segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Falta de profissionais atrasa processo de inserção de Libras em escolas


 Projeto Escola Acessível, Caminhos para o Bilinguismo propõe
que até 2021 todas as escolas da rede municipal de Rio Branco
no Acre incluam a Língua Brasileira dos Sinais (Libras)

                 
      
    Das 86 escolas de ensino infantil do 1º a 5º ano de Rio Branco,
apenas 30 contam com profissionais de libras, segundo informações
do Departamento de Educação Especial do município. O processo de implantação começou em 2012, e ainda faltam 56 escolas terem
 acesso a esse tipo de ensino.

Joaquim Oliveira, gerente do departamento, informou que este é um
 projeto criado pela Secretaria Municipal de Educação (Seme) e o
Ministério Público do Acre (MP-AC) quando firmaram acordo através
 de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que a
 acessibilidade através da linguagem de sinais chegasse às escolas.

O projeto Escola Acessível, Caminhos para o Bilinguismo propõe
que até 2021 todas as escolas da rede municipal de Rio Branco
incluam a Língua Brasileira dos Sinais (Libras) em sua grade. O
G1 também entrou em contato com a Secretaria Estadual de
 Educação mas, até publicação desta reportagem, não obteve
 resposta sobre os dados no estado.

“Ao longo desses anos, a gente vem inserindo libras nas nossas
escolas. Agora tivemos algumas barreiras como a falta de
 profissionais com formação para atuar na área de libras”, explica
 Oliveira.

Além disso, o gerente diz que até 2016 a Seme conseguiu manter a
 inserção, colocando a cada ano certa quantidade de escolas no
 projeto, que funciona com oficinas de libras de 30 minutos, toda
semana, nas turmas das 30 escolas que já receberam os profissionais.

Mas, neste mesmo [2016] ano, segundo ressaltou o gestor,
foram abertos concursos no estado e em órgãos federais e muitos
profissionais foram contratados por esses, o que acabou prejudicando
 esse processo de inclusão, nos últimos três anos.

“E a gente está com essa pendência para aumentar a quantidade
 de escolas. A gente acredita que como outros setores abriram
 formação, vamos conseguir suprir as demandas”, acredita.

O responsável diz que a inserção não pode ser considerada uma
disciplina na grade curricular porque teria que alcançar 60 minutos
 de carga horária e o tempo disponível no momento é de 30 minutos.

“Rio Branco é pioneiro na área [de inclusão] no PCCR de 2015
do município foram incluídos seis cargos de educação especial.
Dentre eles, três das áreas de libras, com o tradutor intérprete,
professor bilíngue, professor de libras e outros profissionais
como o professor mediador, atendimento educacional
especializado”, conclui
 Oliveira.

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