Grande alerta para a sociedade do Mimi
Nunca achei que um
macarrão de abobrinha fosse me deixar pensativo. Podem me chamar de doido desde
já mas pra ser sincero, nem foi o alimento em si, mas a atitude das pessoas em
relação a isso que me fez refletir sobre como somos seres que julgam,
discriminam e afastam o "diferente".
Compartilhei meu almoço no Snapchat (me adiciona lá:
joaobertonip) e recebi alguns comentários como "aff, vai comer
isso?", "que horror! Deus me livre", "você é louco, tem que
ter coragem!" que OK! eu entendo.
Como é possível existir
gente na geração fast-food (eu me incluo nela) ingerir alimentos verdes,
naturais, sem conservantes e não-transgênicos? Mas sério, vamos lá, agora para pra pensar: eu te obriguei a algo? Eu
apontei o dedo na sua cara e te mandei largar o hambúrguer, a batata frita ou o
miojo? Então calma, porque estamos tratando
como abominação algo que deveria ser normal também?
Juro que não estou chateado nem
nada, inclusive, muita gente querida veio brincar comigo e tem liberdade para
isso, mas o que quero que a gente reflita de vez em quando, é algo muito maior
do que viver em dieta ou não.
É se temos feito isso com quem é diferente da gente.
Seja em sexo, raça, religião, orientação sexual, jeito de ser. Como temos
lidado com o que nem sabemos o que é ou como é? Como temos lidado com o que nem
é da gente?
Sei lá, prometo que todo mundo
pode falar o que quiser da minha alimentação um pouco mais saudável do que a
maioria sem me chatear.
Mas o
que eu realmente me preocupo é: o que temos feito com as almas que são
diferentes de nós, mas incríveis lá fora? Eu tenho motivos para me
alimentar assim hoje. Você sabe quais são? Essa é a minha realidade, queira
você ou não.
Logo, todos temos uma história e que muitos não sabem, então não
merecemos julgamento algum por dedos alheios e ignorantes. PAREM DE QUERER
CONTROLAR TUDO! ACEITA QUE DÓI MENOS, MUITO OBRIGADO DESDE JÁ.
Texto escrito por João Bertoni
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