quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Campanha Janeiro Branco quer falar sobre prevenção à depressão e ansiedade


   O mês de janeiro foi escolhido como o mês da saúde mental,
 tendo o branco como sua cor simbólica

                        


No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande sancionou a
 Lei Estadual nº11.078, publicada no Diário Oficial do Espírito Santo,
 no último dia 06 de dezembro, que institui no Calendário Oficial
do Estado o Janeiro Branco. O objetivo da campanha é sensibilizar
a população quanto à importância da prevenção à depressão e à
ansiedade, estimulando ao cuidado com a saúde mental e bem-estar.

A depressão, um dos problemas mais comuns da saúde mental,
 pode afetar qualquer pessoa, inclusive aquelas que parecem viver em
circunstâncias relativamente ideais, e levar a consequências graves,
 como à automutilação e até ao suicídio. Vários são os motivos que
 podem levar uma pessoa à depressão e à ansiedade como
 transtornos psiquiátricos, estresse crônico, disfunções hormonais,
 vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas), experiências de violência
 doméstica ou abuso, perda do emprego, desemprego por tempo
 prolongado, separação conjugal, entre outros.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram
que a depressão atinge 5,8% da população brasileira, e
distúrbios relacionados à ansiedade afetam 9,3%. No entanto,
 o número de pessoas diagnosticadas com alguma doença
 emocional tem aumentando e isso, segundo a OMS, é uma
 boa notícia pois aponta que um número maior de pessoas está
 tratando sua saúde mental. 

Segundo a referência técnica em Vigilância de Violências
 e Acidentes da Secretaria da Saúde (Sesa), Edleusa Cupertino,
 a violência (um dos motivos que levam a doenças emocionais) tem
 impactos imediatos que levam à urgência e emergência, e outros de
 médio e longo prazo, que somatizam gerando consequências para
 toda uma existência.

“Quanto mais jovem e quanto maior for o tempo de exposição
 à violência, por exemplo, maior é o sofrimento psíquico e físico
 acumulados pela vítima que podem gerar traumas que desencadeiam
em forma de patologias como: depressão, ansiedade, doenças
 osteomusculares, enxaqueca, asma, osteoartrite, diabetes,
 doenças pulmonares obstrutivas crônicas, problemas gastrointestinais
 e outros. Isso demonstra a relevância dos transtornos mentais
 causados pela exposição à violência ao longo da vida”, disse.

Edleusa Cupertino destacou a importância de trazer o assunto
 ao debate. “É muito interessante que tenhamos uma provocação
para que todos reflitam, debatam, conheçam, planejem e até efetivem
 ações em prol da Saúde Mental e do combate ao adoecimento
emocional dos indivíduos. Além disso, é preciso incentivar as
 próprias pessoas a pensarem a respeito das suas vidas, dos
seus relacionamentos e do que andam fazendo para investirem e
garantirem saúde mental e saúde emocional em suas vidas e nas
 vidas dos membros de sua família ou das suas relações sociais”,
afirmou.
Dados da Vigilância de Violências e Acidentes da Sesa apontam
que de janeiro a outubro de 2019, 175 pessoas se suicidaram no
Espírito Santo, sendo 126 homens e 49 mulheres.

Onde buscar atendimento

Uma pessoa que necessita de atendimento em saúde mental
deve, primeiro, buscar acolhimento na rede de atenção básica
mais próxima de seu domicílio. Em caso de surto psiquiátrico, é
preciso acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
 (Samu 192), para ser encaminhado para o atendimento de
urgência e emergência mais próximo.

Para receber atendimento no CAPS, a pessoa deve, primeiro,
 procurar a unidade de saúde básica mais próxima de sua casa.
Havendo necessidade de um tratamento de maior complexidade,
a própria unidade faz o encaminhamento ao Centro.

Muitos chegam espontaneamente ou encaminhados pela equipe
de Saúde da Família ou de hospitais e prontos-socorros e todos os
 casos passam por uma avaliação pela equipe multiprofissional.
 Caso o paciente se encaixe no perfil do CAPS, ele é integrado à
 instituição.


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