A Radioagência
Nacional divulga a
série levada ao ar pelas emissoras
da Empresa
Brasil de Comunicação (EBC)
A primeira matéria mostra que casos de depressão e bullying devem
ser tratados como políticas públicas e como o preconceito e o estigma ainda
existentes podem prejudicar a recuperação da saúde das pessoas que sofrem com
essas doenças.
Para quem como Nauzila Campos, de 25 anos, que tem depressão, só o
tratamento faz a diferença. A jovem destacou a importância do tratamento médico
para ajudar quem sofre da doença a sair da crise e levar uma vida normal.
“Depressão
é uma doença que faz a gente parar de enxergar a realidade que está a nossa
volta. Então, por mais que alguém diga que voce é bonita, bem sucedida, nada
disso adianta quando a gente está com esse defeito na cabeça, que diz
exatamente o contrario para gente. Então, só um tratamento que pode fazer a
diferença”, afirma Nauzila Campos.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que no mundo
350 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a doença. Outro levantamento mostra que a cada 40
segundos uma pessoa comete suicídio no mundo.
Rebeca Cavalcanti, de 24 anos anos, não tem boas recordações de
quando cursou o ensino primário. “Eu já fui vítima de bullying sim, na época do
primário [atual ensino fundamental].” O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) revela
que 17,5% dos alunos brasileiros, na faixa dos 15 anos, são alvo de algum tipo
de bullying, pelo menos algumas vezes no mês.
Pelos casos, que não são apenas números, é preciso falar sobre
bullying, depressão e suicídio. Além disso, séries na internet, desafios
virtuais e brincadeiras perigosas colocam os assuntos em destaque.
Para Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo
e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, a falta de
conhecimento sobre doenças, como a depressão, faz com que o assunto se torne
tabu.
“Depressão
só sabe quem já passou ou está passando. E quem está de fora, claro que tem
preconceito: é porque não tem o que fazer, é porque é preguiçoso. Então tem mil
rótulos, é todo um tabu por falta de conhecimento”, afirma a coordenadora.
A psiquiatra diz que estudos mostram que o bullying pode estar
relacionado a ansiedade e depressão.
“Hoje nós
temos uma divulgação maior do bullying, mas ele sempre existiu e de diversas
formas. Quanto mais cedo ele começa, ele vai massacrando a autoestima e isso
favorece desenvolver alguns, entre eles quadros de ansiedade e, principalmente,
a depressão”, explica Alexandrina Meleiro.
Segundo
ela, há estudos nacionais e internacionais mostrando que pessoas vítimas
de bullying são mais suscetíveis a desenvolverem quadros depressivos.
Às vezes, uma simples ligação pode fazer a diferença. No
Brasil, existe o trabalho voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV),
por exemplo.
Para a voluntária Leila, do CVV, além de políticas públicas,
a busca por ajuda tem que ser incentivada. “A gente não pode ficar de braços
cruzados vendo isso. É uma questão de políticas públicas. Quando a gente está
com uma dor no pé vai a um ortopedista. Se o problema é o coração com
taquicardia a gente vai no cardiologista.”
Para falar no CVV você pode ligar 141 ou diretamente no posto de
sua região .
Retirado do link :
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