O mês de janeiro
foi escolhido como o mês da saúde mental,
tendo o
branco como sua cor simbólica
No Espírito Santo, o governador Renato Casagrande
sancionou a
Lei Estadual
nº11.078, publicada no Diário Oficial do Espírito Santo,
no último
dia 06 de dezembro, que institui no Calendário Oficial
do Estado o Janeiro Branco. O objetivo da campanha
é sensibilizar
a população quanto à importância da prevenção à
depressão e à
ansiedade, estimulando ao cuidado com a saúde
mental e bem-estar.
A depressão, um dos problemas mais comuns da saúde mental,
pode afetar
qualquer pessoa, inclusive aquelas que parecem viver em
circunstâncias relativamente ideais, e levar a
consequências graves,
como à
automutilação e até ao suicídio. Vários são os motivos que
podem levar
uma pessoa à depressão e à ansiedade como
transtornos
psiquiátricos, estresse crônico, disfunções hormonais,
vícios
(cigarro, álcool e drogas ilícitas), experiências de violência
doméstica ou
abuso, perda do emprego, desemprego por tempo
prolongado,
separação conjugal, entre outros.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram
que a depressão atinge 5,8% da população
brasileira, e
distúrbios relacionados à ansiedade afetam 9,3%. No
entanto,
o número de
pessoas diagnosticadas com alguma doença
emocional tem
aumentando e isso, segundo a OMS, é uma
boa notícia
pois aponta que um número maior de pessoas está
tratando sua
saúde mental.
Segundo a referência técnica em Vigilância de Violências
e Acidentes
da Secretaria da Saúde (Sesa), Edleusa Cupertino,
a violência
(um dos motivos que levam a doenças emocionais) tem
impactos
imediatos que levam à urgência e emergência, e outros de
médio e
longo prazo, que somatizam gerando consequências para
toda uma
existência.
“Quanto mais jovem e quanto maior for o tempo de exposição
à violência,
por exemplo, maior é o sofrimento psíquico e físico
acumulados
pela vítima que podem gerar traumas que desencadeiam
em forma de patologias como: depressão, ansiedade,
doenças
osteomusculares, enxaqueca, asma,
osteoartrite, diabetes,
doenças
pulmonares obstrutivas crônicas, problemas gastrointestinais
e outros.
Isso demonstra a relevância dos transtornos mentais
causados
pela exposição à violência ao longo da vida”, disse.
Edleusa Cupertino destacou a importância de trazer o assunto
ao debate.
“É muito interessante que tenhamos uma provocação
para que todos reflitam, debatam, conheçam,
planejem e até efetivem
ações em
prol da Saúde Mental e do combate ao adoecimento
emocional dos indivíduos. Além disso, é preciso
incentivar as
próprias pessoas
a pensarem a respeito das suas vidas, dos
seus relacionamentos e do que andam fazendo para
investirem e
garantirem saúde mental e saúde emocional em suas
vidas e nas
vidas dos
membros de sua família ou das suas relações sociais”,
afirmou.
Dados da Vigilância de Violências e Acidentes da Sesa apontam
Dados da Vigilância de Violências e Acidentes da Sesa apontam
que de janeiro a outubro de 2019, 175 pessoas se
suicidaram no
Espírito Santo, sendo 126 homens e 49 mulheres.
Onde buscar atendimento
Uma pessoa que necessita de atendimento em saúde mental
deve, primeiro, buscar acolhimento na rede de
atenção básica
mais próxima de seu domicílio. Em caso de surto
psiquiátrico, é
preciso acionar o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência
(Samu 192),
para ser encaminhado para o atendimento de
urgência e emergência mais próximo.
Para receber atendimento no CAPS, a pessoa deve, primeiro,
procurar a
unidade de saúde básica mais próxima de sua casa.
Havendo necessidade de um tratamento de maior
complexidade,
a própria unidade faz o encaminhamento ao Centro.
Muitos chegam espontaneamente ou encaminhados pela equipe
de Saúde da Família ou de hospitais e
prontos-socorros e todos os
casos passam
por uma avaliação pela equipe multiprofissional.
Caso o
paciente se encaixe no perfil do CAPS, ele é integrado à
instituição.
Retirado do link :
https://sitebarra.com.br/novo/2020/01/campanha-janeiro-branco-quer-falar-sobre-prevencao-a-depressao-e-ansiedade.html
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