projeto Bullying ,tem como objetivo conscientizar ,coibir e ajudar as pessoas que sofrem ou sofreram o bullying para que passe por esta situação da melhor forma possivel e também dar dicas a pais e educadores como perceber se um filho ou um aluno está passando por esta situação .
Quando uma pessoa está triste tendemos a enchê-la
de perguntas sobre o que está acontecendo, por que está se sentindo
assim, como ela está, como podemos ajudá-la, etc. Contudo, às vezes aos olhos
tristes é preciso fazer menos perguntas e dar mais abraços
Porque quando nos
sentimos mal e estamos rodeados por uma tempestade de tristeza, a
mente e o corpo precisam do apoio emocional de nossos amigos e das pessoas
que são queridas por nós.
A
tristeza é uma emoção útil e básica que tem como peculiaridade a sua capacidade
de promover a empatia dos outros para com a pessoa triste, e assim favorece o
apoio emocional para quem precisa de um ombro para encostar.
A normalização e a validação da
tristeza
Muitas vezes as pessoas não precisam de palavras de bom
humor e sim de corações pacientes que ouçam e ofereçam um abraço
quando estão atravessando momentos emocionalmente complicados.
Ou seja, a melhor forma de ajudar uma pessoa que está triste é
simplesmente oferecendo a sua presença sem palavras, colocando a mão sobre o
seu ombro e olhando-a com carinho e sinceridade.
Porque há momentos
em que as palavras sobram e a única coisa que precisamos é que nos deixem
tranquilos, poder respirar e colocar em ordem os pensamentos, pois no fim das
contas a tristeza facilita a introspecção.
“A nossa sociedade
tem cada vez menos tolerância para qualquer tipo de sofrimento e mal-estar. A
necessidade de se sentir feliz faz com que muitas vezes não suportemos conviver
com a tristeza”
-Narcís Cardonés-
A tristeza, uma linguagem universal
A tristeza é a emoção da pena, da perda, e do prejuízo. Uma
experiência que, apesar de negativa, é saudável para nós, já que inspira
uma consciência maior de tudo aquilo que nos rodeia.
Esta experiência
emocional cresce e permanece quando percebemos que nos encontramos em solidão,
pois se soma ao desânimo e gera um morro ou montanha cada vez maior que
custamos a assumir e que pode chegar a se transformar em uma patologia e se
materializar em um estado emocional insano.
Abraçar certos
olhos tristes simboliza o acolhimento e o sustento do mundo no qual se vive, a
luta conjunta e o apoio emocional.
Abraçar esse demônios que vêm para nos dizer
alguma coisa
Bloquear as nossas
emoções é um erro grave. Isto é o que nos ensinam os filmes
como “Divertida Mente”. Concretamente, a tristeza nos ajuda através
da desmotivação que nos faz refletir, analisar e evocar comportamentos de
cuidado para com os outros.
Por isso, assim como costuma-se dizer, se negamos a nossa
tristeza e não a demonstramos perdemos tudo isso, não obtendo a oportunidade de
receber um abraço longo e carinhoso que nos ajude a lembrar que não
estamos sozinhos e que dê apoio a nossos olhos tristes.
A sociedade das receitas de
felicidade nos obriga a estar alegres sempre e a não permitir o sofrimento,
pois este é visto como anormal e negativo. Entende-se que a tristeza nos
transporta para um lugar indesejado e, no fim, caímos na armadilha do desejo
excessivo
Por isso, um abraço sem questionamentos nem perguntas nos
ajuda a normalizar que podemos estar tristes e que, de fato, devemos
aceitá-lo. Que o nosso entorno não julgue e menospreze o nosso estado emocional
é essencial para recuperarmos a confiança em nós mesmos.
Porque há abraços que nos ajudam a recompor as partes que
estavam quebradas em nossos corações, aceitando que nossos dias têm tantas
nuances quanto as nossas circunstâncias, e compreendendo que nossas emoções
devem ficar à margem desse supermercado de razões e receitas para quase tudo.
A crise dos refugiados é um problema complexo até para os
adultos. Como explicar para as crianças, então, as razões que levam milhões de
pessoas a fugirem de suas cidades e países?
Algumas obras tentam adaptar o
tema complexo ao entendimento infantil. E explicam, de maneira lúdica e sem
caírem no simplismo, as razões das guerras e o seu impacto sobre as pessoas. São obras produzidas por especialistas, por
entidades e até mesmo pelas próprias crianças refugiadas que mostram, através
de sua visão e percepção do mundo, a realidade da guerra.
A Organização das Nações Unidas estima que, hoje, 65 milhões de
crianças estejam na condição de refúgio, a maior parte por causa da guerra da
Síria, iniciada em 2011.
É considerado refugiado quem deixa seu país em razão de guerras
ou perseguições, sejam políticas, religiosas ou étnicas.
Abaixo, o Nexo listou algumas das iniciativas que podem ajudar a explicar
melhor o tema ao público infantil: A
crise dos refugiados para crianças ‘
UM OUTRO PAÍS PARA AZZI‘
O livro narra, em quadrinhos, a história de
uma família que precisa viajar às pressas para ter uma vida mais segura. Azzi é uma garota que precisa aprender uma
nova língua, fazer novas amizades e lidar com a saudade dos parentes que
ficaram para trás. A história foi escrita com base na experiência da
autora, Sarah Garland, que conviveu com famílias de refugiados. Ela explicou em
texto — publicado pela Editora Pulo do Gato — que optou por fazer o livro para
quebrar as barreiras do idioma e contar as histórias das famílias de refugiados
que conheceu em uma viagem à Nova Zelândia. A personagem Azzi é baseada em um
livro de memórias de uma garota judia e em imagens vistas em uma biblioteca
neozelandesa.
’ ‘A CRUZADA DAS CRIANÇAS’
O livro
de Bertolt Brecht narra a viagem de crianças órfãs em busca de um lar durante a
Segunda Guerra Mundial. A história mostra a dificuldade em se refugiar e
conseguir um lar em segurança. Em 2014, a Editora Pulo do Gato lançou uma
versão do livro em português. ‘
A VIAGEM‘
O livro, inspirado em
relatos reais de refugiados, fala sobre a busca de uma família por um novo lar. As
ilustrações são da própria autora, Francesca Sanna. No Brasil, o livro foi
publicado pela V&R em 2016.
UNFAIRY TALES
É uma série de animações
produzidas pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) com o intuito
de humanizar as crianças refugiadas.
O nome da série, em português, significa “Contos de fadas
injustos”. O título brinca com a palavra “fairy” (fada) e “unfair” (injusto).
Os três filmes contam a história de diferentes crianças afetadas pela guerra:
Ivine, 14 anos, é uma menina síria que precisou deixar o seu país de origem
rumo à Alemanha. Sua aventura em direção à Europa, acompanhada de seu
travesseiro, acaba de se tornar um desenho animado.“
Malak e o Barco” narra a viagem de uma menina em um barco
furado. E “Mustafa” mostra as dúvidas que surgem na cabeça de um garoto logo
após deixar a sua casa: quem serão os seus amigos?
UMA VIAGEM POR UM GAROTO DE 16 ANOS
Um adolescente sírio de 16 anos narrou, em desenhos, sua viagem
solitária até a Europa. Identificado publicamente com o nome fictício de
“Omar”, o adolescente foi preso tentando entrar ilegalmente no Reino Unido. A “BBC” transformou os desenhos dele em uma
animação, legendada em português.
Helena
tem um ano e oito meses, um bebê, então ainda não vivo naquela linha do pavor
que muitos pais se encontram lá pelos 3 anos de idade: o amor pelos desenhos e
filmes
Ela gosta muito, dança, espera,
é fofo de se ver, mas ainda não chegamos ao ponto dela pedir produtos da
franquia ou querer ver X coisa em Y momento.
Não acredito que TV, tablet e
celular são os vilões, acho que com parcimônia são benéficos, na verdade. Meu
problema está no conteúdo. Porque produzem material tão ruim para crianças??
Como pessoas que trabalham com o público infantil podem caracteriza-los com tão
baixa expectativa? Crianças merecem conteúdo de qualidade. Desenhos e filmes
igualitários, longe de sexismo, que desenvolvam a criatividade e relações
positivas.
Precisamos mudar a forma como
crianças consomem desenhos, porque se os adultos de hoje estão criando o mundo
azul e rosa que acreditam ser correto: para tudo! Muda tudo!
Pensando nisso, fiz uma lista
de 10 desenhos que procurei muito sobre e vemos aqui em casa. Muitos são
disponibilizados no Youtube e no Netflix, que aliás, é a melhor coisa que você
vai contratar na vida.
1. O
Show da Luna
Está é uma produção nacional,
ponto positivo, que tem como protagonista uma menina chamada Luna, que é como
toda criança: uma cientista. Ela, seu irmão Júpiter e o furão Cláudio – sim,
como o Imperador Romano historiador e escritor – vivem aventuras para
solucionar a maior questão do desenho “Porque isso está acontecendo?”. Primeiro
temos um desenho muito bem feito, tanto artisticamente, quanto em roteiro.
Os diálogos são divertidos, os
assuntos sempre muito interessantes, a ponto de que a família se reúne na sala
para ver junto. Em segundo, temos uma protagonista menina, que usa roupas
normais, nada rosa, nada fofo, nenhum esteriótipo.
Ela ama seu irmão e se aventura com ele. A
família de Luna não só incentiva, como participa dos experimentos. As questões
são reais e a argumentação é sempre muito bacana. Um desenho que incentiva
perguntas, descoberta e a real exploração do potencial infantil é sempre fantástico.
Um dia você vai estar lá,
fazendo algo e cantando mentalmente “Eu quero saber, porque o gato mia…”. É o
desenho preferido da Helena, que agora vive uivando para a Lua e fala Luna para
tudo. Nós também amamos.
2. Que
monstro te mordeu?
O número dois também é
brasileiro e é um dos desenhos mais lindos que já vi. Não é para crianças muito
pequenas, já que sua temática é bem reflexiva. Lali é uma menina meio monstro
que foi convidada para o concurso Monstro do Universo por seu amigo Romeu
Umbigo.
E é nesse mundo cheio de
monstros coloridos, um cenário maravilhoso, músicas originais e divertidas, que
vemos Lali se deparando com sentimentos que podem transformar humanos em
monstros quando não discutidos. Na história temos temas como inveja e raiva,
sempre abordado de forma muito lúdica e sincera.
É um
dos desenhos mais bem produzidos que já coloquei os olhos. É o tipo de projeto
que qualquer um venderia a alma para participar. Ele passa na TV Cultura!!!
3. Bino
and Fino
Este é
um desenho produzido na Nigéria e que infelizmente não possui tradução ou
legendas em português, mas a importância dele já se mostra exatamente por isso:
conhecemos apenas uma versão da história do continente africano. Faz alguns dias que vi o TED da
escritora nigeriana Chimamanda Adichie que fala sobre os perigos da história
única, como somos apresentados sobre uma versão dos fatos e criamos
esteriótipos perigosos; e este, acredito, é um caso que se repete em desenhos
infantis.
O
desenho conta a história de dois irmãos que são criados pela avó e é um retrato
muito colorido, divertido e inteligente do que [agora] acredito ser a realidade
na Nigéria.
Episodio dublado em português
4. Charlie e Lola
Amor entre irmãos é sempre meu
foco quando quero saber se um desenho é bom. Já não basta a cultura de
rivalidade que adoram colocar e a realidade, que também nem sempre é fácil,
então desenhos que apostam nisso ao invés do amor romântico para crianças,
sempre ganha meu coração.
Lola é uma menina muito, muito energética e
cheia de imaginação e, felizmente, possui um irmão carinhoso, que lhe ajuda a
dar asas para suas histórias. O mais legal é ver como eles constroem as
histórias. Muito simples, muito doce e sempre com situações onde Charlie
explica pacientemente coisas para Lola. Gente, sério, isso é legal!
Lola também possuí um amigo
imaginário chamado Soren Lorensen, que já me ganha pelo nome.
Tem no Netflix!
5. Milly e Molly
Este
desenho produzido pela Discovery Kids é uma adaptação da obra da neozelandesa
Gill Pittar, que tem livros lindos e não poderia ter um desenho de menor
qualidade. É muito, muito raro encontrar
desenhos cujo protagonista não seja branco. O erro é em fazer com que crianças
vejam desenhos que não condizem com sua realidade.
O mundo não possuí só uma
cor, uma língua e uma forma de ver as coisas. Essa é a grande importância
de buscar desenhos com diversidade e que respeitem isso de forma leal. Este é o
caso. Milly e Molly vivem aventuras,
mostram o valor da amizade, discutem assuntos sobre a vivência infantil, quando
tantos sentimentos e problemas estão se apresentando pela primeira vez.
6. Meu amigãozão
Produzido por dois estúdios, um
brasileiro e um canadense, esse é um daqueles desenhos lindos de se ver. Com
uma arte impecável, um roteiro legal e histórias que ensinam o valor da
amizade; passeia por questões como egoísmo e brincadeiras que não funcionam.
Esse é um desenho que costumamos ver raramente aqui em casa, mas não porque ele
não é bacana.
Talvez, sendo bem radical, Lili
não precisava no desenho sonhar tanto em ser princesa. Só. O restante é muito
bacana e Yuri, o personagem principal, possuí o melhor amigãozão da história!
Gente, juro que queria ter um elefante azul gigante. E é basicamente isso, cada personagem tem seu amigo e com eles vive
aventuras, promovendo uma linda sensação de trabalho em equipe e de como
podemos buscar experiências inusitadas em lugares óbvios.
7. Garota Supersábia
Rita Bastos [sim, ela é
latina!] é uma super-heroína que combate os vilões dando uma aula de português.
Pronto, em uma frase resumi o quão bacana é esse desenho. Temos uma menina
latina, que se parece uma menina latina, o que é mais raro ainda, que caiu na
Terra junto com seu macaco, O Capitão Caretas.
Não bastante, os vilões tem
nomes como: Doutor Cerebro de 30 Rato, Teodoro Tobias 3º e Dona Redundância. É
um desenho muito bem produzido, escrito, divertido, com sentido e a representação
dos personagens e da heroína é fantástico.
8. Peg+Gato
Você está vivendo e começa a
música: Peg e o Gato, Peg e o Gato, Peg e o gato, Peg e o Gato. Veja e depois
me conte como você vai dormir com isso na cabeça. Adeus, Caetano. Adeus, bom
gosto musical, vai ser Peg e o Gato.
Mas
tudo tem um bom motivo e são raros os desenhos que abordam matemática de forma
tão legal. Esse é um desenho para crianças pequenas, que consegue conversar
sobre números de forma didática e divertida. A arte é linda, acho muito bom
quando desenhos usam a dinâmica de que aquilo poderia ter sido rabiscado por
uma criança.
9. Inami
Está é uma produção francesa,
mas conta a história de um jovem índio na Amazônia. Passa na TV Cultura e é um
dos poucos desenhos que conheço que possuem essa temática. Por algum motivo
estranho, nosso país não consegue conceber produções infantis contando como são
os verdadeiros brasileiros, aqueles que moravam aqui antes do Homem Branco
chegar, mas estamos torcendo para que isso acabe logo.
O desenho não foca em relações familiares, que
era o forte da cultura indígena, prefere o velho argumento do menino apaixonado
pela menina, mas para pessoas que querem que os filhos tenham contato e
apreciem um desenho divertido, que não é absurdo como a maioria, indico
sinceramente.
A TV Cultura passava em 2014,
mas olhei aqui e nada de novos episódios. Então recomendo procurar no Youtube.
10. Tromba Trem
Mais um brasileiro para a
lista, só que este tem uma das histórias mais bacanas que já vi [e tanto
socialista, vá]. Gajah é um elefante
indiano que se perdeu e vai parar na Floresta Amazônica. Sem memória, ele
conhece uma tamanduá chamada Duda, que é super simpática e vegetariana. Depois
de entrar numa disputa com uma colônia de cupins cuja Rainha tem certeza que é
de Kapax, eles viajam pela América Latina.
Cada episódio se passa num país
e é muito divertido. Em cada lugar tem um novo personagem, que caracteriza a
cultura local e Duda é sempre muito doida. Ok, eu fico vendo esse desenho. Me
julgue.
E
a minha vida hoje é 10 mil vezes melhor por isso
O médico chamou minha mãe para um canto e
falou algo. Ela imediatamente caiu no chão, aos prantos. Não consegui escutar a
conversa – emergência de hospital é lugar barulhento! Mas naquele momento eu
soube: estava paraplégica. E tinha ficado assim por causa de um... abdominal!
O momento em que quebrei a
coluna foi filmado
Fazia quatro meses que eu havia virado “rata
de academia”. Embalada pelo fim de um namoro e determinada a me livrar de 9 kgs
extras que o hipotireoidismo havia colocado sobre meu corpo, acabei viciada em
malhar. Por isso, mesmo cansada e suada, resolvi esticar o treino no fim
daquela tarde de sexta-feira com uma série de abdominal morcego – aquele em que
você eleva e abaixa o tronco enquanto fica pendurada de cabeça para baixo numa
barra, sabe?
Enquanto colocava um caixote de madeira
embaixo da barra para conseguir subir nela, pedi que um amigo filmasse minha
performance. Na terceira repetição, me desequilibrei e caí de nuca no caixote.
Em segundos o pessoal da academia me rodeou, desesperado. Mantive a calma e
tentei me levantar. Quando vi que minhas pernas não respondiam ao meu comando,
pedi que não me movessem. “E chamem minha mãe!”, gemi, enquanto uma dor
impensável se espalhava pelo meu corpo todo.
“Você nunca mais vai andar”
Minha mãe logo chegou, olhos arregalados de
medo. Para não assustá-la ainda mais, me segurei e não chorei. Só transpareci
meu sofrimento quando os socorristas do SAMU – que demorou 40 minutos para
chegar... – colocaram o colar cervical no meu pescoço. Uivei de dor!
Fui levada para um hospital público, onde me
atenderam com urgência por causa da pancada na cabeça. Após uma tomografia,
chegaram a duas conclusões: uma vértebra havia sido quebrada e eu nunca mais
iria andar.
Sete horas depois de dar entrada no
pronto-socorro, fui transferida para uma clínica particular. Vivi um pesadelo
nos 20 km até lá! A dor causada por cada solavanco me tirava o fôlego.
Como a lesão era no osso, os analgésicos não
davam conta. Só no dia seguinte eu senti algum alívio. E foi meramente físico,
pois o médico que veio me ver explicou que a medula estava bastante
prejudicada, muito provavelmente perfurada. “É possível que você chegue a se
levantar um dia, mas caminhar? Nunca mais!”, cravou.
E mais essa: a cirurgia
infeccionou!
Não acreditei no veredito do doutor. A gente
nunca pensa que uma coisa dessas vai acontecer com a gente. Por isso, quando
acontece, custamos a aceitar. Além disso, recebi tantas visitas no domingo, que
me senti amada, forte. Sem pensar direito no que tinha acontecido, eu nem
consegui ficar triste..
Na segunda à noite, passei 4h30 na
mesa da operação, numa cirurgia destinada a colocar minha coluna no lugar.
Puseram duas hastes de titânio e 12 parafusos e descobriram que a medula não
tinha sido perfurada. Opa, eu tinha chances de voltar a andar. Porém, o
processo demoraria de um a dois anos. E eu nem imaginava, mas antes dele teria
de enfrentar um desafio mais urgente: uma osteomielite.
Trata-se de uma infecção no osso – como
demorou três dias para fazerem a cirurgia, juntou sujeira do próprio organismo
no local da lesão, que infeccionou. Resultado? Dor, dificuldade de comer e um
corte que não fechava por nada.
Nesse momento, meu estado tinha passado de
grave para gravíssimo, disseram para os meus pais esquecerem a chance de voltar
a andar ou não e só se preocuparem com a minha vida, que estava em risco.
Depois de duas semanas tomando antibióticos sem sucesso, voltei para a sala de
operações. Lá, limparam a lesão e controlaram uma hemorragia interna.
Correu tudo bem no procedimento, mas três dias
depois dele uma enfermeira que me ajudava a tomar banho me tirou da cama e me
soltou. Caí no chão, o dreno rompeu e começou a sangrar. Naquela noite, tive
febre e desmoronei. Toda força de até então foi para o ralo. Chorei sem parar,
me senti fraca e incapaz. A febre me impôs uma terceira operação, para limpar
novamente e evitar outra infecção. O tormento parecia não ter fim!
A ficha caiu... e eu me
desesperei!
No dia 30 de outubro, após quase um mês
internada, tive alta. Foi a maior alegria do mundo para mim, eu chorava de
emoção. Mas a euforia virou desespero logo após o jantar. É que, ao perceber
como seria complicado me locomover de cadeira de rodas em casa, tive a dimensão
do quanto seria difícil me recolocar na vida e no mundo.
Foi a pior noite da minha vida. Em desespero,
me permiti chorar e desejei ter morrido. Mesmo com o apoio dos meus pais e dos
meus irmãos, vivenciei os primeiros dias como que num pesadelo.
Que
só teve fim quando um anjo chamado Serginho adentrou a porta do meu
quarto.
Fisioterapeuta
e amigo do meu irmão, ele veio me visitar e me resgatou do fundo do poço. Sem
me prometer nada nem me dar prazos, me ensinou a acreditar de novo na minha
recuperação. Me encheu de esperança ao dizer que lutaria comigo para que eu
recuperasse meus movimentos.
Já
na primeira visita iniciou seu trabalho. Eu não mexia nada da cintura para
baixo. Fazia sessões todos os dias, de 1h a 3h. Após inúmeras tentativas
de fazer meu pé mexer, senti como se minha pele estivesse esticando. Eram meus
dedos respondendo ao meu comando! Foi muito leve, mas tão intenso que acordei
minha mãe para perguntar se era real. Ela filmou, acordou a casa toda, que vibrou,
emocionada.
Aquilo foi decisivo para que eu acreditasse
mais na minha recuperação. Evolui nas sessões de físio e fazia lições de casa
quando Serginho ia embora. Duas semanas após sair do hospital, consegui
levantar. Comecei, então, a treinar dar passos e, segurando no pescoço do
Serginho, andei. Meu pai comprou um andador para mim e uma amiga me emprestou
muletas. No natal de 2013, dei os primeiros passos sem ajuda.
Precisei de terapia para me
sentir confiante de novo
Levei quase um ano para retomar minha rotina
normal, com direito a trabalhar e treinar com personal. Precisei fazer terapia
para voltar a me sentir confiante com o apoio da muleta ou da cadeira de rodas.
Havia perdido a vontade de ir para rua. Eu via as pessoas me olhando sem
entender ou questionando o fato de uma paraplégica se divertir.
Meus amigos me ajudaram e me levantaram muito,
brincavam com a situação e me divertiam. Aprendi que tudo dependia de como eu
reagiria. Mas paquerar era muito difícil. Uma vez, num bar, um cara me
paquerava enquanto eu estava sentada. Quando levantei com a muleta, ele desviou
o olhar e fingiu que nada tinha acontecido. Isso me destruiu, mas ao mesmo
tempo me fez entender que minha condição afasta muita gente que não acrescenta
em nada.
Passei a postar sobre isso no blog Go, Gena
(que comecei a fazer quando ainda estava internada). Uma amiga me indicou para
uma fotógrafa que tinha um projeto para recuperar a autoestima das mulheres e
ela me convidou para posar. Achei o
resultado tão incrível que percebi que não existe diferença de beleza pela
limitação física. Sou bonita sim e pronto. Ninguém tinha que se lamentar pela
minha situação.
Parte de mim foi embora no
acidente
Não
tem como alguém passar pelo o que eu passei e continuar igual. Eu sou outra.
Aprendi a acreditar mais em mim, não me deixar abalar pelas coisas difíceis e a
escolher melhorar cada dia mais. Fiquei forte. Eu era muito inquieta e
insatisfeita com tudo. Hoje vejo o lado bom de todas as coisas.
Passei no concurso de escrivã da polícia
civil, estou escrevendo o livro da minha história e participo de palestras
motivacionais. Eu me arrependo demais de ter pensado em morrer, mas fez parte
de um momento de desespero. Faz três anos e quatro meses do acidente e minha
vida é dez mil vezes melhor hoje.
Maria Eugênia, 31 anos,
jornalista, Jaboatão dos Guararapes, PE
Aos filhos devem ser claras as regras de
convivência, sustentadas pelas posturas uníssonas de seus pais ,mesmo que estes
não morem mais juntos
Isso
contribui inegavelmente à formação, nos jovens, de uma personalidade firmada
sobre sólidos princípios, que os tornarão menos suscetíveis a seguirem rumos
indesejáveis em suas tomadas de decisão vida afora.
Não obstante um sem-número de publicações que se prestem
a orientar pais e educadores, no sentido de basicamente lhes permitir uma imposição
de limites eficientes aos filhos/educandos, a realidade parece ainda tomar o
sentido oposto. Tendo como base o tipo de relação comumente estabelecido hoje
entre os pais e as escolas, seja na rede pública ou particular, evidenciam-se,
na maior parte das vezes, dissonâncias entre família e instituição,
extremamente lesivas à formação do aluno.
Exceções à parte, a
maioria dos pais comporta-se de maneira defensiva ao tratar de assuntos
relacionados ao comportamento dos filhos, como se estivesse de antemão sendo
acusada de negligência, ausência ou mesmo impotência nos cuidados com a
educação filial.
Esse protecionismo inclusive se manifesta na presença dos
filhos, o que de imediato já desautoriza a figura docente ao estudante, minando
possibilidades de se construir um relacionamento de confiança e respeito entre
professor e aluno, bem como entre pais e escola.
Nesses momentos, muitos desses pais desfiam um corolário
de clichês desprovidos de fundamentos coerentes, tais como: “Em casa, ele não é
assim”; “Ele diz que fulano o atrapalha; muda meu filho de lugar.”; “Ele
reclama que tal professor implica com ele.” etc. Nem ao menos percebem o
simples fato de que o professor é responsável pelos seus filhos por algumas
horas semanais.
Verdade seja dita: a grande maioria dos professores seria
incapaz de perseguir seus alunos; muito pelo contrário, hoje os docentes são
menos perseguidores do que perseguidos – fato que as notícias que abundam na
imprensa o comprovam.
Há muito vem se instalando, nas instituições escolares,
gerações de educadores formados a partir de concepções pedagógicas renovadas e
dissonantes, em sua totalidade, com práticas lesivas e/ou baseadas em meros
juízos de valor. Além do mais, normas, dispositivos e regulamentações legais –
educacionais ou não – seguramente respaldam a manutenção da integridade física
e moral dos menores em nossa sociedade.
Nesse sentido, vale uma referência ao desenho “Procurando
Nemo”, da Disney, principalmente em razão das ações do pai do peixinho que dá
nome à animação. Emblemático desse comportamento é o momento em que, estando no
interior de uma baleia com uma companheira, esse pai dirige-se à colega,
trocando-lhe o nome com o do filho: “Você não vai conseguir, Nemo!”. Esse ato
falho acaba por revelar o aspecto mais lesivo desse tipo de atitude no contexto
educacional familiar e que consiste em seu caráter superprotetor.
Ao tentar poupar os filhos do confronto direto
com os atos praticados e suas conseqüências, os pais impedem-lhes a construção
de uma identidade autônoma que deveria norteá-los seguramente frente às
complicações inerentes ao seu processo de amadurecimento.
O mundo nos impõe sucessivas situações-problemas, cujas
resoluções dependem de nosso equilíbrio na busca por soluções adequadas. Ora,
se nos foi negado, desde sempre, o exercício de optar entre uma ou outra saída,
por nossa própria conta e risco, como poderemos ultrapassar barreiras que se
acumularão ao longo de nossas vidas? É com o se pedíssemos a um aluno
acostumado a sempre “colar” que resolvesse uma prova sem o gabarito.
Nunca tendo errado e, portanto, refletido e reconstruído
ideias próprias, evidentemente não teria repertório nem experiências
constitutivas de mínima estrutura para enfrentar o novo – como o que vem
ocorrendo entre as novas gerações.
Da mesma forma, ressalta-se que essa superproteção
fatalmente se desdobra na tendência a anular-se a identidade dos filhos –
aspecto contundente no enredo de “Procurando Nemo”. Em decorrência desse
policiamento ostensivo sobre a vida dos filhos, pais e mães impõem seus pontos
de vista através de afirmações de caráter perene e indelével: “Você é
vagabundo.”; “Você nunca vai gostar de estudar.”; “Você é teimoso.” etc.
Sendo assim, os filhos acabam crendo que são assim mesmo
e para sempre o serão; ou seja, acomodam-se às imagens que os pais
compulsoriamente lhes determinam, isentando-se de perspectivas de mudanças
positivas em suas vidas, consequentemente se tornando passivos diante do mundo
circundante.
Relevante e imprescindível, visando-se à neutralização
dessa sistemática nociva, torna-se a cumplicidade dos pais ao impor limites, o
que implica, sobretudo, unidade no discurso de ambos. Aos filhos devem ser
claras as regras de convivência, sustentadas pelas posturas uníssonas de seus
pais – mesmo que não estes morem mais juntos. Isso contribui inegavelmente à
formação, nos jovens, de uma personalidade firmada sobre sólidos princípios,
que os tornarão menos suscetíveis a seguirem rumos indesejáveis em suas tomadas
de decisão vida afora.
Como se vê, educar, além de trabalhoso, requer dedicação
extrema e treino constante.
Pais devem, portanto, exercitar continuamente sua
tarefa educativa, dispondo-se a diárias e contínuas reflexões e autoavaliações,
em diálogo constante com o cônjuge e com os filhos, até que se incorporem
definitivamente regras básicas do processo educativo, as quais, no caso,
consistem na coerência entre o que se diz e o que se pratica; na
corresponsabilidade entre pai e mãe e demais educadores; na clara delimitação
de regras e limites e no respeito compartilhado diariamente pelos familiares
entre si e entre cada um deles e seus semelhantes.
Tendo em vista o dia-a-dia
caótico de hoje, urge a necessidade de se formarem cidadãos conscientemente
autônomos, embora interdependentes, capazes de contribuir à reconstrução e à
transformação do mundo, num saudável movimento de constante evolução.
Sofri
muito bullying desde pequenina, eu era chamada de gorda ,4 olhos e meduza. Nunca abandonei a escola ,penso que
era inocente, chegaram até a passar a mão em mim , apanhava por não responder
as provocações, mas aí fui engordando até chegar as 170 k .
tem muita historia para contar, mas esse sentimento
agora sempre aparece, tenho o Senhor agora , perdi 70 k estou casada. Digo que
Deus fez .infinitamente mais do que eu pensava.
Fui váriasvezes
fui violentada por minha mãe e meu irmão .Lembro uma vez cheguei em casa
é ela estava rasgando o meu diário lendo , lembro que mesmo depois de casada ,o
meu sofrimento continuava ,pequei minha mãe queimando as notas fiscais de
compra dos.materiais para construir minha casa.
Mas veja agora
faço 25 anos de casada , mas no início solteira minha cunhada passava
perto de mim e diZia vc está sozinha né . Coisas que só o Senhor me fez superar
não totalmente .
(Testemunho anônimo (a
pessoa preferiu que sua identidade ficasse sobre sigilo da fonte ))