho, capacitando-nos através de sentimentos e
emoções, nossas e dos outros. Alguns irão criticar a sensibilidade, alguns
dirão que essa característica é um sinal de fraqueza e não verão que é na
sensibilidade que reside a nossa força.
Pessoas sensíveis sabem, as emoções são muitas vezes punidas.
Nos fazem acreditar que sentir nos torna menos eficazes, menos fortes e menos
capazes na tomada de decisões. Nos fazem acreditar que somos vulneráveis e que
a sensibilidade é sinônimo de ineficiência.
“Alguns dizem que as pessoas boas hoje são um descuido da
natureza, mas a verdade é que todos, no fundo, temos as nossas próprias
bondades, sorrindo para o mundo da maneira mais bela que sabemos.”
Somos um balão de emoções em um
mundo de alfinete
Somos um balão de emoções em um mundo de alfinetes. Tornamo-nos,
muitas vezes, em emoções e sentimentos. Eles nos moldam, nos caracterizam e, ao
mesmo tempo, fazem-nos pagar um preço alto.
Nossas preocupações, emoções e nosso modo de sentir inflam nosso
balão. Depois, há os pinos, que estouram o nosso mundo e espalham nossas
emoções, causando explosões que provocam, muitas vezes, uma ruptura traumática
e irreparável.
Felizmente isso começou a mudar
e o nosso lado emocional é cada vez mais valorizado e, acima de tudo, mais
cuidado. Isso nos ajuda a aumentar nosso crescimento e, assim, validar o nosso
mundo interior.
Ser uma pessoa sensível e
generosa, a chave para a felicidade
De acordo com um estudo
publicado na revista Emotion, atos de
generosidade e sensibilidade para com os outros nos faz sentir-nos melhor.
Katherine Nelson, especialista e autora do estudo, afirma que:
"Quando cuidamos apenas de nós mesmos, não encontramos qualquer melhoria
em nossas emoções."
Ela afirmou que esperava que os
resultados de seu estudo mostrassem que os comportamentos pró-sociais fizessem
as pessoas se sentirem mais positivas e satisfeitas. No entanto, ficou surpresa
ao ver "quando nós cuidamos apenas de nós mesmos, não encontramos qualquer
melhoria nas emoções positivas ou negativas, nem plenitude psicológica.
Isto é muito importante, pois muitas vezes as pessoas são
encorajadas a dar-se presentes para se sentirem melhor, mas os resultados do
estudo sugerem que o melhor que podemos fazer é agradar alguém.
Assim, como já dissemos, fazer alguma coisa para os outros nos
permite sentir-nos melhor, mais felizes e realizados. Ser uma pessoa sensível,
conectar-se e ter empatia com aqueles que te rodeiam, abre um mundo maravilhoso
de boas emoções e sentimentos bonitos.
“Bondade é vista e sentida nos olhares limpos, atos sinceros.”
Assim, ao nos concentrarmos no
bem-estar dos outros, podemos melhorar como indivíduos e termos a oportunidade
de explorar nossos corações, curando feridas que em algum momento nos
machucaram.
Porque se há algo que nos faz melhorar e escalar melhor a nossa
montanha, é a bondade. Porque ser uma boa pessoa é o único investimento que
nunca dá errado e sempre enriquece a si mesmo e ao mundo.
A palavra preconceito significa
uma ação ou efeito de julgar alguém sem razão objetiva ou de forma antecipada .
Existe vários tipos de
preconceito racial ,cultural ,social ,visual/físico ,religioso e sexual .
O preconceito quase sempre se
da por não conhecer muito o tema e com argumentos pequenos e vazios que são
massivamente divulgados na mídia e fazem com que os outros acreditem que são a
pura verdade .
Nesse caso o vídeo fala sobre
as diferenças entre homens e mulheres (o que concerne atividades domésticas
,roupas e brinquedos )
Aqui não se está discutindo
ideologia de gênero (que dependendo da forma que é divulgada é péssimo para a
sociedade )
Está mais se tratando sobre pessoas que precisam ser respeitadas,
amadas, independente de muitas vezes nós não concordarmos com algumas práticas
ou atitudes.
Se não se estiver prejudicando o direito de ir e vir ou nos constrangendo.
Que cada um possa ser feliz da maneira que acredita ser melhor .
Nosso papel é ser tolerantes ,respeitosos e boicotar qualquer
tipo de preconceito velado ou aberto e ser contra qualquer tipo de violência .
Uma
criança nasce sem qualquer conhecimento, sem qualquer consciência de seu
próprio eu. E quando uma criança nasce a primeira coisa da qual ela se torna
consciente não é ela mesma; a primeira coisa da qual ela se torna consciente é
o outro. Isso é natural, porque os olhos se abrem para fora, as mãos tocam os
outros, os ouvidos escutam os outros, a língua saboreia a comida e o nariz
cheira o exterior. Todos esses sentidos abrem-se para fora. O nascimento é
isso.
Nascimento
significa vir a esse mundo: o mundo exterior. Assim, quando uma criança nasce,
ela nasce nesse mundo. Ela abre os olhos e vê os outros. O outro significa o tu.
Ela primeiro se torna consciente da
mãe. Então, pouco a pouco, ela se torna consciente de seu próprio corpo. Esse
também é o 'outro', também pertence ao mundo. Ela está com fome e passa a
sentir o corpo; quando sua necessidade é satisfeita, ela esquece o corpo. É
dessa maneira que a criança cresce.
Primeiro ela se torna
consciente do você, do tu, do outro, e então, pouco a pouco, contrastando com
você, com tu, ela se torna consciente de si mesma.
Essa consciência é
uma consciência refletida. Ela não está consciente de quem ela é. Ela está
simplesmente consciente da mãe e do que ela pensa a seu respeito. Se a mãe
sorri, se a mãe aprecia a criança, se diz 'você é bonita', se ela a abraça e a
beija, a criança sente-se bem a respeito de si mesma. Assim, um ego começa a
nascer.
Através da apreciação,
do amor, do cuidado, ela sente que é ela boa, ela sente que tem valor, ela
sente que tem importância. Um centro está nascendo. Mas esse centro é um centro
refletido. Ele não é o ser verdadeiro. A
criança não sabe quem ela é; ela simplesmente sabe o que os outros pensa a seu
respeito.
E esse é o ego: o reflexo, aquilo que
os outros pensam. Se ninguém pensa que ela tem alguma utilidade, se ninguém a
aprecia, se ninguém lhe sorri, então, também, um ego nasce - um ego doente,
triste, rejeitado, como uma ferida, sentindo-se inferior, sem valor. Isso
também é ego. Isso também é um reflexo.
Primeiro a mãe. A mãe, no início, significa o
mundo. Depois os outros se juntarão à mãe, e o mundo irá crescendo. E quanto
mais o mundo cresce, mais complexo o ego se torna, porque muitas opiniões dos
outros são refletidas.
O ego é um fenômeno
cumulativo, um subproduto do viver com os outros. Se uma criança vive totalmente sozinha, ela nunca
chegará a desenvolver um ego. Mas isso não vai ajudar. Ela permanecerá como um
animal. Isso não significa que ela virá a conhecer o seu verdadeiro eu, não.
O verdadeiro só pode ser conhecido através do
falso, portanto, o ego é uma necessidade. Temos que passar por ele. Ele é uma
disciplina. O verdadeiro só pode ser conhecido através da ilusão. Você não pode
conhecer a verdade diretamente. Primeiro você tem que conhecer aquilo que não é
verdadeiro.
Primeiro você tem que encontrar
o falso. Através desse encontro, você se torna capaz de conhecer a verdade. Se
você conhece o falso como falso, a verdade nascerá em você.
O ego é uma necessidade; é uma
necessidade social, é um subproduto social. A sociedade significa tudo o que
está ao seu redor, não você, mas tudo aquilo que o rodeia. Tudo, menos você, é
a sociedade. E todos refletem. Você irá à escola e o professor refletirá quem
você é. Você fará amizade com as outras crianças e elas refletirão quem você é.
Pouco a pouco, todos estarão
adicionando algo ao seu ego, e todos estarão tentando modificá-lo, de modo que
você não se torne um problema para a sociedade. Eles não estão
interessados em você. Eles estão interessados na sociedade. A sociedade está
interessada nela mesma, e é assim que deveria ser. Eles não estão
interessados no fato de que você deveria se tornar um conhecedor de si mesmo.
Interessa-lhes que você se torne uma peça eficiente no mecanismo da sociedade.
Você deveria ajustar-se ao padrão.
Assim, estão interessados em
dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Ensinam-lhe a moralidade. Moralidade
significa dar-lhe um ego que se ajuste à sociedade. Se você for imoral, você
será sempre um desajustado em um lugar ou outro...
Moralidade significa simplesmente que você
deve se ajustar à sociedade. Se a sociedade estiver em guerra, a moralidade
muda. Se a sociedade estiver em paz, existe uma moralidade diferente. A
moralidade é uma política social. É diplomacia. E toda criança deve ser educada
de tal forma que ela se ajuste à sociedade; e isso é tudo, porque a sociedade
está interessada em membros eficientes. A sociedade não está interessada no
fato de que você deveria chegar ao auto-conhecimento.
A
sociedade cria um ego porque o ego pode ser controlado e manipulado. O eu nunca
pode ser controlado e manipulado. Nunca se ouviu dizer que a sociedade
estivesse controlando o eu - não é possível.
E a criança necessita de um centro; a
criança está absolutamente inconsciente de seu próprio centro. A sociedade lhe
dá um centro e a criança pouco a pouco fica convencida de que esse é o seu
centro, o ego dado pela sociedade. Uma criança volta
para casa. Se ela foi o primeiro lugar de sua sala, a família inteira fica
feliz. Você a abraça e beija; você a coloca sobre os ombros e começa a dançar e
diz 'que linda criança! você é um motivo de orgulho para nós.' Você está dando
um ego para ela, um ego sutil.
E se
a criança chega em casa abatida, fracassada, foi um fiasco na sala - ela não
passou de ano ou tirou o último lugar, então ninguém a aprecia e a criança se
sente rejeitada. Ela tentará com mais afinco na próxima vez, porque o centro se
sente abalado.
O ego está sempre abalado, sempre à
procura de alimento, de alguém que o aprecie. E é por isso que você está
continuamente pedindo atenção.
Você obtém dos outros a idéia
de quem você é. Não é uma experiência direta.
É dos outros que você obtém a idéia de quem
você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o
centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de
ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele.
Assim, você tem dois centros. Um centro com o
qual você vem que lhe é dado pela própria existência. Esse é o eu. E o outro
centro, que é criado pela sociedade - o ego. Esse é algo falso - é um grande
truque. Através do ego a sociedade está controlando você. Você tem que se
comportar de uma certa maneira, porque somente assim a sociedade irá
apreciá-lo.
Você
tem que caminhar de uma certa maneira; você tem que rir de uma certa maneira;
você tem que seguir determinadas condutas, uma moralidade, um código. Somente
assim a sociedade o apreciará, e se ela não o fizer, o seu ego ficará abalado.
E quando o ego fica abalado, você já não sabe onde está, você já não sabe quem
você é.
Os outros deram-lhe a idéia. E
essa idéia é o ego. Tente entendê-lo o mais profundamente possível, porque ele
tem que ser jogado fora. E a não ser que você o jogue fora, nunca será capaz de
alcançar o eu. Por estar viciado no falso centro, você
não pode se mover, e você não pode olhar para o eu.
E lembre-se: vai haver um período
intermediário, um intervalo, quando o ego estará se despedaçando, quando você
não saberá quem você é, quando você não saberá para onde está indo; quando
todos os limites se dissolverão. Você estará simplesmente confuso, um caos.
Devido a esse caos, você tem
medo de perder o ego. Mas tem que ser assim. Temos que passar através do caos
antes de atingir o centro verdadeiro. E se você for ousado, o período será
curto. Se você for medroso e novamente cair no ego, e novamente começar a
ajeitá-lo, então, o período pode ser muito, muito longo; muitas vidas podem ser
desperdiçadas...
Até
mesmo o fato de ser infeliz lhe dá a sensação de "eu sou".
Afastando-se do que é conhecido, o medo toma conta; você começa sentir medo da
escuridão e do caos - porque a sociedade conseguiu clarear uma pequena parte de
seu ser...
É o
mesmo que penetrar numa floresta. Você faz uma pequena clareira, você limpa um
pedaço de terra, você faz um cercado, você faz uma pequena cabana; você faz um
pequeno jardim, um gramado, e você sente-se bem. Além de sua cerca - a
floresta, a selva. Mas aqui dentro tudo está bem: você planejou tudo.
Foi assim que aconteceu.
A sociedade abriu uma pequena clareira em sua consciência. Ela limpou apenas
uma pequena parte completamente, e cercou-a. Tudo está bem ali. Todas as suas
universidades estão fazendo isso. Toda a cultura e todo o condicionamento visam
apenas limpar uma parte, para que ali você possa se sentir em casa. E então você passa
a sentir medo. Além da cerca existe perigo. Além da cerca você
é, tal como você é dentro da cerca - e sua mente consciente é apenas uma
parte, um décimo de todo o seu ser. Nove décimos estão aguardando no escuro. E
dentro desses nove décimos, em algum lugar, o seu centro verdadeiro está
oculto. Precisamos ser
ousados, corajosos. Precisamos dar um passo para o desconhecido.
Por um certo tempo, todos os
limite ficarão perdidos. Por um certo tempo, você vai se sentir atordoado. Por
um certo tempo, você vai se sentir muito amedrontado e abalado, como se tivesse
havido um terremoto.
Mas se você for corajoso e não
voltar para trás, se você não voltar a cair no ego, mas for sempre em frente,
existe um centro oculto dentro de você, um centro que você tem carregado por
muitas vidas. Esse centro é a sua alma, o eu.
Uma vez que você se aproxime dele, tudo muda,
tudo volta a se assentar novamente. Mas agora esse assentamento não é feito
pela sociedade. Agora, tudo se torna um cosmos e não um caos, nasce uma nova
ordem. Mas essa não é a ordem da sociedade - essa é a própria ordem da
existência.
É o
que Buda chama de Dhamma, Lao Tzu chama de Tao, Heráclito chama de Logos. Não é
feita pelo homem. É a própria ordem da existência. Então, de repente tudo volta
a ficar belo, e pela primeira vez, realmente belo, porque as coisas feitas pelo
homem não podem ser belas. No máximo você pode esconder a feiúra delas, isso é
tudo. Você pode enfeitá-las, mas elas nunca podem ser belas...
O ego
tem uma certa qualidade: a de que ele está morto. Ele é de plástico. E é muito
fácil obtê-lo, porque os outros o dão a você. Você não precisa procurar por
ele; a busca não é necessária. Por isso, a menos que você se torne um buscador
à procura do desconhecido, você ainda não terá se tornado um indivíduo. Você é
simplesmente mais um na multidão. Você é apenas uma turba. Se você não tem um
centro autêntico, como pode ser um indivíduo?
O ego não é individual. O ego é um fenômeno
social - ele é a sociedade, não é você. Mas ele lhe dá um papel na sociedade,
uma posição na sociedade. E se você ficar satisfeito com ele, você perderá toda
a oportunidade de encontrar o eu. E por isso você é tão infeliz. Como você pode
ser feliz com uma vida de plástico? Como você pode estar em êxtase ser
bem-aventurado com uma vida falsa?
E esse ego cria muitos
tormentos. O ego é o inferno. Sempre que você estiver sofrendo, tente
simplesmente observar e analisar, e você descobrirá que, em algum lugar, o ego
é a causa do sofrimento. E o ego segue encontrando motivos para sofrer...
E assim as pessoas se tornam
dependentes, umas das outras. É uma profunda escravidão. O ego tem que ser um
escravo. Ele depende dos outros. E somente uma pessoa que não tenha ego é, pela
primeira vez, um mestre; ele deixa de ser um escravo.
Tente entender isso. E
comece a procurar o ego - não nos outros, isso não é da sua conta, mas em você.
Toda vez que se sentir infeliz, imediatamente feche os olhos e tente descobrir
de onde a infelicidade está vindo, e você sempre descobrirá que o falso centro
entrou em choque com alguém.
Você esperava algo e isso não
aconteceu. Você espera algo e justamente o contrário aconteceu - seu ego fica
estremecido, você fica infeliz. Simplesmente olhe, sempre que estiver infeliz,
tente descobrir a razão. As causas não estão
fora de você. A causa básica está
dentro de você - mas você sempre olha para fora, você sempre pergunta: 'Quem está me tornando
infeliz?' 'Quem está causando a minha raiva?' 'Quem está causando a minha
angústia?'
Se você olhar para fora, você não perceberá.
Simplesmente feche os olhos e sempre olhe para dentro. A origem de toda a
infelicidade, da raiva e da angústia, está oculta dentro de você, é o seu ego.
E se você encontrar a origem,
será fácil ir além dela. Se você puder ver que é o seu próprio ego que lhe
causa problemas, você vai preferir abandoná-lo - porque ninguém é capaz de
carregar a origem da infelicidade, uma vez que a tenha entendido.
Mas lembre-se, não há necessidade de
abandonar o ego. Você não o pode abandonar. E se você tentar abandoná-lo,
simplesmente estará conseguindo um outro ego mais sutil, que diz: 'tornei-me
humilde'...
Todo o caminho em direção ao divino, ao
supremo, tem que passar através desse território do ego. O falso tem que ser
entendido como falso. A origem da miséria tem que ser entendida como a origem
da miséria - então ela simplesmente desaparece. Quando você sabe que ele é o
veneno, ele desaparece. Quando você sabe que ele é o fogo, ele desaparece.
Quando você sabe que esse é o inferno, ele desaparece.
E então você nunca diz: 'eu abandonei o ego'. Você simplesmente irá rir de toda
essa história, dessa piada, pois você era o criador de toda essa
infelicidade...
É difícil ver o próprio ego. É
muito fácil ver o ego nos outros. Mas esse não é o ponto, você não os pode
ajudar. Tente ver o seu
próprio ego. Simplesmente o observe. Não tenha pressa em
abandoná-lo, simplesmente o observe. Quanto mais você observa, mais capaz você
se torna. De repente, um dia, você simplesmente percebe que ele desapareceu.
E quando ele desaparece por si mesmo, somente
então ele realmente desaparece. Porque não existe outra maneira. Você não pode
abandoná-lo antes do tempo. Ele cai exatamente como uma folha seca.
Quando você tiver amadurecido através da
compreensão, da consciência, e tiver sentido com totalidade que o ego é a causa
de toda a sua infelicidade, um dia você simplesmente vê a folha seca caindo...
e então o verdadeiro centro surge.
E esse centro verdadeiro é a alma, o eu, o deus, a verdade, ou como
quiser chamá-lo. Você pode lhe dar qualquer nome, aquele que preferir."
Esse sentimento é tão
importante porque alerta sobre algo que não vai bem. E não só no físico mas
também no emocional
Um plantão de 24 horas num
final de semana em um pronto-socorro municipal é garantia de fortes emoções.
Estudante de medicina, eu participava desse treinamento com satisfação, pois
era certeza de bons a prendizados, além das tais emoções. Os acadêmicos eram
responsáveis pela recepção dos pacientes, pela triagem e encaminhamento aos
médicos e por realizar tratamentos padronizados, como suturas, além de atender
mulheres com fortes enxaquecas, homens com dores no peito, crianças com asma, e
até bêbados que mal se aguentavam em pé, entre outros trabalhos. E havia também
os casos curiosos, como o pescador que engoliu um peixe enquanto nadava no rio
e este ficou entalado em sua garganta, mexendo-se freneticamente.
Ou o
garoto que enfiou uma ervilha no ouvido e não contou para ninguém até surgir
uma inflamação. Independentemente da especialidade que seguiriam depois, os professores recomendavam aos alunos que não
perdessem a oportunidade dessa formação em medicina de urgência. Trabalhar em
um pronto-so corro requer, além de conhecimento técnico, velocidade de reação,
espírito de equipe, resistência física e um bom estômago.
Das experiências que
colecionei, muitas me marcaram. Mas uma em particular me ensinou muito mais do
que medicina. Foi uma lição de vida. Era o cair da tarde de um sábado frio em
Curitiba, daqueles que combinam com pinhão na brasa e vinho quente com gemada.
Eu estava com colegas na
calçada em frente à porta de recepção, para onde são encaminhadas as
emergências, quando de um carro desceu apressado um casal com um garoto
embrulhado em um cobertor. O menino parecia bem. Já o casal estava bastante
alterado.
Eu e um colega os atendemos enquanto um
terceiro ia buscar uma maca de rodas. “Ele
se queimou, se queimou...”, dizia o pai. Quando lhe perguntei onde era a
queimadura, ele apontou as nádegas, dizendo que o menino havia se sentado sobre
a chapa quente de um fogão a lenha. Esse tipo de fogão é comum nas cidades
frias do Sul, e, com frequência, serve para aquecer a casa, não só para
cozinhar. Empurrando a maca, eu e meus colegas nos olhávamos com
algum espanto; não pela reação dos pais em desespero, mas pela calma do garoto,
que não parecia demonstrar nenhuma dor.
Quando perguntei seu nome, ele
reagiu como se estivesse se divertindo com todo aquele agito. Ficamos
tranquilos, achando que havia um exagero histérico por parte dos pais.
Mas a impressão se desfez
quando colocamos o menino na maca de exame e tiramos os panos que o envolviam.
A queimadura era séria, muito séria. A tal ponto de não ousarmos tratá-la sem
chamar um dos professores de plantão.
O garoto acabou sendo levado
para o centro cirúrgico, pois havia tecido morto a remover, infecção a evitar,
e era evidente que depois ele precisaria de um transplante de pele. Ele tinha
uma queimadura de terceiro grau nos glúteos e em uma boa parte das coxas
posteriores.
Qualquer um estaria gritando ou desfalecido. Como podia ele
estar calmo, como se nada sentisse? Depois de mandá-lo para o centro cirúrgico,
o professor nos chamou para conversar. “O que vocês acabaram de
ver é um caso raro de Síndrome de Riley-Day.” Como nenhum de nós
tinha ouvido falar de tal síndrome, ele nos explicou tratar-se de uma anomalia
genética rara; nela, o portador tem uma desordem neurológica que afeta os
neurônios sensoriais. “Ele não sente dor, e essa é sua desgraça”,
filosofou.
Eu nunca tinha pensado dessa forma. Jamais me
ocorrera que não sentir dor poderia ser uma desgraça. Sempre achei que isso era
bom. O professor colocou o fato na perspectiva correta. Aquele menino sentou
sobre uma chapa quente e não tinha como sentir a dor salvadora que faria com
que ele imediatamente saísse daquela fonte de calor intenso. A consequência foi
uma lesão que marcaria seu corpo para sempre. Definitivamente, a dor é uma bênção.
Não senti-la é uma maldição.
Nunca mais soube daquele
pacientezinho curitibano. Torço para que ele tenha encontrado uma maneira de
conviver com sua síndrome e que tenha levado uma vida razoavelmente normal. Mas
nunca me esqueci dele, e costumo me lembrar daquele sábado em situações
em que a dor me acomete, principalmente quando essa dor não é física.
Quando o que dói é a alma.
Assim como a dor física funciona como um alerta e provoca uma
reação imediata, as dores emocionais, como a angústia, a tristeza, a raiva,
também servem para nos dizer que algo não vai bem, e que temos que sair de cima
da chapa quente.
A pergunta é: por que demoramos mais para reagir às dores
psicológicas? Em uma ocasião, levei meses para perceber que uma ansiedade
imensa que me preenchia o peito tinha causa conhecida e bem sabida: uma relação
daquelas bem destrutivas, recheadas de ciúmes, desconfianças, discussões sem
fim. Só eu parecia não saber.
Na verdade eu me negava a
reconhecer que aquele sofrimento todo não justificava os possíveis bons
momentos. A relação era desastrosa e não era possível continuar assim. Nada
contra a pessoa. O problema era a relação em si. Em geral, as chapas quentes
das dores emocionais são as relações. E não estou falando só de relações entre
casais. Também entram nessa lista as relações entre colegas no trabalho,
entre amigos do grupo, parentes e o que tem maior potencial de causar uma dor
que não é detectada: o trabalho.
O número de pessoas frustradas
com seu trabalho ou sua profissão não é pequeno, o que nos leva a perguntar por
que elas não mudam de atividade, ou de local de trabalho. Será que não percebem
que é dali que vem a causa de sua infelicidade? Será que acham que a vida é
assim mesmo?
Que as coisas vão melhorar, basta ter paciência? A tal síndrome
da falta de dor me ensinou que não podemos fingir que a dor não existe, que ela
é um alarme, e que, se ela é natural, não precisa ser normal.
Devemos combatê-la. Mas cuidado: analgésicos ajudam, porém são
remédios sintomáticos, não eliminam as causas. Às vezes é preciso ir mais
fundo, pesquisar com coragem, não negar as evidências, cortar, purgar, extrair,
e também se permitir chorar um pouco.
Todos nós somos livres de nossas ações, mas não das
consequências Um gesto, uma palavra ou uma má
ação sempre causam um impacto mais ou menos visível, e acredite ou não, o tempo
é um juiz muito sábio. Apesar de não decidir imediatamente, sempre dá razão a
quem a tem.
O famoso psicólogo e pesquisador Howard Gardner, por exemplo,
nos surpreendeu recentemente com um dos seus raciocínios: "uma má pessoa
nunca se torna um bom profissional." Para o "pai das inteligências
múltiplas", alguém guiado apenas pelo autointeresse não alcança a
excelência, e esta é uma realidade muitas vezes revelada no espelho do tempo.
“Cada um colhe o que planta, e enquanto muitos são livres de
suas ações, não são das consequências, porque, mais cedo ou mais tarde, o juiz
chamado tempo dará razão a quem realmente a tem.”
É importante ter em conta que
tais semelhanças, como um tom de voz desdenhoso ou uso excessivo de piadas e
ironias na linguagem, muitas vezes têm consequências graves no mundo emocional
e pessoal das vítimas dessas ações. Não ser capaz de assumir a responsabilidade
por tais atos responde à falta de maturidade que, mais cedo ou mais tarde, traz
consequências.
Te convidamos a refletir sobre
isso.
Tempo, esse juiz tão sábio
Tomemos um exemplo: um pai
educando severamente seus filhos e com ausência de afeto. Sabemos que o estilo de criação e educação terá consequências, no
entanto, o pior de tudo é que esse pai procura, com essas ações, oferecer
pessoas fortes ao mundo e com uma determinada conduta. No entanto,
provavelmente terá algo muito diferente do que pretendia: infelicidade, medo e
baixa autoestima.
Ao longo do tempo, essas
crianças já adultas tomarão a sua decisão: ficar longe ou evitar o pai, algo
que talvez essa pessoa não chegue a entender. A razão para isso é que muitas
vezes as pessoas que causam dano "não se sentem responsáveis por suas
ações", carecem de proximidade emocional adequada e preferem fazer uso da
culpa (meus filhos são ingratos, não me amam).
Uma maneira básica e essencial
para manter em mente que qualquer ato, ainda que pequeno, tem consequências, é
usar o que é conhecido como "responsabilidade plena".
Ser responsável significa não só assumir a culpa por nossas
ações, mas entender que temos uma obrigada capacidade de resposta para os
outros, que a maturidade humana nos faz responsáveis por cada uma de nossas
palavras, ações ou pensamentos que geramos para promover o nosso bem-estar e
dos demais.
Responsabilidade, um ato de coragem
Entender que, por exemplo, a
solidão agora é uma consequência de uma má ação do passado é certamente uma boa
maneira de descobrir que estamos todos unidos por um fio muito fino no qual um
movimento negativo ou perturbador, traz como consequência o rompimento desse
fio. Desse vínculo.
“Certifique-se de que suas ações falam mais alto do que suas
palavras, que sua responsabilidade é o reflexo de uma alma; para isso, tente
sempre ter bons pensamentos. Então, não se esqueça de que o tempo vai tratá-lo
como merece.”
É necessário notar que somos
"donos" de grande parte de nossas circunstâncias de vida, e que uma
forma de promover o nosso bem-estar e daqueles que nos rodeiam é através da
responsabilidade pessoal: um ato de coragem que convidamos você a implementar
através destes princípio simples.
Chaves para nos tornarmos conscientes de nossa responsabilidade
O primeiro passo para nos
tornarmos conscientes da "responsabilidade plena" é abandonar nossas
ilhas de recolhimento nas quais se concentra muito do que acontece no exterior
com base nas nossas necessidades. Assim, esta série de construções também são
adequadas para as crianças. Através delas, podemos ensiná-las que as suas ações
têm consequências.
O que você pensa o que
expressa, o que faz, o que cala. Toda nossa pessoa gera um tipo de linguagem e
um impacto sobre os outros, a ponto de criar uma emocionalidade positiva ou negativa.
Temos de ser capazes de intuir e acima de tudo, empatizar com a pessoa a nossa
frente.
Antecipe as consequências das
suas ações: seja o seu próprio juiz. Com isto não estamos nos referindo a cair
em uma espécie de "autocontrole", pelo qual nos tornamos nossos
próprios executores antes de ter dito ou feito algo. É apenas tentar antecipar
o impacto que pode ter uma determinada ação sobre os outros e,
consequentemente, também em si mesmo.
Ser responsável significa
compreender que não somos "livres" em tudo. A pessoa que vê nenhum limite em suas ações, desejos e necessidades,
praticar a libertinagem que, mais cedo ou mais tarde, também tem consequências.
É interessante tentar promover a liberdade e o crescimento de outras pessoas,
alimentando, assim, um ciclo de enriquecimento mútuo.
Música da cantora Vera Lúcia se chama "Eu Não Ligo
Não"
Esta composição nos ensina que
a beleza está dentro da gente e esta beleza estética e física não
é sinal de de pessoas felizes .
Muitas vezes está beleza coloca no coração uma amargura é uma
busca desenfreada por um corpo perfeito.
Fora que este tipo popular que são os belos, são os maiores
causadores de Bullying nas escolas .
As pessoas consideradas feias
esteticamente, na realidade são as mais inteligentes, confiáveis, amigas,
divertidas e tem um lindo coração que para mim é o mais importante.
Sua influência no caminho
de outras pessoas é muito maior do que você consegue imaginar
Estamos
muito próximos. Há incontáveis pessoas nos acompanhando, vendo quase tudo o que
fazemos. Somos exemplo, somos referência, com certeza. Não há como escapar
disso.
As pessoas sentem onde nossa mente está
posicionada apenas pelo nosso olhar, pelo corpo, a cada microexpressão, a cada
direcionamento que tomamos na vida, mesmo aqueles que levam anos. Se nos prendemos
a trabalhos pouco benéficos ou a relações controladoras, é isso que elas ouvem:
“Ok se eu me prender, o outro também vive assim...”
Sem
querer, estamos reforçando jogos aflitivos e visões limitadas que em breve
farão pessoas queridas realmente se estreparem. Esse processo acontece a cada encontro e termina por constituir toda
uma cultura em que ações negativas se tornam cada vez mais naturais. Qual
mente, qual vida, qual olhar estamos oferecendo o tempo todo por aí?
Em
uma pesquisa recente, um time liderado pela cientista política Rose McDermott
constatou que a probabilidade de um indivíduo se divorciar aumenta em 75%
quando ele se relaciona com alguém que está passando ou passou por uma
separação. Por que não aproveitamos o
mesmo processo no âmbito do florescimento humano? Se você começar a parar,
silenciar e treinar clareza e compaixão, todos ao redor serão impactados. Se
você sair por um mês para um retiro no meio da mata para aprender a equilibrar
o brilho no olho sem depender de algum acontecimento, essa possibilidade se
abrirá um pouco mais aos outros.
Não é uma questão de se policiar ou passar uma
boa imagem, mas de entender que cada aflição que nos surge não tem nada a ver com
a história pessoal que parece ser sua causa: é uma estrutura coletiva que já
causou e vai causar muita dor. Então precisamos atravessar, liberar, sorrir
dentro das experiências mais doloridas. Estalar os dedos, acordar, quebrar o
ciclo de reatividade — não só por nós, mas por todas as pessoas.
Se
você já encontrou métodos de transformação refinados há séculos por grandes
praticantes, não finja que não é com você, não ache que esse trabalho sujo é
apenas para seres especiais, mulheres sábias e homens santos. Algumas pessoas próximas talvez nunca
tenham acesso a tais caminhos e professores, mas elas estão conectadas a você,
então admita sua responsabilidade de ser a ponte inicial. Isso não é motivo de
orgulho, assim como não faz sentido chamar de arrogante a pessoa que tem o
telefone dos bombeiros durante um incêndio — calhou de ela poder ajudar.
GUSTAVO GITTI trabalha em
espaços de transformação coletiva. Um deles é online: olugar.org