segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Pesquisa inglesa reforça que a arte faz bem pra saúde



   Se você soubesse que o uso de música ao vivo em neonatais
a calma a frequência cardíaca de recém-nascidos e reduz
consideravelmente a sua estadia no hospital, consideraria que
 a arte é uma poderosa contribuição à saúde?

                           
Foi com o propósito de conscientizar o parlamento e a sociedade

 sobre o impacto que a arte pode trazer para a saúde que foi formado,
 em 2014, o Grupo Suprapartidário para Artes, Saúde e Bem-Estar
do Reino Unido. Em 2017, a comissão lançou um relatório de quase
100 páginas (em inglês) com pesquisas, análises e recomendações
 para melhorar as políticas e práticas públicas neste sentido.
O enigma era o seguinte: por que as artes na saúde e
 na assistência social são tão pouco apreciadas e postas em
prática se há tantas evidências de sua eficácia? O Grupo identificou
uma série de barreiras ao seu reconhecimento e adoção:

“As organizações com projetos de inserção na arte na saúde
 muitas vezes não fazem boas avaliações de impacto que
 demonstrem o retorno sobre o investimento.

Também é justo dizer que a retirada em grande escala do
 financiamento impediu genuinamente as
organizações de permanecerem disponíveis para apoiar serviços
de saúde e sociais.”

Se a realidade de investimento em arte e saúde parece cruel
no Reino Unido, aqui no Brasil o cenário é desanimador.
 Há poucos mecanismos de financiamento – entre eles,
a Lei Rouanet –, não há uma cultura forte de doações pessoais
 e a arte constantemente precisa provar seu valor.

Doutores da Alegria, que tem como atividade principal levar
 a arte de palhaços profissionais para crianças hospitalizadas,
tem conseguido manter suas atividades de forma equilibrada
 há 27 anos e figura entre as organizações com mais apoio e
 empatia da sociedade brasileira, além de reconhecimento
internacional. Um oásis tupiniquim.

“Os maiores desafios para os sistemas de saúde e de assistência
social vêm do envelhecimento da população e da prevalência de
 doenças para as quais não há curas óbvias.”
Neste sentido, a arte pode trazer uma contribuição significativa
 para lidar com estes desafios. Entre as recomendações do relatório
da comissão inglesa para incluir as artes na saúde pública estão
 a inserção do tema em cursos de Medicina ou Enfermagem e
de Artes, o financiamento de pesquisas sobre arte e saúde em
 conselhos de pesquisa e uma estratégia governamental para
implementar ações que incluam a arte em políticas públicas.

Parece um bom começo. E tem muitas iniciativas inspiradoras:
um hospital de Londres é certificado como museu por expor
diversas obras de arte – de quadros que se movem a esculturas
 contemporâneas.

No Canadá, o Museu de Artes Plásticas de Montreal já oferece
 ingressos a médicos, para que sejam repassados a seus pacientes
 como parte do tratamento de saúde. Aqui no Brasil, estamos
engatinhando.

  Retirado do link:

Nenhum comentário:

Postar um comentário