segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Como ter mais confiança em si mesmo?


    Ser mais confiante nas suas decisões e demonstrar isso para as pessoas pode não ter relação com ser mais ou menos competente. 

              

A segurança está ligada à sua fé interna, à força que vem de dentro. É deixar seu eu verdadeiro ser visto, é ser honesto consigo mesmo em cada uma de suas escolhas

Um velho e sábio amigo me disse uma vez que todos, bem no fundo, buscam confiança. Isso me parece ser verdade. A confiança é extremamente atraente. Em geral, é o que está por trás de nosso respeito e admiração por muita gente.

A indústria da publicidade usa muito esse recurso: ela nos leva a comprar itens, que provavelmente não precisamos, mostrando pessoas que parecem confiantes. Mais do que simplesmente atraente, tudo indica que a confiança é a base de nossa saúde emocional. Não tê-la é fonte de sofrimento que muitos de nós carregamos, às vezes por tempo demais.

 Então, o que é a confiança? Provavelmente, cada um tem sua ideia sobre o que ela é, mas raramente faz uma pausa para torná-la mais consciente. Nesse sentido, um bom exercício de conscientização é simplesmente pensar em duas ou três pessoas que você considera exemplos de confiança.


Tente agora, antes de continuar a ler. Identifique três pessoas em uma folha de papel. Então pergunte a si mesmo: que características específicas elas têm que, para mim, representam a confiança? Depois de terminar esse exercício, você pode seguir em frente considerando a seguinte pergunta: essas pessoas realmente são exemplos de confiança? Esse é um exercício trabalhado na aula sobre Como Ser Mais Confiante da The School of Life. Ideias sobre confiança em nossa cultura vão do sublime ao ridículo.

 Como sabemos, a ampla maioria das pessoas parece muito confiante em uma situação, e, então, fica quase irreconhecível se seus apoios emocionais normais desaparecem, deixando a insegurança tomar conta. Quantas pessoas você conhece que são imunes a isso? Quanto mais você refletir a respeito, mais confuso vai ficar. Revirar essa confusão pode parecer algo como ser um garimpeiro  emocional   em busca do “ouro verdadeiro”.

Segundo Bryan Bonner, da Universidade de Utah, a correlação entre a aparente confiança de quem fala e o quanto ele entende sobre um determinado assunto, frequentemente, é muito pequena.

Ele está envolvido em algumas pesquisas muito inovadoras sobre a influência em grupos e as tomadas efetivas de decisão. Ao fazer julgamentos sobre a área de conhecimento de alguém, acredita Bonner, tendemos a nos fiar demais em características como o aparente nível de confiança da pessoa, sua extroversão, gênero e/ou raça, e não o bastante no teor de suas contribuições. Em outras palavras, se eu simplesmente repetir meu ponto de vista insistentemente e o grupo de pessoas que me ouve não parar para considerar os motivos pelos quais eu realmente possa saber do que estou falando, provavelmente o convencerei – mesmo se não tiver ideia do que estou dizendo.
Em seu novo livro sobre confiança (ainda sem tradução para o português), o psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic diz: “Sentir-se bem não aumenta a probabilidade de ser bom”. Ele argumenta que, em média, a chance de as pessoas mais confiantes na equipe também serem as mais competentes é apenas 15% maior do que o acaso. Sua opinião é que, mesmo que você consiga desenvolver a confiança, não vale a pena fazer isso, porque ela não é um indicador de que você seja mais competente do que qualquer um.


 Confiança real

 Quando ficamos impressionados com a aparente confiança de alguém, o que realmente nos impressiona? É a confiança baseada em quanto se sabe? Ou na beleza? Ou isso vem de se identificar com uma determinada marca de produto de consumo? Uma pessoa confiante é alguém com um argumento convincente? Ou que anda com as pessoas cool? Ou que sempre é otimista e positiva? Fama e poder são bons indicadores de confiança?

 Você desenvolve confiança ao ficar o mais longe possível da ansiedade e do medo? Se a maioria de seus amigos e familiares pensa em você como um exemplo de confiança, mas você sabe, bem no fundo, que não é – isso é o melhor que extrairemos da vida? É isso mesmo? Algumas pessoas nascem com confiança, outras não – e se você é uma destas... que pena?

Se seguir o que Bonner e Chamorro-Premuzic estão dizendo, você pode até estar se perguntando se vale a pena desenvolver a confiança! Posso me sentir bem quando sei tudo sobre um assunto ou quando caminho pela Avenida Paulista usando os fones de ouvido mais recentes ou quando as pessoas me elogiam – e posso conseguir manter esse sentimento por muito tempo –, mas isso realmente é confiança? Não importa quão confiante ou inseguro você se sinta, todos provavelmente se beneficiarão de fazer uma pausa de vez em quando para refletir sobre isso. Talvez seja o caso – por questões de entendimento – de fazermos uma distinção clara entre um tipo de confiança “superficial” ou “falsa” e o “ouro verdadeiro”.

A socióloga e pesquisadora norte-americana Brené Brown parece achar que há algo mais na confiança do que simplesmente “se sentir bem”. Professora de pesquisa na Graduate College of Social Work da Universidade de Houston, Brown passou mais de dez anos pesquisando características na raiz do nosso bem-estar legítimo. Em sua obra, ela destaca a importância da autenticidade como uma das qualidades essenciais do bem-estar e da confiança. Bom, todos sabemos que convencer os outros de que você sabe do que está falando é relativamente fácil. Ser autêntico é outra questão – e talvez seja aí que possamos ter uma noção de uma forma mais verdadeira de confiança que vale cultivar. Ela escreve: “Autenticidade é uma coleção de escolhas que temos de fazer todo dia. Trata-se da escolha de aparecer e ser verdadeiro. A escolha de ser honesto. A escolha de deixar nosso ‘eu’ verdadeiro ser visto…

Se você trocar sua autenticidade por segurança, poderá ter as seguintes sensações: ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, vício, raiva, culpa, ressentimento e tristeza inexplicável”.

Então, se todos nós, bem no fundo, estivermos buscando confiança, se pararmos um tempo para refletir um pouco mais, como estamos fazendo aqui, poderemos descobrir que nossa força interior está mais em aprender a ser mais honestos e verdadeiros com nós mesmos do que em viver o que a educadora americana Parker Palmer chama de uma “vida dividida”. Talvez, mesmo de pequenas formas – começando hoje –, possamos começar a viver de uma maneira que não contradiga algo dentro de nós que soe como verdadeiro e não possa continuar sendo evitado. Talvez seja como garimpeiros, em busca do ouro verdadeiro, que precisemos começar.


A The School of Life explora questões fundamentais da vida em torno de temas como trabalho, amor, sociedade, família, cultura e autoconhecimento. Foi fundada em Londres, em 2008, e chegou por aqui em 2013. Atualmente, há aulas regulares em São Paulo e no Rio. Para saber mais: theschooloflife.com/saopaulo.


Stephen Little é irlandês, físico, budista ordenado, palestrante e instrutor experiente do método de Atenção Plena (Mindfulness). É também diretor do Centro de Vivência em Atenção Plena (SP), e dá aulas regulares na The School of Life no Brasil sobre Como Ser Mais Confiante, Mindfulness, entre outras.

                       Retirado do link :





Ser diagnosticada com câncer de mama me fez perder amigas


           Bullying da incompreensão 


               

Desde então não tenho medo da morte, tenho medo dos vivos...



Trabalhadora. Guerreira. Amiga. É assim que eu via a Shirley de 37 anos. Solteira, criei meus dois filhos sozinha. De segunda a sábado ralava no salão de beleza, dando um gás na autoestima da mulherada. Ainda encontrava tempo para ser terapeuta de boteco de amigas com corações partidos.
Não era fácil, vivia uma rotina cansativa. Mas fazia tudo com amor. Estava sempre a postos para ajudar minha família e as tão queridas irmãs da vida. Ah, é, companheira: a Shirley de 37 anos era muito leal.
E essa mulher, tão fiel aos seus, levou um baita tombo quando foi diagnosticada com câncer de mama. Costumo dizer que foi fácil vencer o tumor, difícil mesmo foi encarar a realidade sombria que se desenhou: para brindar a sexta-feira, contava com amigas a perder de vista... para segurar minha mão durante a quimioterapia não restou uma. 
O câncer da alma doeu mais que o do corpo
Acredito que com toda dor vem uma lição, com essa não foi diferente. Em meados de 2012 reparei que havia um caroço na minha mama esquerda. Achei alarmante, logo procurei um médico. Ele fez pouco caso, desdenhou do meu desespero. Passei por uma ultrassonografia antes do diagnóstico oficial: era apenas um nódulo comum na glândula mamária. Foi difícil aceitar o resultado, uma sensação muito forte de que não era algo tão simples me sondava.
Passei em outros doutores que também não detectaram nenhuma anormalidade. Com o tempo, o nódulo sumiu. Não durou muito e, em 2013, ele ressurgiu. Dessa vez, dolorido.
Já era junho de 2014 quando o diagnóstico certeiro veio após uma biópsia: câncer de mama avançado. Caso seríssimo. O sol mal havia se posto e eu já estava sendo encaminhada para a primeira sessão de quimioterapia. Quase não tive tempo de processar a informação.
 No primeiro dia, só consegui comentar com a família. Chamei minha filha e meu ex-marido para conversar. Fui direta: “estou com câncer”. Senti os dois tontos. Pedi calma. Precisava da ajuda deles para que tocassem a vida e se apoiassem enquanto eu cuidava de mim. Minha filha ficou estática, não soube reagir. Ela era muito jovem, tinha só 17 anos. Seu pai ficou inconformado, acabei por consolar o cara, não o contrário.
Alguns dias depois consegui contar para os amigos. Naturalmente esperava apoio, compreensão, ombros para chorar e mãos para amparar as lágrimas anunciadas. O que encontrei foi desesperador: ligações que nunca foram retornadas, mensagens até hoje sem respostas. Logo percebi que não poderia contar com eles como contavam comigo. Fiquei desnorteada. Me senti um lixo, um ser humano não digno de apoio e carinho. Fui arremessada contra a parede e precisava levantar.
Deus enviou um exército surpresa para essa guerra

Dizem que Deus fecha uma porta e abre uma janela. Ele trancou muitas portas na mesma ventania. Certamente também foi Ele que escancarou janelas onde eu só enxergava paredes.

 Muitas pessoas me surpreenderam, mostraram que o amor pode salvar vidas. Fiquei chocada quando vi minha cunhada aparecer em casa depois do diagnóstico. Não nos dávamos bem, mas mesmo assim ela entrou pela porta e disse: “você vai operar e eu vou cuidar de você!”. Essa atitude mexeu muito comigo. 

Dois colegas não tão próximos e até um ex-namorado apareceram para segurar o rojão. A força não veio de onde eu esperava, mas certamente veio com eles.

Também encontrei suporte para a luta contra o câncer em um grupo de motoqueiros da cidade, o HOG. As pessoas me receberam tão bem que me senti em casa. Fui até paquerada! Eu quase não acreditei, cheguei a dizer: “cara, estou careca, como você pode achar isso bonito?”
. A resposta foi um sincero “não é o cabelo que faz a mulher”. Em março de 2015 fiz a operação para a retirada do tumor e em julho já estava fazendo radioterapia. Comecei a redescobrir minha feminilidade, ela tinha ficado de escanteio junto com as amigas que nunca mais vi. Fiz um ensaio fotográfico com o Projeto Pérolas, me senti a mulher mais poderosa do mundo! Fiquei bonita de novo graças a isso. Guardo as fotos com o maior carinho, me dão forças nos dias de dor.
Só o amor nos salva da vida

Dois anos depois de ter vencido o câncer, uma das amigas que me abandonou lá atrás pediu perdão. “Te dei as costas quando você mais precisou de mim”, ela disse. Me limitei a constatar o óbvio: “a vida é assim”. Perdoei, não guardo rancor. Não foi fácil, me custou lágrimas e doeu na alma, mas eu superei. Aprendi que há de se amar sem exigir nada em troca. Hoje, sem um seio, tenho mais espaço no peito para perdoar e nenhum para guardar mágoas.
Passei a dar o devido valor à família; a de sangue e a que escolhi a dedo. Descobri que o tempo é nosso bem mais precioso. Um minuto pode mudar tudo. Não posso jogar nem um fora, ele pode ser o último.
 Acredito que minha missão seja passar a mensagem adiante. Se você está nessa luta, lhe desejo força e fé: carregue isso no coração desde o momento que abre os olhos pela manhã. Não dê crédito para a doença, mulher. Foque no resultado, mantenha os olhos na cura: você também vai vencer! 
                     Shirley Ferreira Nogueira, 40 anos, cabeleireira, São João de Meriti, RJ
                    Retirado do link:

Torturei minha garotinha durante anos", diz mãe sobre aceitação de filho transgênero; relato viralizou


      Bullying Materno(intolerância ,amor e perdão )questão dos trangêneros  

               Quando criança, a cada vez que José Bernardo trocava o vestido pela bermuda e saía para brincar na vizinhança, sua mãe, a investigadora de polícia paraense Norma Coeli, ouvia do então marido: "Como você deixa a Letícia andar assim? Ela está parecendo um homenzinho".
José Bernardo, hoje com 18 anos, foi batizado de Letícia, mas nunca se identificou com atividades que os outros diziam ser "de meninas". Preferia o cabelo curto aos longos cachos. Os esportes com bola às bonecas e detestava as aulas de balé.
      Já adolescente, disse à mãe que era lésbica. E, pouco tempo depois, tomou coragem para se afirmar como transgênero (quando a pessoa não se identifica com o gênero designado no nascimento).
     A aceitação dos pais, no entanto, não foi imediata.
"Sempre soube que meu filho não era uma menininha, mas escondi isso de mim mesma o quanto pude. Muitos lacinhos, babados e o lindo mundo cor-de-rosa", conta Norma em entrevista por telefone à BBC Brasil.
"Na verdade, apenas torturei minha garotinha por anos a fio! Essa é a mais pura verdade", fala.
Em um post emocionado publicado em sua página pessoal no Facebook, Norma desabafou sobre como enfrentou o próprio preconceito para aceitar o filho. O relato, que veio acompanhado de uma foto da carteira de identidade social de José Bernardo rapidamente viralizou nas redes sociais, com milhares de curtidas e compartilhamentos.
"Foi libertador para nós dois. Sempre fui seu ombro amigo. Ouvia suas angústias e seus problemas, mas tinha medo do que podia acontecer com ele. Talvez isso explique por que eu custava tanto a aceitar que meu filho era diferente dos outros", diz.
"Meu ex-marido [Norma separou-se há três anos depois de permanecer quase duas décadas casada] e o irmão dele, mais velho, também o apoiaram bastante. Somos bastante unidos e uma família feliz. Aqui não existe preconceito."

Repercussão

Norma conta ter decidido escrever o post sobre José Bernardo --que escolheu o nome em homenagem ao avô-- para "informar" a família.
"A repercussão foi muito maior do que imaginava. Foi um alívio e um susto. Para além das curtidas e compartilhamentos, o mais importante foi que o post me propiciou ter contato com centenas de pessoas que passam por uma situação semelhante", afirma.
"Há vários Josés Bernardos no Brasil. Infelizmente nem todos são aceitos como eu aceitei meu filho. Fiquei muito comovida ao receber tantos relatos de homossexuais e transgêneros, que me confidenciaram que não têm o apoio da família. Um sofrimento sem fim", fala.
Em muitos casos, contudo, a não aceitação termina em violência. Segundo dados da ONG Transgender Europe, o Brasil é o país que mais mata travestis e transgêneros no mundo, seguido de México, Colômbia, Venezuela e Honduras.
De 1º de janeiro de 2008 a 31 de dezembro de 2015, foram 802 mortes em todo o território nacional. No mesmo período, 2.016 transgêneros foram mortos em 65 países do mundo.
"Felizmente, nunca fui agredido, apesar de já ter recebido olhares estranhos na rua e ouvido comentários negativos a meu respeito", diz José Bernardo à BBC Brasil.
Diante do alto número de casos de violência, uma medida em vigor em alguns Estados brasileiros vem sendo louvada como importante ferramenta de combate ao preconceito.
Desde 2014, o Pará é uma das unidades da federação que permite a emissão de identidade social a travestis e transsexuais. Ao todo, foram entregues 270 documentos, principalmente em Belém, segundo o governo.
"Para mim, foi libertador. É como se pudesse responder por alguém que sempre fui", declara José Bernardo.

Fora do ar

Em meio à tamanha repercussão positiva, Norma foi surpreendida com a retirada do post do ar dias depois de publicá-lo. Ela chegou a repostá-lo, mas o conteúdo novamente foi apagado.
Procurado pela BBC Brasil, o Facebook informou que os posts de Norma violaram as regras de comunidade da rede social por causa da foto da carteira de identidade social de José Bernardo, na qual seus detalhes pessoais aparecem visíveis.
Segundo a empresa, nenhum conteúdo é removido "proativamente" e, quando isso ocorre, resulta de uma denúncia.
O Facebook acrescentou ainda que os dois posts de Norma seriam republicados, sem a foto.
"Manter a segurança das pessoas é a maior responsabilidade do Facebook e por isso desenvolvemos padrões de comunidade que determinam o que é permitido ou não na nossa plataforma, incluindo a garantia de identidades autênticas e restringindo a publicação de informações pessoais sem consentimento", informou o Facebook, em comunicado enviado à BBC Brasil.
Norma diz acreditar que a denúncia tenha partido de algum "homofóbico ou transfóbico".
"Infelizmente, ainda há muito preconceito no Brasil. Espero que meu relato não gere tamanha comoção e seja encarado apenas pelo que é: uma mensagem de amor de uma mãe para seu filho", diz.
                Retirado do link:


              

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

“Ele não é especial. Ele é meu irmão!”


    Eu não vou fazer rodeios. Cada vez que ouço a frase “necessidades especiais”, eu tremo
                            Pra falar a verdade, eu não costumo chamar a atenção das pessoas sobre que termos usar, a menos que considere a linguagem ofensiva. Mas isso me tira do sério. E eu acho que está na hora dessa frase prejudicial e a mentalidade que a acompanha ir para o lixo.
A expressão “necessidades especiais” é comumente usada como um eufemismo para se referir a uma pessoa com deficiência (particularmente deficiência  intelectual ou cognitiva e, frequentemente, uma criança) ou que funcione de alguma forma atípica.
Mas se você parar pra pensar, o adjetivo “especial” tornou-se um código para descrever lugares reservados para pessoas com deficiência. Por exemplo, “escolas especiais”, “centro de educação especial”, “oficinas especiais”, “casas especiais”, etc.
Existem centenas de sites e páginas do Facebook dedicadas a pessoas com “necessidades especiais” e os pais de crianças “especiais” ou com “necessidades especiais”. A expressão “necessidades especiais” é usada regularmente pelos meios de comunicação – é a linguagem comum.
Embora a diversidade humana, o modelo social da deficiência e a inclusão, enquanto conceitos estruturantes dos direitos humanos, estejam se solidificando, para grande parte da sociedade a “história especial” ainda é assim:
Uma criança com “necessidades especiais” pega o “ônibus especial”, para receber “ajuda especial”, em uma “escola especial”, de “professores de educação especial”, para prepará-los para um futuro “especial”, vivendo em uma “casa especial” e trabalhando em uma “oficina especial”.
Isso soa “especial” para você?
Nas mentes de muitos em nossa sociedade um rótulo de “necessidades especiais” é efetivamente um bilhete só de ida para um caminho separado, segregado, de uma trajetória marginal pela vida.
A palavra “especial” é usada para maquiar a segregação e a exclusão social – e a continuidade de seu uso em nossa língua, nos sistemas de educação, na mídia etc serve para manter esses  conceitos “especiais”, cada vez mais antiquados, que revestem o caminho para uma vida de exclusão e de baixas expectativas.
A lógica da conexão entre “necessidades especiais” e “lugares [segregados] especiais” é muito forte – ela não precisa de reforço – precisa ser quebrada.
Além disso, o rótulo de “necessidades especiais” reflete o modelo médico de “cuidado” com a pessoa com deficiência no lugar do modelo social de inclusão da pessoa com deficiência. Ele restringe e medicaliza a resposta da sociedade ao sugerir que o foco deve ser “tratar” as “necessidades especiais” da pessoa, em vez de agir no ambiente onde ela está, de modo a acolhê-la e incluí-la enquanto indivíduo.
Há outra consequência insidiosa, mas grave ao ser rotulado “especial” ou com “necessidades especiais”. O rótulo traz consigo a implicação de que uma pessoa com “necessidades especiais” só pode ter as suas necessidades satisfeitas por ajuda “especial” ou por pessoas “especialmente treinadas” – por “especialistas”.
 Essa implicação é particularmente poderosa e prejudicial em nossos sistema de ensino regular. É uma barreira que impede que administradores e professores de escolas regulares se sintam responsáveis, habilitados ou qualificados para abraçar e praticar a educação inclusiva em salas de aula regulares e, consequentemente, perpetua a atitude de resistência para a realização do direito humano à educação inclusiva nos termos do artigo 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e da Lei Brasileira de Inclusão.
Em outras palavras, a linguagem das “necessidades especiais” serve como uma desculpa e legitima a atitude padrão de muitos educadores gerais de “não dá pra fazer”. Ela efetivamente priva a educação inclusiva do oxigênio necessário a uma cultura favorável de sala de aula de “poder fazer”.
Além disso, e mais importante ainda, o conceito de “necessidades especiais” não faz sentido. “Necessidades especiais” não existem.
 Uma criança com deficiência tem as mesmas necessidades como todos os outros – as mesmas necessidades humanas – de ser amada, alimentada, educada, abrigada – de se mover, comunicar, participar, pertencer etc.
 Uma pessoa pode precisar de mais assistência para uma determinada coisa quando seu ambiente foi predeterminado sem levar em conta sua deficiência, para satisfazer as necessidades humanas básicas.
O rótulo de “necessidades especiais” é inconsistente com o reconhecimento da deficiência como parte da diversidade humana. Nesse marco social, nenhum de nós é “especial” como todos nós somos irmãos iguais na família diversa da humanidade.
Lembro-me de uma canção de 1969 do grupo “The Hollies”, em que, em tom surpreso, uma jovem respondia a um estranho que sugeria que seu irmão mais novo era muito “pesado” para ela carregar. Eu acho que as irmãs do meu filho Julius ficariam tão surpresas – ou mesmo indignadas – se ouvissem o irmão ser chamado de “especial”. Diriam: “ele não é especial, ele é meu irmão”.
                  Tradução Patricia Almeida
                        Retirado do link:
                      http://www.inclusive.org.br/arquivos/2988

200 cirurgias e 65% do corpo queimado: modelo renasce graças ao triatlo


    A história de Turia Pitt é forte. Modelo australiana e corredora, ela viveu um drama há cinco anos, quando, durante uma ultramaratona em seu país, tornou-se vítima de um incêndio florestal

                          Ela correu sério risco de morte pelas queimaduras graves em cerca de 65% de seu corpo, mas sobreviveu. Os médicos, então, disseram que correr não seria mais possível. Ela não aceitou a previsão. Mais que isso, neste ano, completou o Mundial de Ironman no Havaí.


Turia foi submetida a cerca de 200 cirurgias. Partiu das chances pequenas de sobreviver para intermináveis intervenções plásticas.
A modelo, no entanto, não conseguiu ficar longe do esporte. Além de voltar a correr, ela queria mais. Queria provar para os médicos que, sim, era possível voltar. O desejo de competir em um Ironman a empurrou para essa luta, segundo ela.

Turia Pitt enfrentou os 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42 km de corrida no Ironman do Havaí, o Mundial da modalidade. Terminou em 14h37min, dentro do tempo limite de 17h. Para se classificar, ela conseguiu o índice em outro Ironman, na Austrália, em maio.

"Estou realmente orgulhosa. Não foi uma prova perfeita e nem tudo saiu como planejado, mas me dediquei ao máximo e dei tudo de mim", vibrou a modelo depois de cruzar a linha de chegada e ouvir o tradicional "você é um Ironman".


  Para Turia, o Ironman teve mais obstáculos do que os naturais da prova. Devido às queimaduras, ela precisou usar trajes especiais para enfrentar o calor e a exposição ao sol. "Meu corpo não consegue regular a temperatura naturalmente, então precisei fazer alguns ajustes na minha roupa", contou ela.

  Além das queimaduras, o incêndio florestal também fez com que ela precisasse amputar cinco dedos das mãos.

   Por isso, sua bicicleta foi adaptada para que pudesse trocar as marchas e usar o freio nas competições. Tantas dificuldades, segundo ela, são poucas em comparação ao que ela viveu em 2011. "Eu lembro como foi minha recuperação e isso ajuda muito".
Outro fator fundamental foi o apoio de seu marido, Michael Hoskin. Em 2011, após o acidente, o então policial abandonou a carreira para ficar ao lado de Turia Pitt. E continua assim a cada etapa da vida dela, que agora já inclui dois Ironman.

                        
                    Retirado do link:




      

Andrea Bocelli para show e conta que sua mãe enfrentou médicos, recusando-se a abortar, para criá-lo com muito amor


       O cantor italiano Andrea Bocelli tem uma história de vida capaz de emocionar até mesmo os corações mais gelados

   
        Nesse vídeo, ele deixa a plateia com nó na garganta (e a gente também) ao narrar uma historinha de uma mulher que se recusou a abortar o bebê.

      Na história, a jovem grávida foi internada às pressas por causa de um ataque de apendicite. "Os médicos tiveram de aplicar gelo em seu estômago e quando terminaram os tratamentos os médicos sugeriram que ela abortasse a criança. Eles disseram que era a melhor solução, porque o bebê nasceria com alguma deficiência", conta Bocelli.
    Mas aquela mulher encarou os médicos e se recusou a tirar o filho. Ela o queria de todos os jeitos. Tirar sua vida iria contra tudo o que acreditava. Ela decidiu ter a criança e, para espanto de todos, Bocelli finaliza dizendo:     

    "Essa mulher era minha mãe, e eu era a criança."

                                  
                              Retirado do link:

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Ninguém sangra à toa. Mas há quem sangre de forma secreta, silenciosa, solitária. A depressão é um tipo de hemorragia interna; só que o que sangra é a alma


   O Bullying se não for tratado cedo pode causar depressão 
                                       
Seria uma bênção acordar sangrando. Haveria testemunhas para esse fato impossível de ser ignorado. Há sangue! Procura-se por um ferimento, uma causa, um trauma. 
Os mesmos olhos que custaram uma eternidade para receber a visita acolhedora do sono, não são capazes de despertar. Ardem, pesam, parecem conter milhões de micropartículas de areia. Os olhos são visíveis; a insônia e a fadiga, não.
 Às vezes, alguém do lado de fora pode até perceber “Puxa, você está com olheiras. Tá tudo bem?” ou “Como seus olhos estão vermelhos! Está resfriado?”. Não, não está tudo bem! E, não, não é resfriado. Mas, a maior parte dos parceiros da depressão está acostumada a fingir que não sente nada. E, na maioria das vezes, responde automaticamente “Sim, está tudo bem. Deve ser apenas um resfriado.” O resfriado é fácil de compreender, todo mundo está autorizado a ter. E o “tudo bem” é o que o outro espera ouvir, para poder ficar “tudo bem” pra ele também. Complicado?! Ahhh… É! Muito complicado!
A expectativa de vida é reduzida para as pessoas que sofrem de depressão; assim como a sua capacidade de conviver, produzir, pensar e interagir. Indivíduos deprimidos são mais suscetíveis a diversas doenças como diabetes, fibromialgias, disfunções hormonais e enxaquecas. Desequilíbrios no sistema nervoso (que é responsável pela sensibilidade à dor) ou no sistema límbico (que é responsável por reger as emoções) causam uma dupla disfunção: a dor crônica pode levar à depressão, assim como o inverso também é comprovado.
Só nos Estados Unidos, o consumo de antidepressivos aumentou 400% em 20 anos. Mas, historicamente, depressão é um conceito que apareceu ainda ontem. Por séculos, ela foi uma doença cheia de mistérios conhecida como melancolia.
Estamos atolados num tipo de epidemia do desconforto emocional: há mais pessoas deprimidas do que jamais houve. Uma piada sarcástica diante de uma época em que ser feliz é quase uma obrigação. Todo mundo quer ser feliz, bonito, rico, bem-sucedido, amado e, se possível que tudo isso venha num passe de mágica, com pouco ou nenhum esforço.
E, quando o mundo todo parece estar se divertindo numa festa para qual não fomos convidados, vem um vago sentimento de tristeza. No entanto, é preciso cuidado: tristeza não é, nem de longe, a mesma coisa que depressão.
O ritmo e estilo de vida que insistimos em comprar a preços altíssimos, nos lança numa montanha-russa de angústia e ansiedade que pode levar a sensações prolongadas de tristeza e apreensão. Ficamos muito vulneráveis aos apelos de uma sociedade inquieta que exige de nós o máximo, a excelência, a última gota.
 É como caminhar numa estrada sem luz, desconhecida e cheia de obstáculos: nunca sabemos o que está por vir. Só nós mesmos é que podemos nos salvar dessa armadilha. Parar. Respirar. Rever. Avaliar. Escolher. Escolher é a única forma lúcida de administrar o que vale a vida. Talvez a única forma de evitar que a tristeza se prolongue a ponto de encontrar uma confortável morada dentro de nós. Mas, isso ainda não é depressão. Depressão é doença, não é falta de coragem para enfrentar as vicissitudes da vida; não é artifício para chamar a atenção; não é frescura; não é falta do que fazer. Depressão não se cura sozinha ou à custa de repouso e Vitamina C, qual uma virose. Não é contagioso, mas coloca quem a carrega, muitas vezes, em situações de isolamento.
A Organização Mundial da Saúde sinaliza para a forte possibilidade de que em 2030 a depressão venha a ser a doença mais comum do mundo, ultrapassando os problemas cardíacos e o câncer. O que torna isso ainda mais preocupante é que estamos ainda flertando com ela, não a conhecemos o suficiente para compreendê-la.


Engana-se, no entanto, aqueles que associam a doença depressiva ao cenário caótico da modernidade. Na Grécia antiga, os filósofos associavam a melancolia à superioridade intelectual e à personalidade social seletiva, sem qualquer aproximação com o conceito de doença.
O médico inglês Thomas Willis, foi o primeiro a relacionar a melancolia à mania (em meados do século XVII), definindo o que seria um ciclo maníaco-depressivo.
Neste mesmo século, Robert Burton, um filósofo, aponta para os costumes sociais como os grandes disparadores dos estados de melancolia.
A primeira tentativa de categorização psiquiátrica sobre melancolia foi realizada no final do século XVIII com Pinel, por meio de observações clínicas e agrupamento de sintomas, e então, com a instauração do saber psiquiátrico no Século XIX, a melancolia foi transformada em doença mental, sem qualquer sinal de romantismo literário. Esquirol a denominou de “lipermania” ou “monomania triste” e Jean Pierre Falret de loucura circular, aproximando a melancolia da mania. Foi então que, no final do século, Emil Kraepelin integrou a melancolia à loucura maníaco-depressiva, fundindo-se em seguida à psicose maníaco-depressiva.
A Escala de Depressão de Beck ou Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory, BDI, BDI-II), criada por Aaron Beck e publicada em 1961, que consiste em um questionário com 21 itens de múltipla escolha, é um dos instrumentos mais utilizados para medir a severidade de episódios depressivos; seu desenvolvimento é um divisor de águas que marcou a mudança de comportamento entre os profissionais de saúde mental.
Anteriormente a depressão era entendida como o efeito de pressões psicológicas externas, aliadas à interação entre as motivações conscientes e inconscientes do indivíduo deprimido. O conceito original desse pressuposto foi desenvolvido por Sigmund Freud. A Escala de Depressão de Beck propõe tratar o diagnóstico da depressão, considerando sua manifestação a partir de perguntas que abordem questões mentais advindas dos próprios pensamentos dos pacientes.
Na sua versão atual, o questionário é desenhado para pacientes acima de 13 anos de idade e é composto de diversos itens relacionados aos sintomas depressivos, tais como: desesperança; irritabilidade e cognições (culpa ou sentimentos de estar sendo punido); assim como sintomas físicos como fadiga, perda ou ganho de peso e diminuição da libido.
Existem três versões da escala: a BDI original, publicada em 1961 e revisada em 1978; a BDI-1A; e a BDI-II, publicada em 1996. A escala é largamente utilizada como ferramenta para medida por profissionais de saúde e pesquisadores em uma variedade significativa de contextos clínicos e de pesquisa. Desnecessário alertar para o fato de que soa no mínimo ingênuo e simplista tentar reduzir algo tão complexo quanto a depressão a uma série de lacunas marcadas com “X”!
Conviver com a depressão e com os depressivos é um desafio diário de coragem, tolerância, persistência e compaixão. Os pacientes vivem num espaço de tempo e lugar em dimensão diferente dos indivíduos que não convivem com as alterações involuntárias de humor; tudo lhes parece fútil, ou sem real importância; perdem a capacidade de ver o mundo em cores; lutam para ignorar a cratera que sentem no peito, causadas pela incapacidade de sentir alegria.
 As crianças e adolescentes, são atingidas por um complicador ainda mais cruel: muitas vezes, em vez de parecerem tristes, mostram-se irritáveis e agressivos. O deprimido, com frequência, julga-se um peso para os familiares e amigos, muitas vezes mesmo que não chegue a considerar a ideia de por fim à própria vida, nutre desejos de que a morte chegue simplesmente.
E, como mais uma das maravilhas científicas do mundo moderno, no meio dessa aparente situação de trevas emocionais, surgem as “milagrosas drogas antidepressivas” e “reguladores de humor” que, sem dúvida, reduzem os efeitos e arranham a casca da depressão e seus efeitos aparentes e observáveis.
 Meses de introdução, acerto de dosagem e troca de medicamentos; até que psiquiatra e paciente cheguem a um acordo para determinar o que, quanto e quando será administrado para que os efeitos colaterais sejam menos devastadores do que viver com a depressão. Acerto de medicação; comprometimento do paciente, familiares e outros envolvidos; acompanhamento indispensável de terapia comportamental cognitiva ou psicanálise; acenam para uma convivência menos sofrida com o desafio da depressão.
Alcançar a cura, ou a remissão dos sintomas não é, nem de longe, uma tarefa simples. É jornada que envolve a todos que estiverem minimamente relacionados a quem luta para permanecer inteiro até o fim de cada dia, ainda que amanheça sangrando invisivelmente.
                        (Autora Ana Macarin)
                            Retirada do link:
                      http://www.contioutra.com/hoje-eu-acordei-sangrando/

 

10 mensagens do Budismo que te farão olhar para a vida de outro jeito


    Dicas que podem nos ajudar a enfrentar os problemas de cabeça erguida

                 Com mais de 200 milhões de praticantes no mundo inteiro, o Budismo é uma das religiões, ou filosofias, mais antigas ainda praticadas. Esta filosofia/religião mantem-se viva no tempo graças à popularidade das suas mensagens – simples e cheias de sabedoria para melhorar nossas vidas


1. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.

Nós tendemos a pensar que reagimos aos eventos que trazem consigo a semente de tristeza ou da alegria, mas, na verdade, reagimos ao que os fatos significam para nós. Nós só podemos sofrer por aquilo a que demos importância. Portanto, para evitar sofrimento desnecessário, por vezes, apenas um passo para trás, desanexar emocionalmente e ver as coisas de outra perspectiva. É difícil, mas com a prática você aprende.

Na verdade, uma outra frase budista nos mostra o caminho: “Tudo o que somos é o resultado do que pensamos; É fundada em nossos pensamentos e é feito de nossos pensamentos”.

2. Alegrai-vos porque em toda parte é aqui e tudo é agora.

Muitas vezes perdemos a vida enquanto estamos amarrados ao passado ou preocupados com o futuro. No entanto, o budismo nos ensina que temos apenas o aqui e agora. Portanto, devemos aprender a estar totalmente presentes, para desfrutar de cada momento como se fosse o primeiro e o último.
 Não mergulhar no passado ou sonhar com o futuro, se concentrar no momento presente, porque é onde você vai encontrar as chaves para a felicidade.

3. Tenha cuidado com o exterior, bem como seu interior, porque tudo é um.

Somos uma unidade física e espiritual, mas muitas vezes nos esquecemos. Às vezes nos preocupamos muito sobre como cuidar do corpo e esquecemos a alma, enquanto em outras vezes nos preocupamos muito com nosso equilíbrio psicológico e negligenciamos aspectos importantes, tais como dieta e exercícios. No entanto, para encontrar um estado de bem-estar verdadeiro é imperativo que a mente e o corpo estejam equilibrados.
4. Melhor usar pantufas do que tentar colocar tapete no mundo.

Às vezes, ou porque superestimamos nossas forças ou porque não estamos cientes da magnitude da situação, estabelecemos metas que vão além de nossas capacidades. Em seguida, geramos um estresse desnecessário.

No entanto, para encontrar a paz interior, é importante estar ciente de nossas forças e nossa dose de recursos, e qualquer caminho tem que começar de nós mesmos, antes de mudarmos o que não gostamos no mundo, mudemos o que não gostamos em nós mesmos.

5. Não ferir os outros com o que causa dor a si mesmo.

Esta é uma das máximas do budismo que, se aplicada ao pé da letra, poderíamos praticamente eliminar todas as leis e preceitos morais do mundo. No entanto, esta frase budista vai além do clássico “não faça aos outros o que você não quer fazer para você”, pois envolve, acima de tudo, uma profunda compreensão de nós mesmos e, uma grande empatia para outros.


6. Não é mais rico quem tem mais, mas quem precisa menos.

Apesar de não estarmos conscientes disso, o nosso desejo de mais, seja no material ou emocional, é a principal fonte de nossas preocupações e desapontamentos. Quando aprendemos a viver com pouco e aceitando tudo que a vida nos oferece no momento, podemos alcançar uma vida mais equilibrada e reduzir a tensão e stress. 
Entender que já temos todo necessário para atingir a paz interna e felicidade é um ensinamento que traz tranquilidade na caminhada e evita a ansiedade e desgaste incessante de sempre achar que a felicidade está logo ali na frente, mas nunca aqui.

7. Para entender tudo, é preciso esquecer tudo.

Quando somos pequenos, estamos abertos à aprendizagem, não temos ideias preconcebidas. No entanto, à medida que crescemos nossa mente está cheia de condicionamentos sociais que nos diz como as coisas devem ser, como devemos nos comportar e até mesmo o que pensar.

 Estamos tão imbuídos nesse contexto que não percebemos que nossa mente se tornou uma caixa muito estreita que nos aprisiona.

Então, se você quer mudar e ver as coisas de outra perspectiva, o primeiro passo é se separar das crenças e estereótipos que o mantem amarrado. Neste sentido, uma outra frase budista nos ilumina: “No céu, não há distinção entre o leste e o oeste, são as pessoas que criam essas distinções em sua mente e depois pensam que são verdadeiras”.

8. O ódio não diminui ódio. O ódio diminui com o amor.

Gerar violência, raiva produz ressentimento. É algo que quase nunca aplicamos quando nos envolvemos em discussões nas quais somos guiados por nossas emoções mais negativas, respondemos às críticas com outro comentário e um ataque ainda mais forte.
No entanto, o ódio só gera ódio, a única maneira de contrariar o seu efeito é o de proporcionar amor, respondendo com emoções positivas. Não se apaga fogo com mais fogo.

9. Dê, mesmo se você tiver muito pouco para dar.

Esta é uma das mais antigas frases budistas, e algumas pesquisas na área da psicologia positivamostraram que a gratidão e a entrega é um dos caminhos que conduzem à felicidade. Não é sobre dar com intuito de receber algo, mas dar motivado pelo prazer que sente ao ajudar alguém.

10. Se você pode apreciar o milagre que mantém uma única flor, toda sua vida vai mudar.

Nesta frase budista o segredo da mudança está fechado: aprender a valorizar cada coisa e cada pessoa por aquilo que ele é: um milagre único e irrepetível. Quando aprendemos a não criticar, mas aceitar e se maravilhar com as menores coisas que nos rodeiam, nossa vida vai mudar porque estamos deixando aberta a gratidão, a curiosidade e a alegria.

Pelo contrário, se pensarmos não há nada de especial sobre as pequenas coisas e estamos no topo do mundo, não apenas estamos fechando a beleza, mas também para a aprendizagem e crescimento. Se você não pode apreciar o milagre que envolve uma flor, é que você está morrendo por dentro.

                           Retirado do link: