Dia sim, dia também, a reportagem do EXTRA noticia e faz barulho sobre casos de preconceito que ainda são frequentes em nossa sociedade
Porém, não precisamos ir longe
para colher o depoimento de mais uma vítima: durante transmissão ao vivo no Facebook do jornal, uma repórter foi
ofendida diversas vezes enquanto mediava uma entrevista. Samanta Vicentini foi
chamada de “gorda”, “gorducha” e “leitoa” por um homem que não teve constrangimento
em se autointitular “gordofóbico”.
O termo (gordofobia) ainda não
consta nos dicionários, mas deixa marcas diárias na rotina das pessoas
consideradas fora do padrão ideal de beleza da sociedade. Para o EXTRA, ideal
foi a resposta de Samanta ao usuário Rafael Monciozo Montiverdi, ainda durante
a transmissão.
A repórter pediu licença para a
entrevistada e respondeu:
um cara me chamou de "gorda",
"gorducha", "leitoa" e ainda completou com "odeio
gorda" e "sou gordofóbico", enquanto eu entrevistava uma
convidada em uma das transmissões ao vivo que faço no Jornal Extra.
Testemunho da Jornalista Samanta Vicentini que foi vítima de
Bullying
Foi a primeira vez que isso
aconteceu e confesso que fiquei sem reação na hora.
mas, vem cá. eu sei que sou gorda, sabe? tenho espelho em casa. eu sei o tamanho de roupa que uso. sou uma mulher de 1,80 e sei que não sou pequena e estou longe de ser "Gisele.".
mas, vem cá. eu sei que sou gorda, sabe? tenho espelho em casa. eu sei o tamanho de roupa que uso. sou uma mulher de 1,80 e sei que não sou pequena e estou longe de ser "Gisele.".
Por um segundo eu me importei, confesso. fiquei triste, sim,
apesar de saber que sou gorda, mas isso é uma característica do meu corpo, não
define quem eu sou.
massss, eu tenho um sério problema de autoestima e isso mexeu
comigo.
Porque é assim: eu sou gorda
mas isso só tem que incomodar EXCLUSIVAMENTE a mim, sabe por quê? é o MEU
corpo. EU que tenho que falar dele quando e como EU quiser.
Aí, naquele segundo em que fiquei triste, me senti ridícula. me
senti inapropriada e toda aquela insegurança que me perseguia - e que sempre
lutei contra - afloraram.
No segundo seguinte me dei
conta de onde estava e o que estava fazendo. porra, meu trabalho é legal pra
caralho! todos os dias recebo um montão de mensagens dos leitores do
Extra que falam que as entrevistas são legais, que são
esclarecedoras, que as pautas são bacanas. Imediatamente vários leitores que
estavam acompanhando entraram em minha defesa com muito carinho. e, por isso,
eu agradeço de coração.
Eu
tinha duas opções: ficar quieta e ignorar ou dar uma leve pausa na transmissão
e responder ao vivo.
se tem uma coisa que o feminismo me ensinou é: não ficar calada.
se tem uma coisa que o feminismo me ensinou é: não ficar calada.
Pode me
chamar de gorda à vontade. Isso é só o meu corpo e eu sei que, por enquanto,
ele é gordo mesmo, mas eu posso emagrecer. Agora, pra falta de caráter, ainda
não inventaram remédio.
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