Adaptação em brinquedos deve ser feita em espaços públicos e
privados
As áreas de lazer e parques
infantis, públicas e privadas, deverão a partir de agora instalar brinquedos
adaptados para crianças com deficiência. O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou
uma lei com a nova determinação.
De autoria do vereador David
Soares (PSC), a lei também prevê a obrigatoriedade de brinquedos adaptados em
clubes particulares e centros comerciais com área de lazer. O objetivo é
proporcionar a integração das crianças deficientes com outras crianças.
“Cerca de 10% da população sofre de algum tipo de deficiência e observei
que além dos parques públicos estarem em mau estado de conservação, não estão
adaptados e acabando excluindo as crianças deficientes”, afirmou o vereador.
A norma
exige que os brinquedos deverão estar de acordo com as normas de segurança do
Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial)
para facilitar o acesso dos deficientes físicos.
Nos locais com brinquedos
adaptados deverão ser afixadas placas indicativas com a informação:
“Entretenimento infantil adaptado para integração de crianças com e sem
deficiência”.
“A acessibilidade aos brinquedos é zero. Até mesmo as escolas com
inclusão social não possuem brinquedos adaptados e na hora da recreação
enquanto as crianças vão para o parquinho, minha filha fica dentro da sala de
aula”, lamenta a mãe.
Com 10 meses, Luana já andava,
mas teve uma virose e foi levada ao hospital. Ao ser medicada com soro para
hidratação, recebeu uma dose cem vezes maior do que o recomendado. Ao invés de
receber 0,05% de glicose, a criança acabou medicada com uma dose de 50% de
glicose, o que provocou paralisia cerebral.
“Para
eu poder brincar com ela, tenho que pegá-la no colo e sentar na balança, já que
os brinquedos não tem segurança para segurar ou apoiar o corpo”, disse Priscila
Kelly.
A mesma
dificuldade também é sentida nos parques infantis privados e áreas de lazer
comerciais. “Nesses parques infantis, eu só posso levá-la nos brinquedos em que
permitem adulto como acompanhante”, criticou.
A funcionária pública possui
outro filho, de 9 anos, e sente ainda mais a diferença e falta de inclusão
quando passeia com os dois. “A Luana está perdendo uma fase importante da vida
apesar de não andar. Ela vê o irmão e os amiguinhos brincando e fica isolada.
Ela acaba excluída da área de lazer”, afirmou.
O projeto de lei previa a
suspensão do alvará de funcionamento dos estabelecimentos comerciais até sua
adequação, mas o artigo foi vetado pelo Executivo municipal.
Como, inicialmente, a lei não
prevê nenhum tipo de multa ou restrição aos que não cumprirem a determinação, a
mãe espera que a nova legislação não caduque. “A gente espera que isso saia do
papel e ocorra na prática”, disse Kelly.
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