Sucesso nos quadrinhos jovem
manda o preconceito embora
O artista Sávio Morais Cristofoletti, de 30 anos, foi
diagnosticado com Síndrome de Asperger aos 15 anos.
A síndrome caracteriza o autismo e é identificada por
dificuldade de interação social e comunicação verbal.
Porém, isso não impediu que o rapaz desenhasse mais de 300
quadrinhos, escrevesse livros e criasse jogos de tabuleiro.
Ele lançou, na sexta-feira (27), em Vitória, dois quadrinhos
sobre as aventuras de 'Albert e Einstein'.
Muitos portadores da síndrome possuem QI acima da média e foco
exagerado sobre algum assunto, como aviões ou robôs.
Segunda a mãe de Sávio, Joan Morais de Figueredo, com o filho
não é diferente. "Ele tem um Q.I.
acima do normal e tem fixação por desenho, pintura e artes, cria muita coisa.
Mas precisamos de ajuda para essas coisas”, contou a mãe para o
jornal A Gazeta.
Ela espera conseguir patrocínio para fazer uma exposição com os
quadros pintados pelo filho, além de lançar um livro e mais quadrinhos.
Os quadrinhos lançados na sexta-feira contam as aventuras de
dois personagens que, segundo Sávio, só sabem aprontar.
“É uma dupla nonsense que não leva a vida a sério”, explicou. As
capas receberam tratamento gráfico do quadrinista Fábio Turbay e dentro os
desenhos são em preto e branco para colorir.
O artista ainda quer publicar as histórias de outra dupla criada
por ele.“A poderosa Madame Mistical e Misse Milenar contra o Throll mistura ação,
comédia e ficção científica. Seria interessante para quem gosta de RPG”, contou
Sávio.
Por conta dos traços
comportamentais de Asperger, como introversão e atos repetitivos, Sávio sofreu
bullying e foi até agredido fisicamente na rua.
"Mas ele é um superpesquisador
e circula pelo meio das artes, conhecendo de tudo um pouco. Ele sempre vai a
exposições, participa de eventos de anime e vai muito ao teatro e ao cinema”,
disse a mãe orgulhosa.
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