segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A Rádio Nacional produziu uma série de quatro matérias sobre bullying, depressão e suicídio


   A Radioagência Nacional divulga a série levada ao ar pelas emissoras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)




           
   A primeira matéria mostra que casos de depressão e bullying devem ser tratados como políticas públicas e como o preconceito e o estigma ainda existentes podem prejudicar a recuperação da saúde das pessoas que sofrem com essas doenças.


Para quem como Nauzila Campos, de 25 anos, que tem depressão, só o tratamento faz a diferença. A jovem destacou a importância do tratamento médico para ajudar quem sofre da doença a sair da crise e levar uma vida normal.  

“Depressão é uma doença que faz a gente parar de enxergar a realidade que está a nossa volta. Então, por mais que alguém diga que voce é bonita, bem sucedida, nada disso adianta quando a gente está com esse defeito na cabeça, que diz exatamente o contrario para gente. Então, só um tratamento que pode fazer a diferença”, afirma Nauzila Campos.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que no mundo 350 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem com a doença. Outro levantamento mostra que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo.

Rebeca Cavalcanti, de 24 anos anos, não tem boas recordações de quando cursou o ensino primário. “Eu já fui vítima de bullying sim, na época do primário [atual ensino fundamental].”     O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) revela que 17,5% dos alunos brasileiros, na faixa dos 15 anos, são alvo de algum tipo de bullying, pelo menos algumas vezes no mês.

Pelos casos, que não são apenas números, é preciso falar sobre bullying, depressão e suicídio. Além disso, séries na internet, desafios virtuais e brincadeiras perigosas colocam os assuntos  em destaque.
Para  Alexandrina Meleiro, coordenadora da Comissão de Estudo e Prevenção ao Suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria, a falta de conhecimento sobre doenças, como a depressão, faz com que o assunto se torne tabu.

“Depressão só sabe quem já passou ou está passando. E quem está de fora, claro que tem preconceito: é porque não tem o que fazer, é porque é preguiçoso. Então tem mil rótulos, é todo um tabu por falta de conhecimento”, afirma a coordenadora.  
A psiquiatra diz que estudos mostram que o bullying pode estar relacionado a ansiedade e depressão.  

“Hoje nós temos uma divulgação maior do bullying, mas ele sempre existiu e de diversas formas. Quanto mais cedo ele começa, ele vai massacrando a autoestima e isso favorece desenvolver alguns, entre eles quadros de ansiedade e, principalmente, a depressão”, explica Alexandrina Meleiro.
Segundo ela, há estudos nacionais e internacionais  mostrando que pessoas vítimas de bullying são mais suscetíveis a desenvolverem quadros depressivos.
  
Às vezes, uma simples ligação pode fazer a diferença. No Brasil, existe o trabalho voluntário do Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo.  

Para a  voluntária Leila, do CVV, além de políticas públicas, a busca por ajuda tem que ser incentivada. “A gente não pode ficar de braços cruzados vendo isso. É uma questão de políticas públicas. Quando a gente está com uma dor no pé vai a um ortopedista. Se o problema é o coração com taquicardia a gente vai no cardiologista.”  
Para falar no CVV você pode ligar 141 ou diretamente no posto de sua região .

Retirado do link :


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