Famoso por sua
versatilidade, o ator e comediante Jim
Carrey falou sobre sua depressão e a luta constante contra a
doença, que atinge cerca de 350 milhões de pessoas no mundo, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS)
O ator revelou o diagnóstico em 2004, durante uma entrevista à rede norte-americana CBS News, e chegou a dizer que a doença tem fases mais amenas e outras difíceis: "Há picos e vales, mas eles são sempre cavados e suavizados para que você sinta um permanente desespero e fique sem respostas, mesmo que viva bem", disse na época.
O ator ainda chegou a
abordar a capacidade de mascarar a condição: "Você consegue sorrir quando
está no trabalho, mas continua em um baixo nível de aflição.”
Como o paciente se sente: ator
descreve
Após anos sem falar sobre o assunto, Jim o retomou
em uma entrevista ao site britânico I News. Nela, o ator diz que
"às vezes, é feliz" e explica que a depressão vai e volta, mas agora
ele aprendeu a conviver e enfrentá-la.
"Neste momento,
eu não tenho depressão. Não há uma experiência de depressão. Eu tive isso por
anos, mas, agora, quando a chuva vem, chove, mas passa. Ela não fica mais o
suficiente para me deixar imerso e me afogar", descreveu.
A declaração do ator resume de maneira exata como a
depressão se apresenta e ainda ressalta aspectos importantes da doença:
Depressão não é constante
Diferente do senso comum, ter depressão não é se
sentir desanimado e desesperançoso o tempo todo, visto que a presença e
intensidade dos sintomas variam. Todavia, o que diferencia a tristeza comum da
depressão é a duração dos sinais.
“O problema começa quando o sentimento debilita a
qualidade de vida do doente, se manifestando durante a maior parte do dia,
quase diariamente, por um período de duas semanas, no mínimo”, explica o
psiquiatra Antônio Geraldo da Silva, superintendente técnico da Associação
Brasileira de Psiquiatria.
Aflição permanente
Em alguns casos,
mesmo nos momentos em que os sintomas estão amenos, há uma constante sensação
de que algo não está como deveria, a qual pode ser comparada a sentimentos como
aflição, agonia e até angústia.
Comportamento "normal" para
outras pessoas
Ainda existe o esteriótipo
de que ter depressão é passar o dia na cama, sendo que grande parte das pessoas
que convivem com a doença podem trabalhar e estudar "normalmente",
até mesmo aparentarem felicidade. Jim Carrey é um exemplo disso, já que
continuou a trabalhar e até a manter o característico
senso de humor em público, mesmo
com depressão.
Apesar disso, existem, sim, pacientes que interrompem integralmente suas
atividades diárias, já que o problema pode ser manifestado de diferentes
formas.
A busca por informações é a principal tarefa para identificar sinais de
depressão menos óbvios e buscar ajuda para si ou outras pessoas.
É controlável
A depressão do ator Jim Carrey mostra que o tratamento
adequado pode controlar a doença,
recuperar a qualidade de vida e
evitar recidivas, uma vez que o paciente aprende a identificar e lidar com os
sinais.
O primeiro passo é buscar auxílio
médico. Se o quadro for confirmado, podem ser adotados medicamentos
antidepressivos. A terapia com psicólogo e a prática de atividades físicas
também são indicados.
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