segunda-feira, 29 de maio de 2017

AS MARCAS DO ABUSO EMOCIONAL


   Os sinais de um abuso emocional, às vezes, são difíceis de detectar
                 
 Ao contrário do abuso físico, o abuso emocional é feito e recebido mais frequentemente do que as pessoas que estão ao redor da vítima podem perceber.
O pior de tudo é que a vítima também não se dá conta, já que a profundidade do abuso costuma aumentar de forma paulatina, fazendo com que a vítima justifique, por aproximação, os maus tratos que nunca teria aceitado se tivessem começado de forma radical.
O abuso emocional pode ser mais prejudicial do que o abuso físico, já que pode enfraquecer o que pensamos sobre nós mesmos. Pode paralisar tudo o que estamos destinados a ser: permitimos e transformamos em algo falso para que possamos nos definir erroneamente.
 O abuso emocional pode acontecer entre pais e filhos, marido e mulher, entre parentes, entre colegas de trabalho e chefes e, até mesmo, entre amigos.
O abusador costuma projetar suas palavras, atitudes ou ações sobre a vítima, ou vítimas, que ele escolheu. Essa é uma de suas estratégias preferidas para evitar qualquer conflito cognitivo que possa colocar sua falsa autoestima em contradição e, além disso, é uma forma de atacar da própria vítima, fazendo-a dependente e criando nela um sentimento de  desamparo.


Como identificar se somos vítimas de um abuso emocional?

Responder às perguntas que propomos a seguir pode fazer com que você encontre uma resposta:

A humilhação, a degradação, a negação. Julgar, criticar:
Há alguém que faz brincadeiras sem graça com você ou que o expõe na frente dos demais?
Faz piadas com você, utiliza o sarcasmo como uma forma de colocá-lo para baixo ou de denegrir a sua imagem?
Ele/eles dizem que sua opinião ou sentimentos são “ruins” ou não têm importância?
Alguém lhe ridiculariza regularmente, lhe rejeita, não leva em conta suas opiniões, pensamentos, sugestões e sentimentos?

Dominação, controle e vergonha:
Você acredita que essa pessoa lhe trata como uma criança?
Constantemente lhe corrige ou castiga porque seu comportamento é “inapropriado”?
Você sente que deve “pedir permissão” antes de ir a algum lugar ou antes de fazer algo e, inclusive, tomar pequenas decisões?
Controla suas despesas?
Trata você como se fosse inferior a ele/eles?
Faz você sentir que ele sempre tem razão?
Lembra constantemente dos seus defeitos?
Menospreza suas conquistas, suas aspirações, seus planos e até mesmo quem você é?
Desaprova com desdém ou despreza seu olhar sobre as coisas, seus comentários e comportamento?
Acusar e culpar, demandas ou expectativas triviais ou pouco razoáveis, nega seus próprios defeitos:
Acusa de algo artificial quando sabe que não é verdade?
É incapaz de rir de si mesmo?
É extremamente sensível quando se trata de outras pessoas que fazem brincadeiras com ele ou que façam qualquer tipo de comentário que parece demonstrar uma falta de respeito?
Desculpa-se por seus problemas?
Querem se justificar por seu comportamento ou tendem culpar os outros, ou as circunstâncias, por seus erros?
Como se dirige a você? Por seu nome, apelido ou cargo?
Culpa-o por seus problemas ou infelicidade?
Falta continuamente com o respeito?

Distanciamento emocional e o “tratamento do silêncio”, isolamento, abandono ou negligência emocional:
Retira-se ou retém a atenção ou afetividade?
Não quer cumprir com as necessidades básicas ou utiliza a negligência ou abandono como castigo?
Joga a culpa sobre você ao invés de assumir a responsabilidade por suas ações ou atitudes?
Não se dá conta ou não se importa com como você se sente?
Não mostra empatia ou faz perguntas para obter informação?

A co-dependência e engano:
Alguém lhe trata não como uma pessoa separada, mas como uma extensão de si mesmos?
Não protege seus limites pessoais e compartilha informação que você não aprova?
Você acha que o melhor para você é simplesmente fazer o que eles pensam?
Demanda contato contínuo e não desenvolveu uma rede de apoio saudável entre seus próprios companheiros?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, comece a pensar na possibilidade de enfrentar de maneira ativa a pessoa que realiza o abuso. Fale sobre o que acontece com pessoas de sua confiança.
Tire a máscara de pessoa amável e compreensiva que ele é para os demais. Finalmente, e mais importante, deixe-se ajudar e ser assessorado por profissionais e desfaça-se do intruso agora mesmo. Ninguém deve pisotear a sua vida.
                        Retirado do link :
http://www.psicologiasdobrasil.com.br/as-marcas-do-abuso-emocional/

Vamos mexer as cadeiras?!


Dançar sempre foi uma de minhas paixões.  Hoje, resgato esses movimentos com a ajuda de uma cuidadora e algumas gambiarras que crio em casa mesmo disse Mara Gabrilli

                              
   "Estou sambando com todos os movimentos que consigo achar no meu corpo. Pendurada no teto por um colete, de braços para cima, dançando e sorrindo , começo a cantar


Essa foi a descrição de um vídeo que fiz enquanto sambava ao som de Burguesinha, do Seu Jorge, em mais uma das sessões de dança que tenho feito em casa.
Dançar sempre foi uma de minhas paixões. Quando morei fora do Brasil, aprendi a sambar para esquentar o corpo em noites muito frias. Além de me aquecer, me divertia. Hoje, resgato esses movimentos com a ajuda de uma cuidadora e algumas gambiarras que crio em casa mesmo.
Para qualquer lugar que você andar em meu apartamento verá ganchos nas paredes e barras no teto. Com essas adaptações consigo suspender meus braços com tiras de tecido, o que tira a ação do atrito e da gravidade e torna possível não só me mexer, como buscar movimentos mais funcionais.
Dia desses meu amigo de longa data, o Mansur, me fez uma visita enquanto eu praticava uma dessas estripulias. Não deu outra: ele me puxou e ficamos horas relembrando o tempo que saíamos para dançar a noite toda.
A dança tem essa coisa de nos aproximar das pessoas e nos fazer entender o tempo de cada uma. Foi incrível reviver essa parceira com meu amigo depois de cadeirante e ver que ainda temos a sincronia de décadas atrás... Ele foi embora de casa com a camisa pingando, embalado por um novo ritmo que criamos naquela tarde.
Pendurada por um colete ao teto, posso ficar em pé e dançar impulsionada por alguém que me puxa pelos quadris ou pelos braços. Ou pelos dois...  Você não vê, mas nesse vídeo aí do post tem alguém me dando uma mãozinha para o molejo acontecer.
Nessas horas qualquer paralisia fica imperceptível. Prova de que o ritmo e o movimento são inerentes ao ser humano.   

                                      

          Evaldo Bertazzo, grande professor de dança aqui no Brasil, diz que todos nós somos cidadãos dançantes. E não é que é verdade mesmo?  A dança vem de dentro para fora. Basta buscar na sua memória corporal. Pé de valsa ou não, em algum momento você dançou. Se não o fez ainda, fica aqui o convite de uma tetra dançarina.

A sensação que a dança me proporciona é deliciosa. Sem falar dos benefícios que ela traz para qualquer pessoa: melhora na flexibilidade, equilíbrio, tonificação... E o melhor de todos: liberdade para falar com o corpo o que está sentindo para o mundo.
                                      Retirado do link:


























O IDIOTA...


    Conta-se que numa cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia

                        


   Um pobre coitado, de pouca inteligencia, vivia de pequenos
biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam a
ele a escolha entre duas moedas: uma grande de 400 REIS e outra menor, de 2.000 REIS.Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia,

Um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos. Eu sei respondeu o tolo assim: Ela vale cinco vezes menos,
mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda.

Pode-se tirar varias conclusões dessa pequena narrativa.

A primeira: Quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: Quais eram os verdadeiros idiotas da história?
A terceira: Se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é:

A percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.
Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim, quem realmente somos.

O maior prazer de uma pessoa inteligente é bancar o idiota, diante de um idiota que banca o inteligente

                              Autor: (anônimo )

segunda-feira, 22 de maio de 2017

AGORA É LEI! Família de aluno que agredir professor será responsabilizada


     O governador Pedro Taques sancionou  a Lei 10.473, de autoria do deputado Sebastião Rezende, que institui a “Política de Prevenção à Violência contra Profissionais da Educação da Rede de Ensino do Estado de Mato Grosso


                            
    Conforme a Lei, ficam instituídas normas para promover a segurança e proteção dos profissionais da educação em Mato Grosso, no exercício de suas atividades laborais, englobando os docentes, os que oferecem suporte pedagógico direto no exercício da docência, os dirigentes ou administradores das instituições de ensino, os inspetores de alunos, supervisores, orientadores educacionais e coordenadores pedagógicos.

A proposta do parlamentar é que as instituições de ensino de Mato Grosso estimulem docentes e alunos, famílias e comunidade para a promoção de atividades de reflexão e análise da violência contra os profissionais do ensino; adotem medidas preventivas e corretivas para situações em que profissionais do ensino, em decorrência de suas funções, sejam vítimas de violência ou corram riscos quanto à sua integridade física ou moral; estabelecer, em parceria com a comunidade escolar, normas de segurança e proteção de seus educadores como parte integrante de sua proposta pedagógica; incentivar os alunos a participarem das decisões disciplinares da instituição sobre segurança e proteção dos profissionais do ensino; e demonstrar à comunidade que o respeito aos educadores é indispensável ao pleno desenvolvimento da pessoa dos educandos.

A lei prevê determina que as medidas de segurança, de proteção e prevenção de atos de violência e constrangimento aos educadores incluam campanhas educativas na comunidade escolar e na comunidade geral; afastamento temporário do infrator conforme a gravidade do ato praticado; e transferência do infrator para outra escola a juízo das autoridades educacionais.

Caso comprovado o ato de violência contra o profissional do ensino, tendo dano material, físico ou moral, responderão solidariamente a família do ofensor, se menor, o ofensor e a instituição de ensino. O profissional de ensino ofendido ou em risco de ofensa poderá procurar a direção da instituição de ensino e postular providências corretivas. 

                                    Fonte: www.al.mt.gov.br/midia/noticia/174488/visualizar

         Retirado do link :


http://www.contratandoprofessores.com/2017/01/agora-e-lei-familia-de-aluno-que.html?m=1  

Conheça os aplicativos que auxiliam crianças com deficiência


         Volta às aulas, inclusão e tecnologia


                        
      Conheça alguns aplicativos que auxiliam crianças, adolescentes e adultos com deficiência na melhoria do desempenho escolar e social. 

                    
     O conteúdo também está acessível em vídeo com intérprete de Libras.


                                

                       Retirado do link :

Crônica : O melhor jeito de fazer qualquer coisa Escrita por Rosana Hermann


   Se você não tiver uma chave de fenda por perto, você vai ter que usar a criatividade e adaptar com uma faca sem ponta, uma moeda, qualquer coisa que permita fazer a operação de encaixar e girar o parafuso

                 

   Criatividade é uma coisa de Deus, linda e maravilhosa, mas como todo superpoder, só deve ser usado quando realmente imprescindível. Qualquer superherói competente sabe disso. Porque, quando a gente começa a improvisar pelo método 'nas coxas', por uma questão de p-r-e-g-u-i-ç-a de procurar a chave de fenda na sua casa, aí é péssimo. Péssimo. Pra vida.

A preguiça de levantar a bunda da cadeira pra pegar a ferramenta certa e realizar uma operação com perfeição é um dos piores hábitos do ser humano.

Porque você tem a melhor solução pro seu problema bem pertinho de você e decide não usá-la, por pura preguiça de investir tempo e esforço pra isso. E, acredite, isso irrita muito a Deusa Sorte. É nesse momento que a faca fura seu dedo, que a moeda estraga a fenda do parafuso, que o forninho cai.

É assim que a gente queima a mão na cozinha (preguiça de pegar aquela luva de forno no fundo da 3a. gaveta), é assim que tropeçamos no tapete (preguiça de colar os cantos com aquela fita adesiva ou tapetinho de borracha que está assim desde a copa de 94), é assim que caem móveis, lustres, prateleiras, que carros batem por falta de manutenção.

O mundo oferece incontáveis limitações pra tudo na vida da gente. Falta de sorte, de grana, de oportunidade, de preparo, de conhecimento, de saúde, de lucidez. São infinitas as coisas que não podemos fazer agora, que talvez não possamos fazer nunca (tipo escalar o Everest) e que podem nos levar à frustração.

Porém, tirando as mais grandiosas, existe uma miríade de pequenos gestos cotidianos que você pode fazer da melhor forma o tempo todo, gerando satisfação, melhora da auto-estima e treino pra fazer qualquer coisa do melhor jeito, uma técnica divina chamada 'fazer direito'.

Fazer direito é uma benção. Se políticos apenas cumprissem suas tarefas direito, se motoristas dirigissem direito, se todos os professores, advogados, lixeiros, tintureiros, apresentadores, jornalistas, médicos, estudantes, todos, apenas fizessem as coisas direito, o mundo seria um paraíso. Os erros sempre vão acontecer, os acidentes surgirão, mas de forma muito mais branda, voltando pra uma estatística de flutuação praticamente normal.

Como qualquer pessoa, também sou alvo da leseira, que sempre me acomete.

Mas, quando ela vem, eu ativo meu superpoder de vencer o Monstro do Azar, que ronda todo preguiçoso como um campo de desastre e acordo a Diva Sorte, que protege todos nós, da tribo dos que sabem que toda vida, todo amor, todo prazer vem dos encaixes perfeitos que só acontecem quando fazemos as coisas direito.

                (Escrito Por Rosana Hermann )


             Retirado do link :

                                

segunda-feira, 15 de maio de 2017

“Dei um basta à autodepreciação”, diz Taryn Bumfitt


     A cirurgia estava marcada. A australiana Taryn Brumfitt, 38 anos, recortaria o abdome – expandido demais em três gestações -, colocaria silicone e ergueria os peitos, em queda depois da amamentação. Era assim, feia, que ela se via

                                     



   Já vinha mantendo uma rotina insana na academia e uma dieta cruel – disposta, inclusive, a participar de competições de corpos perfeitos.


Queria se livrar do asco ao se ver no espelho cravada de estrias e celulite e acabar com a desconfiança de que o marido não a desejava. Taryn acordou do pesadelo quando se perguntou:

“Como vou ensinar minha filha a amar o próprio corpo se não consigo fazer isso?” Mikaela, 4 anos, é a irmã caçula dos garotos Oliver, 8, e Cruz, 6. “Havia deixado de aproveitar o tempo com os meus filhos, gastando-o com as práticas de emagrecimento.”

Taryn mergulhou em uma busca profunda para descobrir o porquê de se envergonhar até de sair de casa. “Entendi que o meu corpo não é um ornamento, mas um veículo para os meus sonhos”, diz.

 “Comecei dando um basta à autodepreciação, sendo gentil comigo e entendendo que a vida é curta para me preocupar com uma barriga flácida.”

Ajudou no processo a conversa com mulheres em situação parecida. Em 2012, ela criou o projeto Body Image Movement (Movimento da Imagem Corporal) para encorajar as pessoas a amar o corpo de dentro para fora, sem perseguir o padrão ditado pela indústria da moda e dos cosméticos.

“Minha tese é a de que devemos celebrar a diversidade corporal e reescrever os ideais de beleza”, afirma. “Nas reuniões, ouvi mulheres relatarem que seus filhos pequenos se achavam gordos, faziam dietas ou usavam esteroides.”

Para incentivar as mães, Taryn lançava uma provocação: “No que você vai pensar quando der o último suspiro?” Ninguém citava culotes ou papadas. “Então, sugeria: ‘Aproveitem enquanto estão vivas para focar no que importa e refletir sobre seus valores'” O discurso não exclui a saúde. Pelo contrário, Taryn ensina receitas de sucos verdes e orienta a alimentar melhor a família.

Ex-fotógrafa, a ativista lança agora o documentário Embrace (Abrace, em tradução livre), para defender a necessidade de as pessoas mudarem a visão que têm de si.

O trailer já foi acessado por 7 milhões de internautas. “Arrecadei 200 mil dólares para o filme”, diz. Nele, Taryn atacará parte da mídia que, além de “coisificar” o feminino, usa truques para atingir as mulheres em suas inseguranças. “É uma lavagem cerebral para acreditarmos que rugas são algo ruim. Não são. Apenas fazem parte do viver.”

                                 
                                         Retirado do link:

Veja como palavras de um professor fizeram um jovem desistir de matar


      Em apenas cinco minutos, um homem transformou o maior arruaceiro de São Luís em um ídolo dos jovens da periferia da capital maranhense

                        
                             
                                           
        Quanto tempo é preciso para convencer uma pessoa a desistir de cometer um assassinato? Um professor de São Luís, no Maranhão, precisou de cinco minutos!

                          
                Retirado do link:

Conceitos distorcidos de masculinidade podem ser perigosos .


     Essa campanha australiana encoraja os homens a se abrirem


       De acordo com a organização Man Up, muitos suicídios poderiam ser evitados se os homens se expressassem mais.

                                     
                            

segunda-feira, 8 de maio de 2017

O porquê é Importante fazer terapia! (Doenças Psicossomáticas)


      Também conhecidas como Somatização 

                     

      As doenças psicossomáticas são problemas psicológicos que se transformam em doenças físicas.

    Ou seja, a pessoa tem problemas psicológicos e sofre tanto que o corpo acaba respondendo com alguma tipo de doença que realmente afeta parte do organismo.

                                   
                                  Retirado do link:

Calçada acessível é um direito de todo o cidadão


               
              Conheçam a cartilha Calçada Cidadã, atualizada de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão

                                  


            Para quem não sabe, agora é obrigação das Prefeituras reformar o passeio público. E para informar e trazer dicas aos gestores de todo o Brasil sobre como fazer a reforma ideal nas calçadas de sua cidade, basta acessar a nossa cartilha no link abaixo.

                   Cartilha Calçada Cidadã
                
                                    
         E você, cidadão, não deixe de acessar o material e cobrar a sua cidade. Ir e vir é um direito de todos.

O ator Leonardo Vieira desabafa em carta aberta sobre homofobia e preconceito”


                 Manifesto contra a homofobia


                                          

           “Quero iniciar essa carta primeiramente desejando a todos um feliz 2017! Desejo que o ano novo seja cheio de realizações para todos, mas que seja principalmente um ano de mais tolerância, respeito e amor entre todos os povos, crenças, religiões, cores, classes sociais, ideologias e orientações sexuais.

           O ano de 2016 terminou e com ele recebi uma tarefa para enfrentar em 2017, a qual quero dividir com vocês. Encarar essa missão será uma grande mudança em minha vida, talvez a maior e uma efetiva quebra de um paradigma. Ainda não sei que consequências estão por vir, mas quero transformar o episódio e as consequências que vivencio em algo que tenha algum valor para um número maior de pessoas.
           No dia 28 de dezembro, comemorei meu aniversário e, para celebrar, fui a uma festa privada de um conhecido. Lá reencontrei um amigo que já não mora mais no Brasil  e acabamos nos beijando. Um fotógrafo não perdeu a oportunidade e disparou uma rajada de cliques registrando a situação.
O que era para ser um momento meu, acabou se tornando público. No dia seguinte, a foto do beijo entre dois homens estava estampada na capa de um grande site de celebridades e replicada em diversos outros espaços.
           Nunca escondi minha sexualidade, quem me conhece sabe disso. Não estou “saindo do armário”, porque nunca estive dentro de um. Também nunca fui um enrustido. Meus pais souberam da minha orientação sexual desde quando eu ainda era muito jovem.
No início não foi fácil pra eles, pois somos de famílias católicas e com características bem conservadoras, mas com o tempo eles passaram a me respeitar e aceitar a minha orientação. Eles puderam perceber através da minha conduta que isso era apenas um detalhe da minha personalidade. Eles entenderam que o filho deles podia ser uma boa pessoa, honesto, bom caráter, bom filho, bom amigo, mesmo sendo “gay”.
Hoje, a única preocupação da minha mãe é que eu não seja feliz. Eu posso afirmar para ela que sou feliz. Tenho um trabalho que me realiza, amigos que me amam e uma família que me conhece de verdade e que me aceita como eu sou, sem hipocrisias. Meu caso não é nem o primeiro e nem será o último.
           Desde cedo já sabia que eu queria ser ator. Já fazia teatro amador na escola, antes mesmo de me descobrir sexualmente. Aos 22 anos, fui alçado para a fama como um foguete. Em quatro capítulos de uma novela fiquei famoso nacionalmente e me tornaram o galã do momento, um “namoradinho do Brasil”. Em pouco tempo estava em todas as capas de revistas e jornais. Passei a receber inúmeras cartas, convites para comerciais de televisão, festas, desfiles, presenças VIPs.
 A mídia me classificou como símbolo sexual e jornalistas me perguntavam como eu me sentia sendo o novo “símbolo sexual”. Eu era novo e não sabia responder, dizia apenas que estava feliz com a repercussão do meu trabalho. Eu nem me achava tão bonito e sexy assim para ser tido como um símbolo sexual.
Sempre me achei um cara normal. Convivi com uma dúvida pessoal que me tirou a paz por um tempo. Como eu poderia ser um símbolo sexual para tantas meninas e mulheres quando a minha sexualidade na “vida real” apontava em outra direção? Como lidar com isso? O que fazer? Declaro minha sexualidade? A pressão era enorme de todos os lados, eu não sabia o que fazer e acabei não me declarando publicamente, mantive uma vida discreta e tratei o assunto em meio a círculos de amizade, trabalho e família como algo natural.
           Sempre achei que um ator deve ser como uma tela em branco. Ali colocaremos tintas, cores, formas e sentimentos para dar vida a diferentes personagens. Respeito, mas nunca concordei com atores que expõem sua vida íntima ou levantam bandeiras ideológicas, exatamente porque no meu entender isso poderia macular essa tela em branco e correr o risco de tirar a credibilidade de um trabalho.
O público passa a ver o ator antes da personagem e para mim isso nunca foi bom. Um dos motivos de nunca ter feito o meu “outing” foi esse e isso não é uma desculpa. Provavelmente, se eu fosse hétero, manteria a mesma postura discreta em relação a minha vida privada.
Infelizmente, vivemos em um país ainda cheio de preconceitos e a homofobia é um deles. Revelar-se homosexual não é fácil pra ninguém e acredito que seja ainda mais difícil para uma pessoa pública. Sempre achei “assumir” um termo pesado demais. Assume-se um crime, um delito, um erro e uma falta grave. Será que estou errado em ser quem sou? Será que tenho alguma culpa para assumir? Esse termo “assumir” me perseguiu como se eu tivesse cometido algum crime e que eu teria que fazer o “mea culpa” e ser condenado.
Nunca me senti criminoso ou culpado por ser homosexual, eu me sentiria assim se tivesse matado alguém, ou roubado alguém ou a nação. O fato de ser gay nunca prejudicou ou feriu alguém, a não ser a mim mesmo; e não escolhi ser gay.
Se pudesse escolher, escolheria ser heterosexual com certeza. Seria muito mais fácil a vida, não teria que ter enfrentado as dificuldades que enfrentei com meus pais, não seria discriminado em certos círculos sociais, teria uma família com filhos (sempre sonhei em ser pai), não sofreria preconceito de colegas, não seria atacado nas ruas, não seria xingado nas redes sociais, não deixaria de ser escolhido para certos personagens, seria convidado para mais campanhas publicitárias e capas de revista.
Tenho vivido e venho sofrendo preconceito durante toda a minha vida e na maioria das vezes ninguém percebeu, só eu senti na pele, mas nem por isso me vitimizei.
           Nunca deixei de fazer nada na minha vida privada por ser ator famoso. Sempre fui a lugares gays, namorei caras incríveis, tenho vários amigos e amigas gays e também frequento lugares héteros, tenho amigos héteros, vou ao supermercado, à feira… Sempre tive uma vida normal como todo ser humano merece ter. Nunca me senti especial por ser ator e sempre fiz questão de transitar livremente, mesmo que muitas vezes tivesse que parar um minuto da minha existência para tirar uma foto ou dar um autógrafo.
Agora, pessoas do público as quais dediquei meu tempo, atenção e carinho, me atacam nas redes sociais de maneira vil e violenta, porque “descobriram” que eu sou gay. Eu nunca disse que não era, só não saí por aí com uma bandeira hasteada. Eu não traí a confiança de ninguém, sempre fui o que sou. Algo muito simples de ser entendido se em nossa sociedade essa questão ainda não fosse um tabu no ano de 2017.
           Sobre o episódio do “beijo gay”, que a princípio parecia ser um “escândalo do último minuto” ou uma pedra no caminho, eu parei para refletir e vi que era, na verdade, um presente. Uma ótima oportunidade para tirar das minhas costas algo que me fez sofrer por muitos anos.
Agradeço sinceramente ao site e ao fotógrafo que publicaram as fotos do beijo, pois assim me vi na obrigação de escrever essa carta e deixar clara a minha posição, tirando, assim, um peso que carrego há anos nas costas, além de poder ajudar a tantas pessoas que sofrem preconceitos, discriminação  ou ainda não assumiram sua sexualidade.
Estou me sentindo bem mais leve, mas poderia estar me sentindo bem mais pesado, caso eu não tivesse o suporte de minha família e amigos. Embora a publicação tenha me feito um grande favor, pode ter me prejudicado imensamente profissionalmente (só saberemos no futuro) ou poderia ter destruído minha família, se por acaso eles já não soubessem da minha situação.
Infelizmente a mesma mídia que se diz contra a intolerância, a discriminação e o preconceito, alimenta esses sentimentos irresponsavelmente, sem medir as consequências.  É incrível que obras como o ” Beijo no Asfalto”, de Nelson Rodrigues, baseada em um beijo entre homens e transformado em sensacionalismo midiático, ainda sejam atuais.
           Essa carta aberta aqui não é um pedido de desculpa, pois não acho que deva pedir desculpas por ser gay. Pelo contrário: sempre tive orgulho de ser quem eu sou. Essa carta é um manifesto contra a homofobia. Descobri estupefato que homofobia não leva ninguém à cadeia.
Este crime, que pode ser devastador na vida das pessoas, não tem defesa à altura. Algumas cometem suicídio e outras matam por simples preconceito, que, aliado à violência verbal, psicológica ou física, é uma das mazelas de nossa sociedade.
Não gostaria de me colocar no papel de vítima, mas sou e não posso deixar de querer meus direitos como cidadão de bem e exigir justiça para mim e, quiçá, para tantos outros homosexuais em meu país que também sofrem com isso diariamente e por anos em suas vidas. Homofobia precisa ser tratada com seriedade pela justiça e pela sociedade.
O objetivo dessa carta não é só esclarecer, de uma vez por todas e a quem interessar possa, a minha orientação sexual, mas também alertar para o verdadeiro crime psicológico e letal que as pessoas cometem ao perderem tempo de suas vidas para atacar os outros na internet ou nas ruas.
O que ainda me surpreende é a violência, a guerra, a discriminação, a intolerância, a falta de respeito entre pessoas iguais que se atacam pela diferença, seja pelo fato de alguém ser gay, hétero, preto , branco, rico, pobre, evangélico ou muçulmano.
 Se sou gay, isso não vai mudar em nada a vida de ninguém ou a de quem estiver lendo isso, mas meu caso talvez possa ajudar pessoas que sofrem com a discriminação sexual ou com qualquer outra forma de discriminação e preconceito.
Não consigo entender porque as pessoas ainda se preocupam tanto com a sexualidade alheia e fazem disso motivo de discórdia e violência.
Existem mulheres e homens na internet dizendo coisas horríveis a meu respeito. Tenho sofrido ataques homofóbicos pelo fato de ter sido fotografado beijando um homem. Se eu fosse hétero jamais me envolveria com uma mulher preconceituosa e deselegante, porque também não me envolveria com um homem preconceituoso e deselegante.
Ser um ser humano com bom caráter, honesto, amigo, leal, educado, gentil, generoso e outras qualidades é muito mais importante do que quem você beija ou se relaciona sexualmente, independentemente se você é homem ou mulher.
Por isso estou indo esta tarde à comissão dos direitos humanos entender quais são os meus direitos como cidadão e quem sabe assim servir de exemplo para que meu caso não seja mais um e isso possa mudar algo em nossa legislação.
Para terminar esse manifesto gostaria de homenagear e agradecer algumas pessoas que, antes de mim, tiveram a coragem de dar sua cara à tapa e declararam suas orientações sexuais sem medo de enfrentar as consequências: Kevin Spacey, Rick Martin, Ian McKellen, Alessandra Maestrine, Marco Nanini, Ney Matogrosso, Daniela Mercury e tantos outros. Deixo aqui meu muito obrigado e todo meu respeito a todos que lutam por esta causa: a da liberdade para que todos possam ser quem são.
           Leonardo Vieira
           Retirado do link: