segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Série debate a tecnologia em sala de aula e no combate ao bullying


    Ponto de partida da segunda reportagem é uma pesquisa do movimento Todos Pela Educação feita em escolas públicas e particulares

                         
                                
  Todo mundo sabe que a escola abre as portas do mundo do conhecimento. Durante anos, a gente vai se preparando para enfrentar a vida, mas será que a escola está aberta para o que acontece lá fora? Para o que está acontecendo agora?
Em um planeta cada vez mais conectado, como é que alguém pode se sentir preparado sem dominar a tecnologia?
O Ministério da Educação informa que 97% das escolas públicas de Ensino Médio têm computadores para alunos e 74% delas têm internet de banda larga. Mas ter é uma coisa e fazer uso disso na sala de aula é outra bem diferente.
Em uma escola estadual no Rio de Janeirox, as coisas são diferentes. É uma escola pública, mantida por uma empresa de telefonia. O estado dá os professores e a companhia mantêm o prédio, todo tipo de equipamento de informática e até de áudio e vídeo.
“As aulas do técnico são intercaladas com as aulas do regular. Hoje em dia, a tecnologia é parte do dia-a-dia desses alunos, não tem como a gente brigar com a tecnologia. A gente utiliza ela a nosso favor”, diz Letycia Moreira Cardoso, professora de multimídia.
A escola existe no Rio há 9 anos, mas o mesmo projeto funciona no Recife há mais tempo, 11 anos. Mil alunos de Ensino Médio estão matriculados nas duas escolas.
A escola tem até um estúdio para os alunos gravarem programas de TV. Em termos de escola pública é outro mundo e o horário é integral.
“A nossa taxa de evasão é baixa. Baixíssima, perto de zero pode se dizer. Os alunos ingressam muito na universidade por opção. Aqueles que optam por ingressar na universidade, a maioria tem sucesso nisso”, explica Andrea Louzada Azevedo, diretora adjunta da escola.
E a tecnologia pode ajudar até no combate a uma praga! O bullying é uma praga mesmo e uma preocupação forte de quem está no Ensino Médio. “Eu já passei por isso. Ficar um ano fora da escola sem muita ajuda dos amigos, só da família.
 É muito difícil.  Eu passei um ano inteiro em depressão por causa de escola, por causa de vários motivos dentro da escola”, conta a estudante Juliana Ferreira Gazolla, 16 anos.
Mas e se a gente pudesse ver o outro por dentro? Essa é a proposta do projeto Edupark, que vai levar essa experiência a escolas públicas. Todo mundo de óculos, começa em filme em 3D!
O filme conta a história de jovens que inventaram um óculos que mostra o que as pessoas estão sentindo. Depois dele, os alunos respondem a um questionário sobre bullying, pelo controle remoto e ninguém precisa se identificar.
“A escola pega esse relatório e vê os alunos que sofrem e os que não sofrem, acontece no refeitório, acontece no corredor. Aí fica mais fácil para a escola traçar um plano de ação e resolver o problema”, conta Andreia Ghelman, coordenadora do projeto da fundação EduPark.

   Retirado do link:

Menina sofre bullying e apanha na saída da escola em Piracicaba, SP


   Jovem de 12 anos relatou que era chamada de 'gorda' pelas agressoras. Pais levaram o caso à Polícia Civil, que registrou boletim de ocorrência

                        
  
Uma estudante de 12 anos foi agredida na rua em frente à Escola Estadual João Guidotti, no bairro Morumbi, em Piracicaba (SP). De acordo com a adolescente, a agressão ocorreu na saída da aula, quando ao menos cinco meninas a cercaram e começaram a bater. A garota relatou ainda que há um mês vem sofrendo bullying na escola. "Elas me chamam de gorda e dizem que tenho um monte de estrias", afirmou.

Após a agressão, a mãe da jovem a levou para a delegacia, onde foi registrado um boletim de ocorrência. a adolescente passou por exame de corpo de delito. Ela tem ferimentos nas costas e no rosto.

O pai da estudante, o pedreiro Nilson Tancredo, acredita que a agressão tenha sido premeditada, já que enquanto algumas meninas batiam outras filmavam a ação. “Fiquei horrorizado. Minha filha chegou em casa toda ensanguentada e um bando de garotas perseguindo ela. Só pararam de bater porque ela fugiu e, como moramos a poucos metros da escola, eu sai na rua para ajudar."

Segundo o pedreiro, a menina conseguiu fugir porque um motorista apartou a briga para conseguir passar com o veículo na rua em frente à escola. Tancredo disse ainda que a filha sofre bullying há um mês. “Houve uma conversa na escola sobre o caso, mas não adiantou. Minha filha foi agredida, sem contar que ela não quer mais fazer as refeições porque está traumatizada."


O pai da garota não foi trabalhar por temer novas agressões, já que uma das meninas ameaçou mandar o irmão dela, de 17 anos, bater na jovem. Ele disse ainda que as agressoras passaram na frente da casa da famíia fazendo novas ameaças. “Como vou me sentir seguro? Eu posso levar e buscar minha filha na escola, mas como ficar tranquilo se novas agressões podem acontecer dentro da escola?", afirmou o pai da estudante.

Em entrevista ao G1, os pais da aluna também reclamam da falta de segurança na porta da escola, já que no momento da agressão não havia nenhum tipo de policiamento externo. Consultada sobre o caso, a Secretaria de Estado da Educação informou que a briga ocorreu no lado de fora da escola. Sobre a reclamação de bullying, a pasta relatou que as ações pedagógicas que cabem à instituição são feitas permanentemente com os estudantes. A secretaria disse também que os pais das meninas envolvidas na agressão foram convocadas para uma reunião com a diretoria.

      Retirado do link :

http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2013/09/menina-sofre-bullying-e-apanha-na-saida-da-escola-em-piracicaba-sp.html

Casos de bullying nas escolas crescem no Brasil, diz pesquisa do IBGE


    Aparência física é um dos principais motivos de bullying. Problema é considerado de saúde pública
        
                         
                           
       A aparência física é um dos principais motivos de bullying nas escolas, um problema considerado de saúde pública. O número de casos de jovens submetidos a situações de humilhação vem crescendo, de acordo com pesquisa do IBGE sobre a saúde do estudante brasileiro.
Para quem sofre, não é brincadeira, não tem graça e pode deixar marcas. "Ficarem chamando de gordo, magro, julgar a aparência. Eu senti que meu coração ia cair", diz Maria Clara, de nove anos, vítima de bullying.
Karine Sales Braune é mãe de Maria Clara, que já teve problemas em três escolas. Eram sempre as mesmas ofensas gratuitas: “A reação dela é, às vezes, ficar quieta, se fechar".
A menina é amorosa e tímida. Ficou mais tímida nos últimos tempos, mas prefere perdoar os colegas. "Ela tenta relevar as coisas que acontecem com ela. Claro que magoa. Ela não quer tocar no assunto, pra ela, passou a dor, morreu o assunto. Ela abstrai, perdoa e não quer nem falar do assunto", relata a mãe.
A mãe pede para ela contar tudo sempre e conta com a ajuda da escola: “As outras duas escolas mal abordaram o tema. Nessa escola que a Maria está, eles resolveram prontamente a questão e eu acho que tem que ser assim".
Mesmo que muitos pais não saibam, esse sentimento é muito comum entre as crianças e adolescentes. Quase a metade dos alunos entrevistados na pesquisa (46,6%) diz que já sofreu algum tipo de bullying e se sentiu humilhado por colegas da escola.
 A maioria (39,2%) afirmou que se sentiu humilhado às vezes ou raramente e 7,4% disseram que essa humilhação acontece com frequência e entre os principais motivos está a aparência.
Comparando a pesquisa anterior, feita em 2012, o número de casos de alunos que relataram já ter se sentido assim no colégio aumentou. Em 2015, eram 46,6% dos alunos. Em 2012, eram 35,3%.
Uma escola no Rio de Janeiro tem um programa de combate ao bullying. São debates, aulas de arte que começa com os alunos entendendo o que  essa palavra realmente significa. Eles estudaram inclusive a lei do bullying, que diz que o responsável pode até ser processado se o caso for comprovado.
Pela pesquisa, dois em cada 10 estudantes já praticaram bullying e as agressões partem mais dos meninos. Gabriel de Castro, de 14 anos, já sofreu e já praticou bullying, mas com entendimento, as coisas mudaram: “Fui aprendendo que essas brincadeiras que eu fazia não eram legais e isso magoava as pessoas".
        Retirado do link:


http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2016/08/casos-de-bullying-nas-escolas-cresce-no-brasil-diz-pesquisa-do-ibge.amp

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

A Escola da Inteligência é uma das soluções para o bullying

    Saiba como a Escola da Inteligência atua como uma das soluções para o combate do bullying através do ensino lúdico da Teoria da Inteligência Multifocal


                                   
    O termo é recente, mas é prática é antiga. Originária da palavra inglesa bully (“valentão”), bullying tornou-se um termo comum, principalmente nas escolas, quando nos referimos a atitudes agressivas que têm o intuito de intimidar o outro.
Essas agressões podem ser tanto físicas quanto verbais, intencionais ou não, e acontecem de forma repetitiva, sem razão ou motivação aparente, a não ser para mostrar superioridade e causar constrangimento no outro.
O problema é mundial e suas primeiras manifestações são na escola, quando acontecem as primeiras interações sociais e as crianças começam a conviver umas com as outras. Mas não ficam só aí.
Elas também acontecem na família, em faculdades, círculos sociais e muitas pessoas demoram a admitir ou perceber, pois em alguns casos podem acontecer de maneira sutil.
Geralmente, crianças e adolescentes que sofrem bullying tornam-se adultos que sofrem de depressão e têm baixa autoestima, desenvolvem sentimentos de medo, ansiedade e se sentem inferiores.
Alguns se tornam agressivos, têm o grau de depressão tão elevado que pensam até em suicídio. Outros, infelizmente cometem.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries.
As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.

O programa Escola da Inteligência

O Programa Escola da Inteligência é uma das soluções para o combate ao bullying, pois com 1 hora/aula dentro da grade curricular é possível fazer com que os alunos aprendam a Teoria da Inteligência Multifocal de forma fácil e lúdica por meio dos preceitos da educação socioemocional.
Nas aulas eles aprendem a ter paciência, resiliência, foco, a respeitar o próximo, a ter empatia, a cultivar relações saudáveis, entre outras habilidades emocionais.
Ensinar desde cedo como desenvolver a inteligência emocional contribuirá para uma sociedade mais saudável e feliz.
       Retirado do link:


Conheça histórias de pessoas que renasceram da tragédia graças ao esporte


      O Hoje em Dia mostrou como pessoas, vítimas de acidentes que perderam o movimento de braços e pernas, reencontraram a força por meio da atividade física


     Um deles, inclusive, fez o que muitos achariam pouco provável. Cadeirante, ele estudou e virou professor de educação física. Assista!

                       


                                      Retirado do link:


Aluno de escola em Goiânia mata dois colegas a tiros e deixa quatro feridos


     Um estudante de 14 anos sacou da mochila uma arma de seus pais, que são PMS, e atirou contra colegas de classe numa escola particular de Goiânia, deixando dois mortos e outros quatro feridos

                         
   O crime ocorreu na sexta-feira (20 de Outubro de 2017). O menino disse à polícia que decidiu fazer os disparos porque sofria bullying. Colegas de escola disseram que ele era chamado de "fedorento".


Os dois adolescentes mortos tinham 13 anos. Outros quatro ficaram feridos, sendo três meninas e um menino. Ao menos uma das meninas está em estado grave. Todos são estudantes do oitavo ano da escola Goyases.


O autor dos disparos foi apreendido pela polícia. Segundo testemunhas, ele primeiro colocou a mão dentro da mochila, onde estava a arma e, acidentalmente, deu um único tiro.
Depois, ele atirou em João Pedro Calembo, seu desafeto. Quando todos olharam, passou a disparar a esmo, matando João Vitor Gomes e ferindo os outros colegas. Adolescentes saíram correndo desesperados e se esconderam em outras salas.
Segundo os Bombeiros, às 11h50, uma mulher ligou para um serviço de emergência e se identificou como professora do colégio. Ela contou que uma pessoa estava efetuando disparos no local.
O atirador utilizou uma pistola.40 da PM. A arma pertencia à mãe dele -ela, que é tenente, passou mal e está internada, segundo disse à polícia o pai do garoto, que é major. Foram ao menos 11 tiros, que deixaram marcas de bala na parede e no chão da sala.


A polícia informou que o adolescente foi contido pela coordenadora da escola. Ele também apontou a arma para a própria cabeça, mas ela o convenceu a não disparar. Ele então atirou no chão e pediu para que a profissional chamasse a polícia. O delegado disse que ele travou a arma, mas não a entregou à coordenadora, que o levou à biblioteca e chamou a polícia.
O pai do atirador disse que o adolescente já fez acompanhamento psicológico, era um ótimo aluno e tinha uma boa relação em casa. O adolescente foi apreendido, mas os pais dele, que podem ser responsabilizados pelo crime, estão em liberdade.
Segundo o delegado Luiz Gonzaga Júnior, o jovem tinha apenas um dos colegas como alvo, um dos mortos. "Em um desequilíbrio emocional ele acabou atingindo todos os outros." Alunos da escola ficaram transtornados. "Isso não está acontecendo. O ano acabou", disse uma estudante. A escola, de classe média, fica na região leste de Goiânia.
             Retirado do link :
http://m.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/10/1928712-atirador-invade-escola-particular-de-goiania-e-ataca-alunos-e-professores.shtml

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

' Meu filho vivia sendo humilhado': caso Dandara expõe tragédia de viver e morrer travesti no Brasil

   A trágica morte da cearense Dandara dos Santos, de 42 anos, espancada e morta a tiros  em plena rua de Fortaleza, trouxe à tona mais uma vez a situação de vulnerabilidade enfrentada por travestis e transexuais
                                  




     Em um país onde, segundo ONGs, as autoridades têm se mostrado ausentes nos casos de homofobia e transfobia. 
O crime brutal foi filmado, mostrando a travesti sentada ensanguentada no chão, recebendo pauladas e chutes desferidos, entre xingamentos, por pelo menos quatro homens. O vídeo viralizou, com dezenas de milhares de compartilhamentos no YouTube
Em 2016, 144 travestis e transexuais foram assassinadas no país, segundo Grupo Gay da Bahia. Neste ano, ate março  , já foram  23 e o numero tende a aumentar . 
Segundo vizinhos e pessoas que a conheciam, Dandara distribuía sorrisos por onde passava e ganhava a vida vendendo roupas usadas, além de ajudar a mãe nas atividades domésticas.
 Acordava logo cedinho, às 5h já estava de pé e às 6h o café já estava na mesa. Meu filho era querido por onde passava. Todo mundo aqui na rua brincava com ele, os garis, as meninas da padaria, todo mundo", conta a mãe, Francisca Ferreira de Vasconcelos, de 74 anos. 
Embora a Polícia Militar do Ceará já tenha prendido sete envolvidos no crime, a atuação da PM-CE foi criticada pela demora em agir. As prisões só foram feitas dois dias após a divulgação do vídeo e 18 dias após a morte de Dandara. 
A família chora não só pela perda do ente querido, mas também por Dandara ter sido vítima de intolerância. 
"Meu filho (Dandara) não tinha inimigos, ele foi morto por preconceito. Por ser travesti, ele vivia sendo humilhado. Agora eu pergunto, qual o problema de ser assim, me diga?", indaga a mãe. 
Para ONGs que trabalham com a população LGBT, muitos casos de assassinatos de travestis ou transexuais motivadas por ódio e preconceito permanecem impunes. 
Segundo o Grupo Gay da Bahia, eles formam o segundo grupo mais atingido entre vítimas fatais de ataques homofóbicos em 2016. Dos 343 assassinatos de pessoas LGBT, 173 eram gays (50%), 144 (42%) trans (travestis e transexuais), 10 lésbicas (3%), 4 bissexuais (1%), além de 12 heterossexuais também em crimes homofóbicos - eram amantes de transexuais, chamados "T-lovers". 

Números em falta

É impossível saber quantos transexuais e travestis foram mortos no país, em busca feita nos dados das secretarias de segurança pública. Os Boletins de Ocorrência não geram indicadores baseados em identidade de gênero e orientação sexual.
O nome de Dandara, por exemplo, consta no relatório diário de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) como Antônio Cleilson Ferreira Vasconcelos, seu nome de registro de nascimento. No espaço destinado ao tipo de arma utilizada no crime, está escrito apenas "outros


Para o Grupo de Resistência Asa Branca (Grab), com sede em Fortaleza, a falta de estatísticas oficiais seria uma prova da ausência do governo na luta contra a homofobia. 
"Se não existem dados, é porque não existimos para eles, somos ignorados. No entanto, existe uma série de assassinatos, ataques coletivos a travestis, transexuais, gays e lésbicas, que culminam em crimes cruéis, que em sua maioria tem características que demonstram um percurso de tortura, até a execução", afirma Dário Bezerra, representante do grupo. 

Irmão diz que além do preconceito, morosidade da polícia levou à morte de Dandara
Para o professor e pesquisador do Núcleo de Políticas de Gênero e Sexualidade (NPGS) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Carlos Eduardo Bezerra, a ausência da discussão sobre gênero e direitos humanos contribui para esse tipo de violência. 
"Nada justifica estes crimes. Mas a ausência de políticas públicas efetivas (educação, saúde, emprego, lazer) voltadas para garantir a dignidade e a proteção de pessoas LGBT, sobretudo aquelas mais vulneráveis; a ausência da discussão sobre direitos humanos, gênero e identidade de gênero em escolas e espaços de formação; o avanço do discurso fundamentalista, contribuem para estes tipos de crimes", analisa o pesquisador. 

Omissão

O irmão de Dandara, Ricardo Vasconcelos, de 39 anos, aponta não só o preconceito e a intolerância como causa da morte de Dandara, mas também a morosidade da polícia em intervir na ação dos assassinos. 
Ele conta que ligações foram feitas ao número de emergência 190 durante o espancamento de sua irmã, mas a PM-CE só chegou ao local após o óbito. 
"Vamos entrar com uma ação contra o Estado, eles foram omissos, e essa omissão matou meu irmão. A gente tem provas, o pessoal do bairro onde ele morreu falou que ligou pro 190 e a polícia só chegou na hora de isolar o corpo, e acho que é porque disseram que iam queimá-lo se a PM não chegasse", diz Ricardo. 
O Secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, disse que a viatura que estava mais próxima do local não foi encaminhada por estar atendendo a uma ocorrência. Mas, após uma segunda ligação, outra viatura foi direcionada ao local. 
"Na realidade, o que temos é que a demanda é grande para as viaturas que estão nas ruas. Mas nós estamos trabalhando para colocar mais viaturas nas ruas", explicou Costa. 
Questionada sobre uma possível omissão da PM-CE em relação ao massacre de Dandara, a Defensoria Pública Geral do Estado (DPGE), por meio do Núcleo de Direitos Humanos, informou que, até o momento, nenhuma denúncia chegou à defensoria. Mas, caso tenha ocorrido alguma omissão, ela será investigada pela DPGE. 
O Ministério Público do Estado (MP-CE) disse esperar que os culpados sejam prontamente processados e que respondam por suas ações.

      Retirado do link :


  

Progresso de ex-ginasta que ficou tetraplégica é inspiração na internet

 Já se foram pouco mais de três anos desde o acidente que deixou a ex-ginasta Laís Souza tetraplégica

      
   Mas os progressos nas sessões de reabilitação dão a ela força e ainda inspiram pessoas nas redes sociais
   

CUIDADO COM AS PESSOAS QUE FORAM FERIDAS…


       ELAS JÁ SABEM COMO SOBREVIVER


                      

    Cuidado com as pessoas que já foram feridas, elas sabem muito bem como sobreviver. Elas têm a pele marcada por mil batalhas e o coração protegido por uma armadura enferrujada, mas resistente. Elas já não admitem mentiras nem egoísmo, sabem como se defender das palavras que machucam e cuidam de si mesmas, mesmo nas situações mais complicadas.

Estes tipos de encruzilhadas da vida tão conhecidas podem ser originadas por diversos fatores. Poderíamos falar de eventos traumáticos, mas na verdade, se há uma dimensão que se estende como um vírus implacável, é a dor emocional. A vida dói, e dói de muitas formas. De fato, às vezes não é preciso receber um impacto pontual e devastador para experimentar o início de uma ferida profunda, aquela que ninguém vê.

“Quanto maior é a ferida, mais privada é a dor.” -Isabel Allende

Existe um livro bastante ilustrativo sobre o tema chamado “Microaggressions in Everyday Life” (em tradução livre, Microagressões na vida cotidiana), que fala precisamente sobre essas pequenas agressões que podemos receber no dia a dia através da linguagem e do tratamento que, sem chegarem a ser golpes diretos contra o nosso corpo, formam uma erosão vital e emocional desoladora.

Essas pessoas dispõem de um componente quase mágico: a resiliência.

A vida dói, e estende suas garras agressivas de muitas formas diferentes e através de vários mecanismos. Tanto é que são muitas as pessoas que caminham pela rua com suas feridas abertas, incapazes de as reconhecer, mas sofrendo seus efeitos através da impotência, do mau humor, da amargura e do cansaço extremo. No entanto, quem foi capaz de as identificar, curar e de aprender com elas está feito agora de um material diferente. Lá no fundo de seu coração essas pessoas dispõem de um componente quase mágico: a resiliência.

 

A resiliência nos torna especiais: nos transforma em heróis

Os eventos traumáticos, sejam aqueles incorridos como resultado de um acidente, uma perda, um abuso ou da destruição sofrida por causa de um relacionamento afetivo, têm a capacidade de nos transformar. 

Essa mudança pode ser realizada de duas formas: vetando por um lado a nossa capacidade de continuar aproveitando a vida ou, por outro lado, incentivando-nos a reinventar-nos para sermos muito mais fortes após o ocorrido, nos permitindo segundas oportunidades maravilhosas.
 É um paradoxo estranho. A dor emocional é como olhar todos os dias para uma Medusa, essa criatura mitológica com serpentes na cabeça capaz de nos transformar em pedra. No entanto, se tivermos um escudo, veremos o monstro através de seu reflexo para poder vencê-lo, para poder destruí-lo.Precisamos de ferramentas, proteções psicológicas adequadas que propiciem uma transformação que nos transforme em heróis de nossas próprias batalhas.

 

Os heróis e a química cerebral

Algo que os psicólogos e os neurobiólogos sabem é que nem todo mundo consegue dar esse passo. Nem todo mundo chega a ativar esse mecanismo de sobrevivência instalado em nosso cérebro, que conhecemos como resiliência. Hans Selye, bioquímico canadense do início do século XX, demonstrou que a resiliência é, acima de tudo, uma adaptação a uma situação de estresse.

O nosso sistema nervoso simpático precisa “se calibrar”, recuperar a calma e o equilíbrio. Para isso, ele ordena que determinados hormônios se encarreguem de recuperar essa homeostase.Se o medo nos supera, ficamos bloqueados. Nos transformamos em pedra. Muitas vezes, fatores como a nossa herança genética fazem com que tenhamos uma maior ou menor disposição para sermos resilientes.

Por sua vez, o fato de ter tido uma infância traumática também causa um determinado impacto em nossa química cerebral. O estresse tóxico interrompe o desenvolvimento normal do cérebro da criança, aumentando, assim, sua vulnerabilidade emocional quando chega à idade adulta.
No entanto, a boa notícia é que apesar de a resiliência ter bases neurológicas que nos determinam, os seus mecanismos podem ser treinados.Porque os heróis não nascem, os verdadeiros heróis emergem nos momentos de adversidade.

 

Essa ferida te ensinou a sobreviver

A palavra “trauma” significa literalmente “ferida”. Há um dano que não vemos, mas cujo impacto chega a todos os âmbitos de nossa existência. Richard Tedeschi, psicólogo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e notável especialista neste tema, nos explica que quando uma pessoa está ferida por dentro, a primeira coisa que ela perde é a sua confiança no mundo.

“Quando a razão é capaz de entender o ocorrido, as feridas no coração já são profundas demais.” -Carlos Ruiz Zafón-

Todo o seu sistema de crenças é derrubado e sua confiança no futuro se desvanece por completo. Não há um presente, muito menos um amanhã. O trabalho de “reconstrução” é minucioso e complexo, não é como esperar que um osso quebrado se una, na verdade, é quase como ter a alma quebrada e colhê-la pedaço por pedaço para colocá-la de volta no lugar.

Por sua vez, o doutor Richard Tedeschi enfatiza um erro muito concreto que a sociedade em geral costuma cometer. Quando uma pessoa sofreu abusos em sua infância, quando um homem tem que enfrentar a perda de sua namorada devido a um acidente de trânsito ou quando uma mulher agredida finalmente deixa o agressor, é comum que a primeira coisa que muitos de nós sintamos é pena deles. Além disso, há quem, sem dizer em voz alta, pense que “ninguém supera isso, devem estar destroçados por dentro, sua vida acabou aí”. Pensar isso é um erro. Nunca devemos subestimar a quem foi ferido/a. 

A neuroplasticidade cerebral é infinita, o cérebro se reprograma e a resiliência nos reinventa, nos torna fortes e nos oferece novos escudos não só para enfrentar qualquer Medusa, mas para abrirmos caminhos em nós mesmos para encontrarmos novas felicidades.

      Retirado do link :


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Menina que sofria bullying é enforcada e morta por colegas dentro de sala de aula em Porto Alegre


       Alunas envolvidas na briga chegaram a ser levadas à delegacia e foram liberadas em seguida



                                                      



     
    Uma briga entre colegas de classe provocou a morte de uma adolescente de 14 anos dentro da sala de aula.


A Escola Estadual em Cachoeirinha, na grande Porto Alegre, passou o dia fechada. Todas as atividades foram suspensas depois da morte da estudante Marta Avelnhaneda Gonçalves.




Marta estudava na escola há apenas três dias e colegas afirmam que ela sofria bullying. Segundo a polícia, num intervalo entre as aulas, ela se desentendeu com três colegas de turma.


Não havia professores nem funcionários por perto. Elas trocaram agressões, a vítima foi empurrada e já no chão da sala, passou mal. Foi quando outros estudantes chamaram o serviço médico de urgência.


Marta foi levada ao hospital, mas sofreu uma parada cardiorrespiratória. De acordo com os médicos, ela morreu por asfixia causada por enforcamento.


As alunas envolvidas na briga chegaram a ser levadas à delegacia e foram liberadas. Para a polícia, disseram que Marta começou as agressões. Os pais delas foram ouvidos. A conduta dos funcionários do colégio também vai ser investigada.



Retirado do link:






Depoimento Rafaela Morey


                     O caráter está na Roupa?

                               





       Eu fui com essa roupa pra escola , uma camiseta e um calção
Meu objetivo não era chamar nenhuma atenção, era só porque não gostava de ficar com as pernas coladas no tecido de legging que todas as meninas usam nesse calor no colégio. Mas acabou gerando muitos olhares. 

  Os únicos que usavam esse calção eram os meninos, mas eu não vi problema em comprar e vestir à vontade. 
Caras feias pra lá e pra cá, me olhando com uma expressão que não consegui decifrar. Até que vieram os apelidos "machinho" ou "sapatão". Eu não considero isso uma ofensa, se era pra me atingir. 

 O que eu considero uma ofensa são as pessoas possuírem uma mente tão século XVII a ponto de julgarem a orientação ou gênero de alguém pelas vestes.

Roupa é pra vestir, não pra definir se tu é gay ou lésbica, homem ou mulher. 

E eu quero agradecer as meninas que gostaram da minha iniciativa, e até pensaram em fazer o mesmo. 

Está na hora da gente quebrar esse pensamento atrasado. 


SE NÃO QUISER ADOECER, FALE DOS SEUS SENTIMENTOS! – POR DRAUZIO VARELLA


    Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna


   Com o tempo, a repressão dos sentimentos, a mágoa, a tristeza, a decepção degenera até em câncer. Então, vamos confidenciar, desabafar, partilhar nossa intimidade, nossos desejos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra é um poderoso remédio e poderosa terapia. Se não quiser adoecer – “tome decisão”.

A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir, é preciso saber renunciar, saber perder vantagens e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele. Se não quiser adoecer – “busque soluções”.

Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor acender o fósforo que lamentar a escuridão. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Se não quiser adoecer – “não viva sempre triste”. O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem a vida longa.

A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. Se não quiser adoecer – “não viva de aparências”. Quem esconde a realidade, finge, faz pose, quer sempre dar a impressão de estar bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc. Está acumulando toneladas de peso… Uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Se não quiser adoecer – “aceite-se”.

A rejeição de si próprio, a ausência de autoestima faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. _________ Drauzio Varella

   Retirado do link :

http://osegredo.com.br/2015/12/se-nao-quiser-adoecer-fale-dos-seus-sentimentos-por-drauzio-varella/

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

NINGUÉM PRECISA SER GROSSEIRO PARA SER SINCERO. GENTILEZA É BOM E TODO MUNDO GOSTA


  Não, eu não concordo com essa grossura toda, não. Esse negócio de achar que truculência e competência são a mesma coisa, esse estrabismo de enxergar eficiência onde só há intolerância, essa história de aceitar e elogiar a grosseria em nome do resultado

                         
   Para mim, não dá. Eu não aceito. Vão me desculpar os autointitulados “sinceros”, mas cuspir nossas verdades pessoais na cara dos outros assim sem mais, sem pedir licença, sem jeito e sem pudor não é sinceridade. É falta de educação mesmo. Pretexto para humilhar, subjugar e acabrunhar alguém que, em nossa lógica perversa de autoproteção, precisa ficar em seu lugar. Quase sempre, na esteira de um dissimulado “desculpe a sinceridade” vem uma enxurrada de afrontas, preconceitos e ofensas proferidos com falso desprendimento.

A cada crítica forçada e opinião venenosa, o sujeito muito orgulhoso de sua “sinceridade” pisa com selvageria disfarçada as cabeças de suas vítimas enquanto festeja sua “personalidade forte”. E eu aqui me pergunto se isso não passa de fraqueza de caráter, insegurança profunda e essas coisas que ninguém assume. Tem até quem ofenda e magoe alguém com a desculpa de tentar ajudá-lo. Balela. Mentira. Não está ajudando. Truculência não é boa intenção. É mau gosto mesmo. Digamos a verdade com firmeza, mas com doçura.

 Por que não? Sim, senhor! É claro que se pode ser sincero sem ser agressivo. Todos podemos declarar nossa versão da verdade sem vociferar e agredir. Mas tem gente por aí acusando pessoas de bom senso e almas cuidadosas de hipocrisia, frescura, falsidade e outros acintes pelo simples fato de elas ainda usarem o tato e a cautela para lidar com os outros. É estranho, mas a incrível inversão de valores que nos assola transformou em “fingido” o sujeito de bons modos. Reduziu à condição de “sonso” o cidadão que ousa dizer o que pensa com firmeza, sim, mas com toda a delicadeza que lhe cabe.

Na ótica míope dos hostis, o ser gentil é um molenga, um banana e um fingido. E a gentileza, veja só, é uma farsa. Uma coisa é a nossa dificuldade de ouvir “a verdade” alheia, nosso embaraço em aceitar críticas e receber opiniões diversas. Isso se trata e se corrige. Outra coisa é o nosso direito de ouvir o outro com o mínimo de jeito e delicadeza. Isso não se negocia.

Sigamos assim, exaltando os grosseirões autointitulados “sinceros” e julgando como hipócritas, frouxos, covardes de personalidade fraca os bem educados, e estaremos cada vez mais distantes uns dos outros, rolando ladeira abaixo no caminho para o nada.

 Nessas horas eu sinto saudade de minha bisavó, Benedita Rosa, que me visita com a brisa da tarde, na Hora da Ave Maria, Hora do Ângelus, “Hora da Rosa”. Pensar nela me faz bem. Olhando em nossos olhos durante uma bronca, tinha a firmeza e a direção das locomotivas. Mas nunca perdeu a doçura dos anjos e dos sonhos de padaria. Valei-me, Vovó. Valei-nos Deus! Com toda a sinceridade, está faltando sua gentileza aqui embaixo. 

Retirado do link:


Polícia investiga homicídio de travesti que foi espancada até a morte no CE


  Crime ganhou repercussão após vídeo ser compartilhado. Caso está sendo investigado pelo 32º Distrito Policial

                              
    A Polícia do Ceará investiga o homicídio da travesti Dandara do Santos, de 42 anos, após ter sido espancada até a morte em Fortaleza. O crime aconteceu no dia 15 de fevereiro, no Bairro Bom Jardim, e ganhou repercussão nas redes sociais após o compartilhamento do vídeo que mostra a travesti sendo agredida por um grupo de homens no meio da rua.

O vídeo, gravado por uma pessoa que está com o grupo de agressores, mostra parte da violência. Três homens dão chutes e batem em Dandara com um chinelo. Ela fica com marcas de sangue pelo corpo e não consegue reagir. Os suspeitos ordenam que a travesti suba em um carrinho de mão. Machucada, ela não consegue levantar e cai novamente ao chão, quando dois agressores dão chutes direto na cabeça da vítima.

                                
                           
       O governo do Ceará emitiu uma nota de repúdio em relação aos "atos de violência e intolerância como o que praticado contra Dandara dos Santos", morta por brutal espancamento". Leia abaixo a íntegra da nota do Governo do Ceará.

Durante toda a gravação, Dandara é vítima de gritos e ofensas. Outros dois rapazes aparecem pelas costas da travesti. Um deles a agride com um pedaço de madeira. O outro também dá chutes na cabeça e também acerta um objeto na cabeça da vítima.

O vídeo tem 1 minuto e 20 segundos e termina quando eles colocam a vítima no carrinho de mão e descem a rua. Segundo a polícia, depois dessa gravação, o grupo espancou a travesti até a morte.

O caso está sendo investigado pelo 32º Distrito Policial. Em nota, a polícia informou que as investigações estão "bem adiantadas, porém não é possível repassar detalhes para não comprometer o trabalho policial". Nas redes sociais, internautas lamentaram o caso e denunciaram a intolerância e crime de transfobia.

Nota de repúdio

O Governo do Ceará vem a público manifestar o seu mais profundo repúdio a atos de violência e intolerância como o que foi praticado contra Dandara dos Santos, morta por brutal espancamento. Cumpre informar que toda a estrutura da Segurança Pública do Estado está mobilizada para a apuração do crime e punição dos responsáveis.

Este governo acredita e defende, por meio de uma estrutura de direitos humanos vinculada ao Gabinete do Governador e por políticas públicas vigentes, que o pluralismo, a diversidade e a tolerância são valores fundamentais para a democracia. Estes são pilares inalienáveis de uma sociedade inclusiva e justa.

A Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT do Estado do Ceará tem entre suas atribuições a execução de políticas de atendimento e de afirmação das minorias de gênero, assim como a contribuição efetiva para o debate sobre todas as questões relativas à população LGBT.
Em consonância com os preceitos das liberdades individuais e dos direitos humanos, reafirmamos nossa opção pela vida humana, renegando toda e qualquer manifestação de preconceito.

    Retirado do link :