segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Bullying na escola está ligado à má relação familiar, diz estudo


  O bullying é um problema social mundial que acontece, na maioria das vezes, com crianças e dentro do ambiente escolar. O que quase ninguém sabe é que as relações familiares podem influenciar diretamente no envolvimento de estudantes com o bullying

           
Uma pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP apontou as relações ruins dentro de casa como um dos fatores que afetam o comportamento das crianças e adolescentes dentro da sala de aula.
Segundo o psicólogo Wanderlei Abadio de Oliveira, pesquisador responsável pelo estudo, tanto as crianças que sofrem bullying quanto as que praticam têm histórico de más relações familiares.
“Essas relações são marcadas pela falta de diálogo saudável e de envolvimento emocional. Também está presente nessas famílias a má relação conjugal entre os pais/cuidadores e, ainda, as punições físicas exercidas pelos pais/cuidadores.”

O exemplo vem de casa

A pesquisa foi feita com 2.354 estudantes com idade entre 10 e 19 anos de escolas públicas de Uberaba, Minas Gerais. Oliveira aplicou questionários para identificar a qualidade da interação familiar e a ligação com situações de bullying na escola.
Os resultados mostraram que os estudantes sem envolvimento com o bullying tinham melhores interações familiares, demonstradas pelo cuidado, afeto e boa comunicação com os pais que, por sua vez, mantinham boa relação conjugal. Além disso, os pais desses estudantes estabeleciam regras dentro de casa, como também supervisionavam seus filhos, sabendo onde eles estavam nos tempos livres.
De acordo com o pesquisador, as famílias dos estudantes envolvidos com bullying são consideradas menos funcionais. Isso quer dizer que elas não colaboram com o crescimento dos sentimentos positivos, não realizam boa comunicação entre os moradores da casa, assim como não auxiliam nas tomadas de decisões de forma saudável, ou seja, tendo como base a troca de ideias de forma conjunta ao invés da imposição. “No caso das vítimas, essas crianças não pedem ajuda ou suporte para enfrentamento da questão”, completa.
Oliveira ainda destaca o quanto bons momentos em família são importantes: “Para que haja funcionalidade nas famílias é preciso valorizar o tempo que pais e cuidadores passam juntos com os filhos, não em termos de quantidade, mas de qualidade afetiva”.
Nesse sentido, a pesquisa mostra que o comportamento das famílias, como o incentivo aos estudos e a já mencionada boa comunicação, podem ajudar a acabar com o bullying, assim como ensinar os filhos a terem pensamentos de tolerância e respeito às diferenças.

Estratégia Saúde da Família

Como forma de resolução do bullying, o pesquisador destaca a importância da Estratégia Saúde da Família (ESF). A equipe da ESF exerce atividades junto às famílias e às crianças na casa e na escola. Nas casas, a tarefa da equipe é estimular os laços familiares e a imposição de regras.
 Já nas escolas as equipes conversam com os estudantes e buscam identificar relatos de má relação familiar.  “Esses aspectos são considerados protetivos em relação ao bullying e podem ser trabalhados em grupos nas unidades de saúde ou por meio de visitas domiciliares.”
As equipes de saúde podem, inclusive, orientar pais sobre como identificar comportamentos ligados ao bullying, tanto para a criança agressora, quanto para a vítima. O pesquisador sugere, ainda, que os pais passem a observar o comportamento dos seus filhos dentro de casa, uma vez que esses comportamentos podem indicar envolvimento com o bullying na escola, tanto como agressor, quanto como vítima.
Retirado do link:

Metade da população entre 13 e 15 anos sofre agressões na escola, diz informe


    Relatório da UNICEF revela ainda que cerca de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde não estão totalmente protegidas por lei do castigo corporal na escola


                                 
 Embora pareça que os golpes nas mãos com a régua que o professor dava são coisa de outro tempo, cerca de 720 milhões de crianças em idade escolar vivem em países onde não estão totalmente protegidas por lei do castigo corporal na escola. Mesmo na Europa, as leis que o proíbem são relativamente recentes.

Esta é apenas uma das violências sofridas por milhões de adolescentes em todo o mundo e que apresenta o último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), intitulado Una Lección Diaria: #STOPViolenciaInfantil en las escuelas, publicado como parte de sua campanha mundial #ENDviolence Against Children. O documento se baseia em dados coletados de diferentes estudos e pesquisas entre 2003 e 2017.

“A educação é fundamental para a construção de sociedades pacíficas e, no entanto, para milhões de crianças em todo o mundo a escola não é um lugar seguro”, lamenta Henrietta H. Fore, diretora-executiva do Unicef. “Todos os dias, muitos estudantes, seja pessoalmente ou através da Internet, enfrentam uma série de perigos como brigas, pressão para que façam parte de gangues ou intimidação a formas violentas de disciplina, assédio sexual ou violência armada. Essas situações afetam a aprendizagem no curto prazo e no longo prazo podem provocar depressão, ansiedade e até levá-los ao suicídio. A violência é uma lição inesquecível que nenhuma criança deveria aprender.”
Por seu lado, Javier Martos, diretor geral do Unicef Espanha, afirma que este é, na verdade, um assunto bastante novo, do qual há poucos dados comparativos. “Até recentemente se pensava que o abuso infantil era algo da esfera privada. A escola deve ser um lugar seguro para as crianças, onde aprendam e se desenvolvam. Sofrer violência é inadmissível.”
 No caso da Espanha, aponta que uma lei abrangente para a erradicação da violência contra crianças e o monitoramento constante das denúncias de assédio já são necessárias. “Na Espanha, temos agora uma grande oportunidade de oferecer aos menores a proteção necessária contra situações que nunca deveriam viver.”
De acordo com o estudo, metade das crianças entre 13 e 15 anos sofreu algum tipo de violência na escola ou em seus arredores, cerca de 150 milhões em todo o mundo. Estas são as diferentes formas e etapas de abuso que podem sofrer.

No caminho da escola


Para muitas crianças em todo o mundo o primeiro perigo vem muito antes de pisarem na sala de aula. Nqobile é uma jovem sul-africana que foi agredida sexualmente no caminho da escola quando tinha 13 anos. Ela conseguiu exteriorizar isso com 18 anos, quando o diretor de sua escola a incentivou a contar para evitar que isso volte a acontecer. O relatório do Unicef traz suas palavras: “Estou me abrindo para as pessoas sobre isso pela primeira vez. Não quero que nenhuma outra garota passe pelo que passei na escola”. Quando o caminho não é seguro, os pais optam por deixar as meninas em casa, o que faz com que as taxas de escolarização femininas caiam muito cedo e assim ficam relegadas a serem mães e esposas.

Seus próprios colegas


De acordo com o relatório, um em cada três adolescentes sofreu algum tipo de bullying, e a mesma proporção diz ter se envolvido em brigas. “Os pais precisam entender que isso não é uma coisa de criança e não pertence à esfera privada, mas é uma questão pública”, diz Martos.

 O estudo mostra que, enquanto as meninas têm maior probabilidade de sofrer assédio moral, os meninos chegam à violência física. Em 39 países industrializados, 17 milhões de adolescentes admitem ter intimidado algum colega na escola. “A orientação sexual ou a identidade de gênero também pode levar a uma maior vulnerabilidade à violência nas escolas. As crianças que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros ou intersexuais podem ser especialmente vulneráveis à violência por seus colegas”, explica o estudo.

Na Espanha, sem dados desde 2014, quase 17% dos jovens disseram ter sido assediados e 30% afirmaram que se envolveram em uma briga. A Espanha é o terceiro – entre os 37 países da Europa, EUA e Canadá – com o menor índice de violência nas escolas entre os estudantes de 13 a 15 anos.

 

O que os professores podem fazer?


Metade das crianças em idade escolar em todo o mundo vive em países onde o castigo corporal em sala de aula é permitido. Como amostra, o relatório apresenta dados de Andhra Pradesh e Telangana, dois Estados da Índia, onde 78% dos estudantes de 8 anos e 34% dos jovens de 15 anos disseram ter apanhado de seus professores ao menos uma vez na semana anterior à pesquisa. “Falta formação aos professores e uma mudança geral da cultura quando se trata de entender as brigas entre alunos”, diz Martos.

O assédio continua nas redes


“Quando Angeline, de Kuala Lumpur, tinha 14 anos, um mal-entendido sobre um trabalho escolar fez com que entrasse em conflito com uma amiga. Em questão de semanas, todos os colegas a ignoravam e até se recusavam a sentar-se com ela.” Sua história é um dos milhares de exemplos de assédio online que os jovens sofrem diariamente.

 “Você nunca pode retirar algo que disse ou publicou na rede, está sempre lá, e com essa experiência eu percebi o quanto uma palavra pode te afetar”, diz a estudante que hoje tem 18 anos.

 cyberbullying é um fenômeno relativamente recente que teve uma explosão com o uso maciço das redes pelos adolescentes. “Ainda me lembro de quando há alguns anos se recomendava aos pais que tinham computador na sala para verificar, mas com os celulares e os tabletstudo isso ficou quase obsoleto, é muito difícil de controlar”, diz Martos.

Quando isso acaba?


Para muitos, o problema não termina quando se fecham os livros. O relatório do Unicef recupera um estudo realizado em 2010 nos Estados Unidos que concluiu que os adultos que sofreram abuso físico ou sexual quando crianças tiveram problemas na hora de conseguir emprego. “No mundo, o custo de toda a violência infantil é de sete trilhões de dólares. Uma estimativa feita em 2004 no leste da Ásia e no Pacífico indicou que na região esse custo totaliza 150 bilhões de dólares, cerca de 2% do produto interno bruto (PIB) dessa área”.
Cerca de 158 milhões de crianças entre 6 e 17 anos vivem em zonas de conflito. Para todas elas, a guerra as privou da possibilidade de acesso à educação e, em muitos casos, isso significa perder o futuro.

 Em 2017, as Nações Unidas registraram 396 ataques contra escolas na República Democrática do Congo, 26 a escolas no sul do Sudão, 67 na Síria e 20 no Iêmen. Um dos mais recentes foi o bombardeio de um ônibus escolar no Iêmen, no qual morreram ao menos 50 pessoas, das quais 29 eram crianças.
Mais de 21.000 feridos por ataques contra escolas de países em conflito no último lustro
Mais de 21.000 alunos e professores haber pelos ataques lançados contra escolas em países em conflito durante os últimos cinco anos, segundo um relatório da Coalizão Global para Proteger à Educação de Ataques (GCPEA), que examinou mais de 12.700 incidentes no período 2013-2017.

     Retirado do Link :
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/06/internacional/1536229417_606822.amp.html





Como proteger o seu filho do bullying


       O bullying, uma forma de assédio moral ou físico que acontece entre crianças, é hoje uma preocupação para a maioria dos pais. Para detectar e proteger o seu filho desta situação,  deve estar atento aos sinais

                               

      “Sempre que há grupos de muitas crianças juntas, parte do desenvolvimento das competências sociais pode traduzir-se em bullying”, explica Joel Haber, psicólogo clínico, ao site Everyday Health.
A atenção dos pais a este fenômeno não deve limitar-se ao contexto escolar. Deve também ter atenção às actividades extracurriculares, principalmente aquelas em que a criança passa mais tempo como em acampamentos de escuteiros ou visitas de estudo que impliquem mais do que um dia.
“Ao contrário da escola, não há muitas ocupações num acampamento para os miúdos a não ser desenvolver as suas relações sociais, portanto é o ambiente mais propício à existência de bullying”, afirma o especialista Joel Haber explica que se o seu filho subitamente começa a deixar de querer ir para uma actividade que antes gostava, esse é um sinal claro de que poderá haver algum problema.
Pode não ser bullying e até tratar-se de outra complicação 
 de outra complicação – ansiedade, fobias, depressão ou algum desconforto com os adultos que monitorizam a actividade. Deve tentar perceber o que se passa.
As crianças mais pequenas costumam mesmo fingir má-disposição física para evitar as actividades e algumas desenvolvem efectivamente sintomas como dores de barriga ou de cabeça resultantes da ansiedade.
“É importante falar de forma natural sobre o bullying mesmo antes de a criança ir para as actividades. Dizer coisas como ‘olha, vais divertir-te muito, mas podem existir momentos menos bons”. Os pais devem ensinar os filhos como reagir caso os colegas tenham comportamentos menos positivos com eles. Esta aprendizagem depende da idade e maturidade da criança.
Nos mais velhos, pode encorajar a criança a reagir com humor, não se mostrando intimidada, ou simplesmente ignorando o agressor. “Se a criança conseguir lidar sozinha com o bullying vai sentir-se mais feliz e confiante por ter solucionado o problema de forma autónoma”, explica o psicólogo.
 Mas se ainda assim o problema não ficar resolvido, o seu filho deve estar instruído para falar abertamente com um adulto da sua confiança, seja um professor, um irmão mais velho ou os próprios pais. O mais importante é a criança ou adolescente sentir que não está sozinho.
Os pais devem também conhecer e falar regularmente com os professores, monitores e pais de colegas, estando a par de como estão construídas as relações sociais dentro do grupo. Deve saber com quem brinca o seu filho e falar sobre como correu o dia na escola. 
     Retirado do link :



segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Aluno vítima de bullying atira e fere dois colegas em escola no PR


   O Suspeito disse à polícia que sofria perseguição


                                 
 Um adolescente de 15 anos entrou armado e abriu fogo contra os colegas no Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira (PR). As informações são da RPC TV, afiliada da TV Globo.

Ao menos dois alunos ficaram feridos, sendo um deles em estado grave.

O suspeito e outro adolescente foram aprendidos e levados à delegacia. O estudante acusado de atirar disse que vinha sofrendo bullying.
Durante a apreensão, foram encontrados um revólver, munição e uma faca.

Na casa de um dos menores, policiais encontraram mais armas. Os pais também foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos.



Bella Thorne revela ter sofrido bullying em set de filmagem: “Feia e gorda”


     A ex-estrela da Disney Bella Thorne deu uma entrevista reveladora ao Los Angeles Times


                                 

Durante um bate-papo em sua própria casa com a jornalista Amy Kaufman, Bella falou sobre vários assuntos: desde suas impressões sobre crescer na indústria do cinema até a batalha diária com os tabloides, que a retratam como uma garota rebelde e drogada.

Por sofrer de acne cística, a atriz admite que tem bastante problemas com sua imagem. “O ‘Daily Mail’ vai falar tipo ‘Bella deve ter saído ontem à noite’, porque eles tem uma foto minha sem maquiagem e com acne.

Eles dizem: ‘ela parece muito cansada. Talvez as drogas estejam acabando com a pele dela’… Eu fico tão brava. Então você está dizendo a toda criança com acne cística que elas devem ser viciadas em heroína? Eu acho que eles pensam que eu uso drogas pesadas, e eu só fumo maconha”.

Bella também falou sobre seu seriado ‘Famous in Love’, que foi cancelado após duas temporadas. Apesar de garantir que não tinha problemas com a criadora do show, Marlene King (também responsável por Pretty Little Liars), a estrela revelou que sofreu bullying nos sets de filmagem, e que a emissora Freeform a via como incontrolável e maluca. “Eles tinham medo que eu abrisse a boca se ficasse chateada”.

Mas abrir a boca sobre o quê, exatamente? “Assuntos feministas, outras coisas, bullying”, respondeu com hesitação. “Quando você tem uma garota, uma garota jovem, que está no seu show, você não pode dizer a ela que ela é feia, ou gorda, ou isso, ou aquilo, porque você vai fazer ela se sentir péssima”. Segundo a atriz, a emissora a chamou dessas coisas em e-mails e na frente da equipe de filmagem. “Era para as coisas terem mudado na segunda temporada, mas não mudaram”. 

Depois disso, Bella resolveu se dedicar à música e ao que mais gosta de fazer: filmes indies e de terror. Quem a incentivou a entrar para a carreira de rapper foi o namorado e também músico, Mod Sun.

De acordo com Bella, sua infância nos holofotes foi complicada. Durante a entrevista, ela deu indícios de que seus guardiões legais ficaram com todo o dinheiro que ela ganhou durante a adolescência, dizendo que quando fez 18 anos, só tinha 200 dólares na conta do banco. Em suas redes sociais, ela também contou recentemente que, dos seis aos quatorze anos, foi abusada por alguém que morava em sua casa.

A revelação surgiu quando um haterescreveu para ela no Twitter em dezembro do ano passado: “O que a Disney fez com essa garota? Eu acho que ela foi molestada”. E Bella respondeu: “É, eu fui. E não foi a Disney”. Logo após, a atriz escreveu um post em seu Instagram falando sobre o assunto, mas decidiu não procurar a polícia porque não queria reviver traumas do passado.

Ao ser indagada se não seria mais fácil estar em uma indústria que não tivesse tantas críticas e julgamentos direcionados a ela, a atriz respondeu sem hesitação: “Não, porque eu gosto da minha vida.
 Todas as coisas horríveis — especialmente todas as coisas que aconteceram enquanto eu crescia — eu sempre olhei para elas assim: ‘Por que eu?’ Porque eu sou forte o suficiente. Porque elas me trouxeram aqui. Eu nem sei como seria Bella Thorne se ela não tivesse sido molestada na infância, ou se o pai dela não tivesse morrido. Eu não sei se eu gosto dessa garota”.


Como a comunicação entre pais e professores pode diminuir o bullying


  O bullying tem sido apontado como um dos grandes males da convivência escolar

                    
   Muitas crianças e adolescentes com medo ou vergonha de revelarem aos pais e professores que estão sendo assediados pelos colegas. Assim, acabam por sofrer calados. Esse clima ruim interfere no comportamento e prejudica os estudos.

Às vezes, os pais acreditam ter um diálogo super aberto com seus filhos e se surpreendem quando descobrem que ele está sofrendo bullying. Para que situações como essa sejam resolvidas com mais rapidez e de forma menos traumática, o ideal é que família e escola atuem em conjunto.

A escola contribui para a formação cidadã, mas cabe aos pais passar noções de ética, respeito, entre outros valores. Por isso a necessidade de que haja uma boa comunicação entre as instituições familiar e de ensino. Esse diálogo, porém, não pode se restringir as reuniões bimestrais. É necessário um contato constante.

Como escola e pais podem identificar o bullying

A primeira medida para identificar se um aluno está sofrendo agressões verbais e até físicas na escola, é observando o seu comportamento. Jovens que passam todo o tempo sozinhos e que ficam mais agressivos em casa, por exemplo, podem estar enfrentando algum problema no ambiente escolar.

Portanto é necessário que tanto pais como educadores observem. Caso seja identificada alguma anormalidade, podem comunicar uns aos outros as suas impressões através de um telefonema ou marcando um encontro na escola.

Além das reuniões, as instituições de ensino ainda podem promover palestras e workshops sobre o tema para ajudar os pais a identificarem casos de bullying e resolverem o problema da forma mais saudável possível.

O papel do professor e o dos pais

Dentro da sala de aula os professores podem abordar o bullying a partir de exercícios e atividades que incluam a todos. Quando surgir um caso, o educador deve repreender imediatamente e convidar os pais dos envolvidos para um bate-papo.

Os pais devem mostrar com atitudes a importância do respeito e passar a segurança de que seus filhos podem contar com eles para qualquer problema na escola. Adolescentes, no geral, ficam mais envergonhados e por isso o diálogo pode ser mais complicado.

Quando identificar um caso, os pais não devem simplesmente tirar o aluno da escola, mas propor uma conversa com os professores para entender o que está acontecendo. Nem sempre o bullying é realmente um bullying. Pode ser um simples caso de implicância, fácil de resolver a partir de uma conversa.

Estimular o diálogo é importante  e Prestar atenção no que as crianças e adolescentes dizem é extremamente importante. Muitas vezes eles têm dificuldade de se expressar ou preferem dar indiretas para que alguém perceba que estão passando por algum problema.

 Por isso é importante estimular o diálogo. Pais e professores precisam se mostrar disponíveis. O que acontece em alguns casos é que os adultos estão tão envolvidos com os problemas cotidianos que não param
para conversar com os filhos.

É interessante que pais e professores se reúnam para dialogar com os alunos usando uma linguagem próxima a deles. Os mais introvertidos podem ser estimulados a se expressar de outras formas, como através de desenhos, por exemplo.

Os pais devem estar sempre em contato com a escola, o que pode acontecer através de reuniões, festas, palestras, entre outras atividades. Só assim conseguirão identificar o comportamento de seus filhos e saber se suas queixas realmente procedem.

Bullying é caso sério e pode afetar os estudos. Por isso o trabalho em conjunto é tão importante

     Retirado do link:
https://www.escolaemmovimento.com.br/blog/como-a-comunicacao-entre-pais-e-professores-pode-diminuir-o-bullying/amp

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ACONTECEU COMIGO: Gratidão /Inclusão / empatia / reciprocidade / amor ao próximo resume bem o que foi este ano de 2018 para mim



Gabriel De Lucca é jornalista criador do projetobollying e também autor responsável pelos textos dessa coluna .


Redes Sociais e outros contatos




projetobullying2015@gmail.com 








                                              
              ACONTECEU COMIGO
perfis,crônicas e outros textos que envolve superação ,experiências pessoais e bullying

Atos de bullying nas escolas estão mais graves e "maldosos"



   Num colégio do Estoril, alunos criaram grupo no WhatsApp
contra menina de 10 anos e escreveram insultos no banco
do recreio. Humilhação durou sete meses.
Diretora desvalorizou e sugeriu à mãe mudança de escola

                          
Começaram por lhe dar a alcunha de banana como se fosse
 uma brincadeira.Mas rapidamente ganhou conotações sexuais.
Por ser magra, diziam- -lhe que não comia e que era pobre.

Chegaram a enfiar-lhe um saco na cabeça no recreio e
deixaram-lhe uma carta na mochila"És podre", escreveram.

Aos 10 anos, Ana (nome fictício) começou a comer menos,
 baixou as notas e deixou de querer ir para a escola.
Chorava todas as noites. "Uma vez disse-me que não
gostava da vida que tinha", conta a mãe.
Os insultos dos colegas do 5º ano do colégio Sra. da Boa Nova,
 no Estoril, tornaram-se diários.

 O grupo de amigas foi ficando cada vez mais pequeno e a
situação não parou de se  agravar.
Um dia apareceu escrito num banco do recreio 'A Ana é puta',
com um pénis desenhado por cima.
O banco foi limpo, mas a humilhação pública nunca se
 apagou da memória.

Pouco tempo depois, apareceu no WhatsApp um grupo
 'anti-Ana' e numa rede social de partilha de conteúdos,
Ao longo dos sete meses em que se arrastou a situação de
 bullying, os pais de Ana pediram várias vezes ajuda à direção
 do colégio católico, que acusam de não ter feito o suficiente
 para pôr fim à situação. 

"A diretora teve o desplante de me dizer que, se estivesse no
 meu lugar, tiraria a filha do colégio", recorda a mãe.

 Os pais chegaram a pedir à escola que convocasse uma reunião
com todos os encarregados de educação do 5º ano para lhes pedir
que sensibilizassem os filhos para o que se estava a
passar, mas a direção recusou.

 Quando o caso deixou as paredes da escola e saltou para
 As redes sociais, os pais convencidos de que o colégio era incapaz
de travar o avanço das ofensas, decidiram fazer queixa na PSP.
"Avisei a escola que ia à polícia. Só nessa altura é que a direção
enviou um e-mail para todos os pais alertando para a situação de
ciberbullying", afirma a mãe. 

Nesse comunicado, o colégio condenou a criação do grupo
no WhatsApp,  informou os pais da intenção de identificar
os alunos responsáveis e pediu-lhes para "verificarem os
telemóveis dos filhos, vigiarem as suas atividades e impedirem
este tipo de atitude". 

"Fizemos o possível", diz diretora Ao Expresso,
a diretora pedagógica da escola, Aurora Valois, garante ter havido
sempre um "acompanhamento muito próximo" deste caso, apesar de
 considerar que a aluna "não aparenta, de todo, o perfil de vítima
" e teve "um entendimento exacerbado dos acontecimentos".

Perante a "insatisfação geral dos pais" com a atuação da direção,
a responsável assume ter-lhes sugerido que levassem a filha
"para outro colégio, onde toda a família poderia ter um recomeço". 

"Quando me disseram que a filha chorava todas as noites,
realmente eu disse que se o sofrimento era tão grande e se fosse
com uma das minhas filhas, eu já a tinha tirado da escola e levado
 para outro lugar", diz Aurora Valois. 

A diretora explica que não aceitou convocar uma reunião geral de
 pais por não lhe parecer uma opção "eficaz". "Quem trabalha com
crianças sabe que, às vezes, é muito difícil distinguir
um comportamento tonto, próprio da idade, de uma agressão
propositada e reiterada, que poderá vir a configurar a moldura
de bullying. 

Sabemos que, muitas vezes, as coisas chegam a casa com
 proporções desmedidas." Ainda assim, assegura ter identificado
 os alunos envolvidos e aplicado "medidas disciplinares corretivas",
sem especificar quais.

 "Acreditamos que fizemos o que nos era possível", conclui. 
Perante a queixa dos pais,
a PSP fez uma ação de sensibilização no colégio,
à semelhança do que faz, por rotina, em muitas escolas durante o ano. 

Em todo o país, estima-se que um em cada quatro alunos tenha
vivido situações de bullying, seja como vítima ou agressor.

As autoridades creem que o número de casos estabilizou,
 mas não existem dados concretos que permitam traçar a dimensão
 e evolução do fenômeno, uma vez que estas ocorrências fazem
parte dos crimes de ofensas à integridade física ou injúrias e
ameaças, como explicam os responsáveis da Escola Segura,
o programa criado em 1992 e que envolve
o Ministério da Administração Interna, através da PSP e GNR,
e o Ministério da Educação. "

É difícil traçar-se uma análise realmente sólida e consistente sobre
a evolução do fenómeno com base na análise estatística, porque o
crime de bullying não está tipificado no Código Penal",
 aponta Hugo Guinote, responsável pelo programa na PSP,
 sublinhando não existir em Portugal um perfil violento de criminalidade
 grupal. 

Luís Fernandes, psicólogo e especialista em bullying,
sublinha, no entanto, que os casos que chegam às autoridades
 "são apenas a ponta do icebergue".

O estudo que tem feito aponta para um aumento da gravidade
do bullying entre as crianças em idade escolar. 

"Os comportamentos são mais graves e vai-se mais longe
na agressão", diz. Sónia Seixas, psicóloga educacional
especializada em violência escolar,
confirma: "Os atos são mais maldosos, com maior intenção
de causar sofrimento e mais violentos, mesmo que não seja
 através de violência física." Para isso, acredita,
contribui o acesso que as crianças e jovens têm desde cedo
a conteúdos violentos e o tempo que passam sozinhos com
o telemóvel. "Anonimato e impunidade" 

O ciberbullying já surge associado a "quase todos os casos
" de violência escolar, afirma o responsável pelo Policiamento
Comunitário na GNR, Paulo Poiares.
 O facto de ser "muito difícil" controlar estes atos na internet faz
com que ganhem terreno rapidamente, explica Sónia Seixas.

 "Os jovens têm uma enorme sensação de anonimato e impunidade.
De acordo com a psicóloga, alguns estabelecimentos de ensino
tentam camuflar ou abafar casos de bullying,
"para não darem grande alarme, com receio de que o assunto
 assuma maior dimensão".

 Mas a "crença de que são situações normais" pode representar
 "um risco sério", alerta. Formar as escolas para que saibam
como prevenir estes casos ou como intervir quando
os identificam é, por isso, "fundamental", sublinha.

Os dois especialistas em violência escolar defendem a criação de
um plano nacional de luta contra o bullying com medidas muito
concretas, que ainda não existe em Portugal, mas que tem tido
sucesso em países como Noruega,Finlândia ou Espanha. 

No colégio, Ana ouviu insultos e ofensas durante quase todo o
 ano letivo.
 Só no último dia de aulas, há duas semanas, o pesadelo
chegou ao fim. Depois de "um massacre de sete meses",
os pais decidiram mudá-la de escola,

Assim como ao irmão. Aos 10 anos, a menina tem agora
 pela frente um recomeço: uma escola diferente,
um mundo desconhecido, novos colegas.

Mas Ana continua a acordar com ataques de ansiedade.
Tem medo que tudo volte a acontecer."Quem é que paga a fatura
do trauma com que fica? Acho que nunca vai esquecer",
 lamenta a mãe.