Se você soubesse que o uso de música ao
vivo em neonatais
a calma a frequência cardíaca de
recém-nascidos e reduz
consideravelmente a sua estadia no
hospital, consideraria que
a arte é uma poderosa contribuição à saúde?
Foi com o propósito de conscientizar o parlamento e a sociedade
sobre o impacto que a arte pode
trazer para a saúde que foi formado,
em 2014, o Grupo
Suprapartidário para Artes, Saúde e Bem-Estar
do Reino Unido. Em 2017, a comissão lançou um relatório de quase
100 páginas (em inglês) com pesquisas, análises e recomendações
para melhorar as políticas e
práticas públicas neste sentido.
O enigma era o seguinte: por que as artes na saúde e
O enigma era o seguinte: por que as artes na saúde e
na assistência social são tão
pouco apreciadas e postas em
prática se há tantas evidências de sua eficácia? O Grupo identificou
uma série de barreiras ao seu reconhecimento e adoção:
“As organizações com projetos de
inserção na arte na saúde
muitas vezes não fazem boas avaliações de
impacto que
demonstrem o retorno sobre o investimento.
Também é justo dizer que a retirada em
grande escala do
financiamento impediu genuinamente as
organizações de permanecerem
disponíveis para apoiar serviços
de saúde e sociais.”
Se a realidade de investimento em arte e saúde parece cruel
no Reino Unido, aqui no Brasil o cenário é desanimador.
Há poucos mecanismos de financiamento – entre eles,
a Lei Rouanet –, não há uma cultura forte de doações pessoais
e a arte constantemente precisa
provar seu valor.
Doutores da Alegria, que tem como
atividade principal levar
a arte de palhaços profissionais para crianças
hospitalizadas,
tem conseguido manter suas atividades
de forma equilibrada
há 27 anos e figura entre as organizações com
mais apoio e
empatia da sociedade brasileira, além de
reconhecimento
internacional. Um oásis
tupiniquim.
“Os maiores desafios para os sistemas de saúde e de assistência
social vêm do envelhecimento da população e da prevalência de
doenças para as quais não há
curas óbvias.”
Neste sentido, a arte pode trazer uma contribuição significativa
Neste sentido, a arte pode trazer uma contribuição significativa
para lidar com estes
desafios. Entre as recomendações do relatório
da comissão inglesa para incluir as artes na saúde pública estão
a inserção do tema em cursos de
Medicina ou Enfermagem e
de Artes, o financiamento de pesquisas sobre arte e saúde em
conselhos de pesquisa e uma
estratégia governamental para
implementar ações que incluam a arte em políticas públicas.
Parece um bom começo. E tem muitas iniciativas inspiradoras:
um hospital de Londres é certificado como museu por expor
diversas obras de arte – de quadros que se movem a esculturas
contemporâneas.
No Canadá, o Museu de Artes Plásticas de Montreal já oferece
ingressos a médicos, para que
sejam repassados a seus pacientes
como parte do tratamento de
saúde. Aqui no Brasil, estamos
engatinhando.
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