Ponto de partida da segunda reportagem é uma
pesquisa do movimento Todos Pela Educação feita em escolas públicas e
particulares
Todo mundo sabe que a escola abre as portas do mundo do
conhecimento. Durante anos, a gente vai se preparando para enfrentar a vida,
mas será que a escola está aberta para o que acontece lá fora? Para o que está
acontecendo agora?
Em um planeta cada vez mais conectado, como é que alguém
pode se sentir preparado sem dominar a tecnologia?
O Ministério da Educação informa que 97% das escolas
públicas de Ensino Médio têm computadores para alunos e 74% delas têm internet
de banda larga. Mas ter é uma coisa e fazer uso disso na sala de aula é outra
bem diferente.
Em uma escola estadual no Rio de Janeirox, as coisas são
diferentes. É uma escola pública, mantida por uma empresa de telefonia. O
estado dá os professores e a companhia mantêm o prédio, todo tipo de equipamento
de informática e até de áudio e vídeo.
“As aulas do técnico são intercaladas com as aulas do
regular. Hoje em dia, a tecnologia é parte do dia-a-dia desses alunos, não tem
como a gente brigar com a tecnologia. A gente utiliza ela a nosso favor”, diz
Letycia Moreira Cardoso, professora de multimídia.
A escola existe no Rio há 9 anos, mas o mesmo projeto
funciona no Recife há mais tempo, 11 anos. Mil alunos de Ensino Médio estão
matriculados nas duas escolas.
A escola tem até um estúdio para os alunos gravarem
programas de TV. Em termos de escola pública é outro mundo e o horário é
integral.
“A nossa taxa de evasão é baixa. Baixíssima, perto de
zero pode se dizer. Os alunos ingressam muito na universidade por opção.
Aqueles que optam por ingressar na universidade, a maioria tem sucesso nisso”,
explica Andrea Louzada Azevedo, diretora adjunta da escola.
E a tecnologia pode
ajudar até no combate a uma praga! O bullying é uma praga mesmo e uma
preocupação forte de quem está no Ensino Médio. “Eu já passei por isso.
Ficar um ano fora da escola sem muita ajuda dos amigos, só da família.
É muito difícil. Eu passei um ano
inteiro em depressão por causa de escola, por causa de vários motivos dentro da
escola”, conta a estudante Juliana Ferreira Gazolla, 16 anos.
Mas e se a gente pudesse
ver o outro por dentro? Essa é a proposta do projeto Edupark, que vai levar
essa experiência a escolas públicas. Todo mundo de óculos, começa em filme em
3D!
O filme conta a história
de jovens que inventaram um óculos que mostra o que as pessoas estão sentindo.
Depois dele, os alunos respondem a um questionário sobre bullying, pelo
controle remoto e ninguém precisa se identificar.
“A escola pega esse
relatório e vê os alunos que sofrem e os que não sofrem, acontece no
refeitório, acontece no corredor. Aí fica mais fácil para a escola traçar um
plano de ação e resolver o problema”, conta Andreia Ghelman, coordenadora do
projeto da fundação EduPark.
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