Sinais a verificar no comportamento do seu filho em relação a professores que cometem bullying e como lidar com a situação
Abordar sobre esse tema faz-me lembrar de momentos difíceis que passei na infância. Eu tinha duas professoras que praticavam bullying contra mim e alguns colegas. Lembro-me exatamente da vergonha e tristeza que sentia ao ser chamada de burra e de outros adjetivos grosseiros. Além de humilhar-nos na frente do restante da classe, elas deixavam claro quais eram seus alunos preferidos.
Graças a suas atitudes, passei a desenvolver
aversão a duas das matérias que ensinavam e a ter um baixo rendimento nessas
disciplinas. Futuramente, eu tive uma excelente e dedicada professora que me
ajudou a recobrar o gosto por uma das matérias.
A
aversão que eu tinha pela outra findou somente quando eu era adulta. Eu passei
esse tempo todo odiando uma matéria que passou a ser muito importante na minha
vida adulta.
Segundo
a Wikipédia, bullying é
“é um termo utilizado para
descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e
repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e
angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.”
A Doutora
em Ciências da Educação, Cleo Fante, afirma: “As consequências para as
vítimas desse fenômeno são graves e abrangentes, promovendo no âmbito escolar o
desinteresse pela escola, o déficit de concentração e aprendizagem, a queda do
rendimento, o absentismo e a evasão escolar. No âmbito da saúde física e
emocional, a baixa na resistência imunológica e na autoestima, o stress, os
sintomas psicossomáticos, transtornos psicológicos, a depressão e o suicídio.”
Quando ouvimos falar sobre professores que
ainda praticam bullying,
sentimo-nos indignados e ao mesmo tempo impotentes.
Se aqueles que deveriam estar promovendo a
paz e o respeito em sala de aula e protegendo nossos filhos contra essa
covardia, são os agressores, o que esperar de seus alunos e de todo o ambiente
escolar?
No
site Bullying Não é Brincadeira, lemos:
“O
bullying cometido por professores tem algumas semelhanças com o bullying entre
pares. Também é um abuso de poder que tende a ser crônico e geralmente é
expresso de forma pública.
É uma forma de humilhação que gera atenção por
degradar um aluno na frente dos outros. Com efeito, o bullying pode ser uma
cerimônia pública de degradação em que as capacidades da vítima são rebaixadas
e sua identidade é ridicularizada.”
o
Os alunos
que sofrem bullying de professores, segundo o mesmo site, “ experienciam confusão, raiva, medo, dúvidas e profunda preocupação a
respeito de suas competências acadêmicas e sociais. Não saber por que foi
escolhido como alvo, ou o que precisa fazer para parar com o bullying, pode
estar entre os aspectos mais estressantes de ser excluído e tratado de forma
injusta.
o
o Com o passar do tempo, especialmente se
ninguém intervier, o alvo pode passar a se culpar pelo abuso e assim ter um
sentimento pervasivo de desesperança e desvalorização”.
o O que
fazer nesses casos? Que atitudes devem ser tomadas? Veja algumas sugestões:
o 1.
Converse com os pais dos colegas de classe
o Peça que
verifiquem com seus filhos se eles presenciaram o bullying do
professor contra seu filho ou contra outros colegas.
o 2. Tenha
uma conversa esclarecedora com seu filho
o a) Caso
não haja testemunho de outros alunos,
o tente
saber a história toda novamente. Fale sobre os próximos passos que pretende
dar, conversando com o professor e a diretoria da escola. Diga-lhe que são
passos muito sérios e explique as consequências de acusar alguém injustamente.
Se você notar consistência nas acusações de seu filho, prossiga.
o b) Se
houver provas,
o Avise-o
sobre os próximos passos que vai dar e diga que ele não precisa ter medo de
sofrer retaliações. A criança precisa sentir-se segura sabendo que seus pais
vão protegê-la.
o 3.
Converse com o professor
o Converse
com o professor e veja o que ele tem a dizer. Se ele realmente praticou bullying contra
seu filho, dificilmente confessará. No entanto, essa averiguação é necessária a
fim de avançar com o caso.
o Peça ao
seu filho que vá relatando as atitudes do professor depois dessa conversa.
Talvez ele melhore sua conduta e nada mais precise ser feito.
o 4.
Converse com o diretor da escola
o Se seu
filho relatar outra agressão, esse é o próximo passo. Se foi constatado a
prática do bullying lá no
início, essa conversa deve ser imediata. Caso a diretoria não queira enxergar o
problema (infelizmente, isso é comum), reúna as provas que conseguir.
o 5.
Acompanhe as mudanças, quando houverem
o Se a
diretoria intervier no assunto, verifique (interrogando seu filho) se o
comportamento do professor melhorou, e como está o clima em sala de aula. Se as
coisas não mudarem ou progredirem muito pouco, convém conversar com a diretoria
sobre a possibilidade de trocar o professor.
6 Reúna
provas
§ Se o
problema persistir, solicite junto aos pais das crianças que testemunharam a
agressão, a autorização para que sirvam de testemunha. Você pode dar um
gravador ao seu filho e instruí-lo a fazer gravações. Algumas escolas proíbem
que as aulas sejam gravadas, no entanto, em casos de bullying, essa será
um prova importante a ser usada contra o agressor. Se necessário, converse com
um advogado e peça uma autorização judicial para fazer tais gravações.
§ 7. Se a
instituição de ensino não tomar uma atitude, faça um boletim de ocorrência
§ Você já
deu todas as chances necessárias para que uma mudança ocorresse, e nada
aconteceu. Não se sinta constrangido em relatar o ocorrido às autoridades
policiais. Reúna as provas e faça um boletim de ocorrência.
§ Os passos
acima são meras sugestõespara casos de bullying em
que a vítima não apresenta danos físicos nem psicológicos, ou seja, quando a
agressão for identificada logo no início. Há casos graves de bullying em que
uma intervenção policial faz-se necessária logo no início, e outros em que
atitudes legais precisam ser tomadas. Faça o que julgar mais prudente, porém
não deixe de agir. Faça isso pelo bem-estar físico e psicológico do seu
filho.
Retirado do link :
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